𝔓𝔢𝔯𝔪𝔦𝔰𝔰𝔦𝔬𝔫 - ℜ𝔶𝔬𝔪𝔢𝔫 𝔖𝔲𝔨𝔲𝔫𝔞

𝔇𝔞𝔯𝔨𝔫𝔢𝔰𝔰 𝔎𝔢𝔢𝔭𝔰 𝔄 𝔏𝔬𝔱 𝔒𝔣 𝔗𝔥𝔦𝔫𝔤𝔰

Dor.

Outra picada no abdômen te acorda. Ainda está escuro. Você deve ter cochilado enquanto observava o fogo. As chamas diminuíram, ainda está quente, mas o chão frio sob seu corpo faz você começar a tremer. A faca em seu útero gira mais uma vez e você geme baixinho de dor enquanto contorce seu corpo. Depois de alguns segundos, você consegue respirar normalmente novamente. Querendo saber se Sukuna está observando você em sua miséria, você espia rapidamente na direção dele.

Ou talvez ele esteja dormindo?

Não. Ele está acordado. Observando você em sua miséria.

Ele ainda está encostado no tronco, um dos braços apoiado à esquerda, joelho levantado, a outra perna apoiada no chão. Seus braços restantes apoiados na perna direita e bem ao lado dele. Sua figura é iluminada pelo fogo, chamas dançando em seus orbes vermelhos, enquanto ele observa você. Um olhar severo em seu rosto. Apesar de travarem os olhos por um breve momento, vocês dois permanecem em silêncio.

Ele ainda está com raiva?

Eu estou?

Você decide se levantar e caminhar um pouco. Talvez isso alivie a dor e te aqueça um pouco também. Você sente os olhos dele seguindo você. Ele provavelmente está pronto para te pegar, se você tentar fugir novamente. Essa não é sua intenção, pelo menos não agora.

Dor.

Olhando para o gradiente de laranja a preto que compõe sua visão da floresta, você se curva de dor novamente. Já faz um tempo que sua menstruação não dói tanto e você já está no terceiro dia. Normalmente o primeiro e o segundo dia doíam mais e normalmente você se tocava, se levantava nos dedinhos se estivesse doendo durante a menstruação, porque isso te relaxa e alivia a dor, mas com ele aqui isso não é realmente um opção.

Dor.

Ou é?

Você está parada na borda do chão que ele queimou, a ponta dos pés quase tocando a neve, suas costas voltadas para Sukuna.

E se você sentir falta dele? Seu toque? O calor dele?

Não.

Odiando como sua mente está em sua boceta agora, você luta consigo mesma. Um pouco de sangue está começando a escorrer pela sua coxa.

Isso seria apenas para aliviá-la da dor que está agitando seu abdômen. Seus dedos não se comparam aos dedos, língua ou pau dele. Os orgasmos que ele lhe deu foram muito mais intensos do que aqueles que você poderia proporcionar a si mesma. Sangue escorrendo mais abaixo.

Dor.

Você geme de dor mais uma vez e começa a respirar profundamente. Não vai passar tão cedo, a dor quase parece que aumenta a cada cólica. Ele não vai deixar você vagar pela floresta para cuidar disso sozinha. Talvez ele nem te ajude, como você quer.

Dor.

Você suspira e se vira para caminhar em sua direção. Sem olhar para ele, você mantém os olhos no chão à sua esquerda. Enquanto você caminha, você o sente olhando. Você para bem na frente do ombro direito dele e para por um momento, esperando por um comentário desnecessário sobre o estado doloroso em que se encontra, mas nada. Sukuna permanece em silêncio. Para sua surpresa. Seus olhos espiam na direção dele, vendo-o nem olhando para você.

Ele está me dando um gelo agora?

Seu olhar volta para o chão, enquanto seus dedos delicados alcançam a fenda do quimono, para empurrá-lo suavemente para o lado, para revelar sua coxa por baixo. A parte interna de suas coxas está uma bagunça sangrenta, assim como seu quimono. Fluidos vermelhos ainda escorrem lentamente pela sua pele e, mais uma vez, você espera por um comentário dele.