𝔓𝔢𝔯𝔪𝔦𝔰𝔰𝔦𝔬𝔫 - ℜ𝔶𝔬𝔪𝔢𝔫 𝔖𝔲𝔨𝔲𝔫𝔞

𝔗𝔥𝔢 𝔖𝔬𝔲𝔫𝔡𝔰 𝔒𝔣 𝔖𝔢𝔵

Batendo no chão de pedra fria, você lentamente percorre os corredores do santuário que chama de lar no último mês.

Depois de visitar a cozinha você teve que descobrir a presença da cadela malvada, que recebeu a ordem de preparar a comida para o Mestre Sukuna.

"Não tropece e derrame." ela comentou em tom de zombaria. Você a ignorou e a observou colocando um prato coberto em um carrinho.

Empurrando o carrinho à sua frente, você espia o prato coberto.

É pesado e parece cru. Sangrento. Você se pergunta se é humano, feminino.

Depois de tudo o que você viu, ele se banqueteando com uma mulher, ele supostamente alimentando corvos com um velho, você concluiu que sua carne favorita devia ser a de uma mulher. As fotos do seu primeiro encontro com ele ainda permanecem em sua mente como se fossem ontem. Você se tornou uma mulher adulta desde que seus olhos se encontraram pela primeira vez e a questão se você ou uma das outras donzelas que trabalham lá será sua próxima refeição passou pela sua cabeça não apenas uma vez e ainda assim você está prestes a entrar em seus aposentos.

Sozinha. Coragem.

Você não pode negar que está nervosa, de uma forma negativa, mas também positiva. Afinal, ele é a razão pela qual você veio aqui e depois de um longo mês você finalmente teve a chance de conhecê-lo. Bem. Tipo isso...

Não olharei para ele até que ele mande, não falarei com ele até que ele mande. Vou me curvar a ele como o Rei que ele é, sua mente recita inúmeras vezes.

Seu caminho passa pela porta deslizante que é o seu quarto. Uraume instruiu você a passar pela sua porta e virar à direita na próxima esquina. Fazendo exatamente isso, você vê outra porta deslizante.Que chique. Madeira bonita e cara. Outra coisa que você nota é que não há outro cômodo além deste.

Eu estive dormindo no quarto ao lado dele o tempo todo?

Seu rosto esquenta um pouco com esse pensamento.

Uraume instruiu você a bater suavemente três vezes antes de entrar. Você acelera os nós dos dedos, pronta para bater.

Aí está, a energia. Você quase esperou que ele voltasse para sua garganta. O sangue está bombeando, o coração começa a acelerar novamente. Você respira profundamente e

Bate.

Bate.

Bate.

Você espera um momento para saber se ele está respondendo. Nada. Ajoelhando-se, você agarra a porta e a abre lentamente, mantendo a cabeça baixa o tempo todo. Sua energia fica mais pesada no momento em que a porta se abre. Deslizando com os joelhos, você se levanta para puxar a bandeja.

Você se vira, de joelhos novamente, para deslizar a porta de volta para a posição fechada. O coração ainda está batendo rápido. Você quase pode ouvir o sangue correndo pelos seus ouvidos. Depois de se levantar novamente, você vai até a bandeja para empurrá-la para dentro do quarto dele.

Esta escuro aqui.

No chão você pode ver o luar pintando formas azuis no chão. Tem cheiro de fumaça, de cachimbo. Entrando lentamente, seu corpo decide se mover por você. Você espia e lá está ele.

Ele está parado diante de uma porta de correr aberta que leva ao jardim onde você trabalhou durante um mês inteiro. Você não percebeu que havia outra porta. Ele estava lá o tempo todo e você não percebeu.