𝔓𝔢𝔯𝔪𝔦𝔰𝔰𝔦𝔬𝔫 - ℜ𝔶𝔬𝔪𝔢𝔫 𝔖𝔲𝔨𝔲𝔫𝔞

𝔄𝔟𝔶𝔰𝔰

Sua pergunta preenche a sala, enquanto você o ouve mordendo um dedo.

Ele se vira para você e olha para você de cima a baixo, antes de enfiar a língua entre os dentes e estalar os lábios.

"Aqui não." ele responde descuidadamente.

Crack.

"Eu gostaria que ela tivesse esperado por mim." você diz pensando, enquanto caminha até a porta dele e dá uma olhada lá fora, na esperança de pegá-la andando pelos corredores.

Ninguém está lá. Apenas aqueles corredores silenciosos estão olhando para você. Vazio e desolado, como se ninguém jamais tivesse passado por ele.

Um raio ilumina as paredes. Ainda vazio.

E de repente a sensação estranha de antes cresce em seu estômago, conforme você se lembra.

Ela teve que ir até a cozinha pegar o jantar dele... depois do castigo de Sayako.

Crack.

Um estrondo.

Algo não está certo.

Os olhos dele perfuraram sua figura e quando você se virou, algo de repente chamou sua atenção. Algo na alça do carrinho. Você aperta os olhos e percebe uma mancha vermelha no lado direito. Chegando mais perto, seu batimento cardíaco acelera. Inclinando-se, você toca nela com a ponta do dedo. Você pisca e começa a sentir náuseas, enquanto a mancha e os fiapos grudam em seu dedo e você percebe que é...

sangue.

"Meu rei?" você liga para ele preocupada e sua respiração acelera quando você olha para ele, mostrando-lhe seu dedo manchado.

O par superior de olhos dele foca em seu dedo, enquanto o par inferior permanece em você. Permanecendo em silêncio, ele continua mastigando, antes que seu par superior volte aos seus olhos novamente.

Nenhuma reação.

E você fica com medo.

"Fale comigo. Por favor." você implora, seus olhos ficam molhados enquanto você se vira. "Onde ela está? Você ordenou que Uraume a levasse...?"

A ansiedade nem deixa você completar sua pergunta, enquanto você abre a porta da câmara mais uma vez e olha novamente para os corredores.

Ninguém.

E nenhuma resposta.

Você continua olhando para o vazio do corredor, sua mente girando em círculos.

A alça nunca pegou sangue das placas antes e se ela estivesse ferida, ela teria ficado aqui. Claro que ela teria ficado aqui. Esperando por mim. Onde ela está? E o sangue? Sangue?? Apenas o lado direito da alça. Vestígios de bandagens? Poderia ter sido...

Sa-?

Seu coração bate na garganta e um arrepio toma conta de você quando você se vira e caminha em direção a Sukuna.

" Quem trouxe esse carrinho?-" você levanta a voz para ele, mas é interrompida, quando seus olhos finalmente dão uma olhada nas placas do carrinho.

Seu coração quase para de bater e Sukuna... fica em silêncio.

Quatro olhos vermelhos continuam perfurando você, enquanto você tenta engolir um ataque de pânico com a visão à sua frente, ofegante de choque e ansiedade, ao ver os pratos.

Agora mesmo você os vê. Não ter prestado atenção neles antes, porque você já viu os pedaços tantas vezes. Não pensando em nada incomum, pois a maioria deles contém o usual. Um coração. Dedos. Bofetadas de carne.