𝔓𝔢𝔯𝔪𝔦𝔰𝔰𝔦𝔬𝔫 - ℜ𝔶𝔬𝔪𝔢𝔫 𝔖𝔲𝔨𝔲𝔫𝔞

𝔗𝔥𝔢 ℭ𝔥𝔬𝔰𝔢𝔫 𝔒𝔫𝔢

"Não." ele zomba de você, antes de se virar e começar a caminhar de volta para o santuário.

"Como assim não?" você imita a voz dele, enquanto bate atrás dele. "Eles estão comemorando você."

Ele não responde, apenas acena com a mão para você de forma desdenhosa. Você ganha velocidade e agarra sua mão esquerda inferior. Ele para e lança um olhar irritado para você.

"Talvez eles tenham comida?" você pergunta com cuidado. Ele não responde. "Carne... temperada?" você tenta ser o mais fofa possível, dando-lhe olhos de corça. "Por favor?"

Os cantos de seus lábios se contraem em um sorriso reprimido, antes que ele revire os olhos para você e caminhe de volta em sua direção sem dizer uma palavra.

Sim!

A felicidade se espalha em seu peito, conforme ele passa por você. Você não solta a mão dele, sentindo a pele macia da palma contra seus dedinhos, antes de notar suas unhas. Seus olhos se arregalam de horror, soltando-as como se fossem venenosas, enquanto você se lembra dos rastros que suas próprias unhas deixaram nas costas expostas dele. O sangue bombeia para seus ouvidos e bochechas.

"E as suas costas? Elas vão-"

"Estão se curando!" ele interrompe sua tagarelice nervosa em tom sério, enquanto continua andando.

Porra!

Você morde nervosamente o interior das bochechas, pensando nas consequências de suas ações.

Todo mundo vai ver.

Você bate a mão na testa enquanto segue seu Rei pela floresta alguns passos atrás dele.

A música fica cada vez mais alta quanto mais você se aproxima da aldeia. Diferentes aromas penetram em seu nariz: fumaça, carne, peixe, doces. O céu fica amarelo com as tochas e luzes que iluminam a cena. As árvores se transformam em silhuetas, quando você finalmente vê um grande festival acontecendo entre elas. Depois de mais alguns passos, você sai da floresta e... você está lá.

Parada à direita de Sukuna, seus olhos se arregalam, olhando para todos os lados. Tem comida, músicos, dançarinas, lanternas. As pessoas estão comemorando, bebendo e comendo.

"Oh céus." você bufa ao ver algum tipo de estátua em pé em um altar, com quatro braços e um sorriso raivoso. Parece um duende.

"Sim." ele zomba, visivelmente não satisfeito com a falta de semelhança e obviamente não vendo esse tipo de homenagem a ele pela primeira vez.

"O REI! O PRÓPRIO REI!" de repente, uma voz de um homem ecoa pela cena. Você percebe Sukuna revirando os olhos, antes de se voltar para onde vem a voz.

O homem corre até vocês dois. É o mesmo homem que implorou por ajuda na plateia. Você abaixa o olhar assim que o reconhece.

"POR FAVOR! Sua majestade..." ele diz, antes que você o veja acenando para você com o canto do olho "...e companhia. Por favor, sejam nossos convidados! Bebam, comam e comemorem o quanto quiser!"

"Vá se perder." Sukuna diz e o homem perde a cor no rosto, ri inseguro, se curva e se afasta novamente, fazendo seu Rei bufar. Ele se inclina até seu ouvido.

"Boa menina." ele murmura, antes de começar a andar no meio da multidão. Sua boceta responde com um formigamento às suas palavras, enquanto suas bochechas orgulhosamente se pintam de um tom escuro de vermelho, antes de você começar a segui-lo.

A música é muito rítmica, tambores heróicos chegam aos seus ouvidos e você adora. Combina com ele.

Você abre caminho entre as pessoas, em direção a uma barraca onde a carne é preparada. Conforme você caminha, você percebe muitas pessoas admirando Sukuna. Mulheres também. Algumas começam a sussurrar e rir umas com as outras sempre que vêem suas costas.