Um dia, o céu se abriu e um jovem caiu na terra. Ele estava nu, não apenas de roupas, mas também de pecados. O jovem pensou que encontraria refúgio em uma cabana antiga onde moravam sete filhas e um senhor da terra. No entanto, o senhor, considerando-o um pervertido, expulsou-o bravamente.
Por quinze dias, o jovem caminhou sozinho até encontrar uma criatura peculiar. Às vezes, parecia uma raposa saltitante com patas de carneiro e chifres de antílope. Era uma criatura de pura energia, pura chama, alimentada pelos gases de materiais já mortos da terra fértil e úmida.
O jovem começou a conviver com essas criaturas de fogo, apagando as chamas que causavam sempre que se excediam em suas travessuras. Um dia, à beira de um rio, ele encontrou uma árvore contorcida pela dor, a qual chamou de Caneleiro, cercada pelos fogos-fátuos. Movido pela compaixão, o jovem decidiu ajudar.
Arregaçou as mangas de suas vestes rústicas de pele de animal e tocou a árvore. Com suas mãos nuas, arrancou toda a magia que havia nela para aliviar sua dor. Com a magia recolhida, ele criou um soro e usou o fogo de seus amigos para aquecê-lo e criar uma poção.
Munido com essa poção mágica, o jovem retornou à cabana de onde havia sido expulso. Ele curou a filha mais jovem que estava doente há alguns dias. Sua bravura e bondade mudaram a opinião do senhor da terra sobre ele.
Desde então, o jovem foi bem visto e conhecido como o senhor do Caneleiro das terras distantes dos fogos-fátuos.
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O Jovem e o Caneleiro
FantasyNo início de terras gloriosas, onde reinos mágicos se erguerão em meio a batalhas épicas, desdobra-se uma narrativa que transcende as eras. Uma história entrelaçada com temas atemporais de aceitação, forjada na fornalha da amizade e permeada pela es...
