Capítulo 20

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Pov Helena

-Pq eu nunca tinha sentido... O que eu sinto por você.- falo isso sentindo meu coração acelerado, morrendo de medo dela me achar emocionada.
- Você está apaixonada por mim ?- diz parando o carro, quando vejo estamos em frente ao Kerry park. Olho em sua direção e ela está me olhando.
- Estou...- digo de olhos fechados.
- Eii.- diz pegando meu rosto, me fazendo olhar-lá.- Pq está assim?
- Pq vc vai me achar emocionada, precipitada, surtada e várias outras coisas.- Digo sentindo o choro querer vim.
- E se eu te disser que TB estou apaixonada por vc, seria esse seu pensamento sobre mim?- eu a encaro e fico travada, ela está apaixonada por mim TB ou estou entendendo errado.- Eu estou apaixonada por você Helena.- Quando ela termina, me solto do cinto de segurança e pulo em seu colo.
- Você está falando sério?
- Nunca falei tão sério em toda minha vida.- sinto seus carinhos na minha cintura.- Mas precisamos conversar antes.- só concordo com a cabeça saindo do seu colo.- Vamos descer?
- Vamos.
- Vou te levar onde me escondo, quando quero pensar ou ficar sozinha.- Descemos do carro, ela pega na minha mão e começa a me guiar, já vim algumas vezes aqui. Ela começa a ir pra uma parte mais afastada, vejo uma área verde e sem ninguém perto.
- Então é aqui.- Ela se senta olhando o horizonte, sigo seu olhar, dá pra ver Space Needle com suas luzes brilhantes com o contraste com o céu, se tornando uma paisagem perfeita. Me sento ao seu lado, ficamos em silêncio por um tempo.
- Você precisa saber quem eu sou de verdade.- suspira, ainda olhando pro horizonte.
- Como assim?
- Eu sou da máfia Helena.- quando ela diz minha cabeça embaralha toda.
- O que?- pergunto com certeza olhando pra ela com uma cara de besta.
- Eu sou da máfia.-Diz me encarando com olhar preocupado.- Helena?- continuo parada olhando pra ela. Acho q estou em choque.- Porra Helena.- pega no meu rosto e vejo que está tremendo.- Fala comigo.- eu até tento movimento a boca mas não sai nada, acho q esqueci como se fala.- você tá bem? Helena? Por favor fala alguma coisa.- Fecho os olhos respirando fundo, só uma coisa se passa na minha cabeça.
- Você já matou alguém?- pergunto mas acho q não quero a resposta. Claro que ela matou, ela é da máfia.
- Já.- Ela diz e retiro suas mãos do meu rosto, me afastando dela. Ela respira fundo e abaixa a cabeça pela minha atitude.- Mas sempre pra salvar minha vida ou de alguém que eu amo.
- Quantas pessoas?
- Helena, isso não vai fazer diferença.
- Só me responde, por favor, quantas pessoas?- digo já com a voz de choro, não vou conseguir segurar.
- 6.- diz com tristeza.
- Você gostou? De matar essas pessoas?
- Não! Helena, por Alá.- diz apavorada.
- Você mataria de novo?
- Se for pra defender quem eu amo ou a mim mesma sim.
- Pq?- ela me olha tentando entender meu questionamento.- mas pq vc mataria?
- E a lei do mais forte, se te machucar e ficar vivo, vai te machucar de novo e vai te fazendo mais fraco. Helena na vida é antes eles do que nós. Antes eles morram do que eu, antes a família deles chorarem do que a minha.
- Como você entrou nessa vida?
- Herança.- agora que fiquei perdida mesmo, ela entrou na máfia por causa de herança?- Sou filha de mafiosos, meus pais foram assassinados eu tinha 20 anos, já estava na faculdade de engenharia, eu não mexia com nada. Mas quando mataram meus pais, eles iriam vim atrás de mim e do meu irmão, ele só tinha 7 anos na época, eu só tinha ele e ele a mim, eu tinha que me proteger e preteger ele. Então tomei a frente dos negócios, mas era só pra acabar com quem acabou com minha família, mas foi indo. Alguns achamos, outros não. Comecei aprender, eu tinha que ter dinheiro pra fazer faculdade e cuidar do meu irmão. Tínhamos dinheiro guardado, mas não dava até terminar a faculdade, um trabalho comum não dava, Hanbal não ficava com ninguém, além da nossa tia que já era idosa e quando eu ficava muito tempo fora ele dava crises, achando que eu tinha morrido.- ela para e respira fundo.- Uma vez fui fazer uma entrevista, pq tava descida largar a máfia, mas na volta peguei trânsito, quando cheguei em casa ele tinha quebrado metade da casa, tava cheio de machucados e desesperado, quando ele me viu chorou tanto,  ali eu vi que eu teria q continuar por ele.- sua voz oscila.- Minha tia não dava conta de ficar com ele, descobrimos que ele estava com TEPT, tinha dias que só eu controlava ele, isso pq ele viu nossos pais serem mortos, ele ficou muito impulsivo, como eu trabalharia, estudaria e daria conta de uma criança com transtorno estresse pós traumático.- Diz e vejo que ela está chorando.- Eu não tinha outra opção.- eu abraço-a, tentando digerir tudo que foi dito.
- Mas vc ainda continua? Pq? Ele já tá adulto.
- Pq eu não queria ter um futuro Helena. Pra mim já tava tudo acabado. Era disso.- diz aprontando pra ela mesma.- pro caixão.
- PARA....- grito apertando o abraço, só de imaginar ela morta bate um desespero, começo a chorar só de imaginar.- Não fala mais isso por favor.- choro mais ainda.
- Helena, no que eu faço só tem dois caminhos, caixão ou cadeia. Eu prefiro morrer do que ser presa.
- E eu vou ficar como? Se vc se for ? E eu ?
- Eu não tinha visão, mas agora eu tenho.- diz limpando meu rosto.- para de chorar, eu tô aqui e não vou a lugar nenhum, saio quando vc me mandar sair.
- Então vc não vai sair nunca mais.- digo enfiando meu rosto em seu pescoço.
- tudo bem, mas como você está? Sabendo dessa parte da minha vida?- eu olho nos olhos dela.
- Fiquei em choque, vc é fechada mas nunca imaginei que era mafiosa. Você faria mal pra mi...- não me deixa acabar de falar e já vai respondendo.
- NÃO, nunca. Tá me ouvindo, eu n.u.n.c.a faria mal a vc.- me dá um beijo na testa.- você foi um sopro de vida pra mim, Helena eu achava que não precisava de ninguém, até te conhecer.- eu junto nossos rostos.- Se vc tiver paciência, eu entrego tudo e vamos viver juntas.
- Você faria isso?- pergunto sorrindo.
- Claro, eu quero VOCÊ Helena.- diz e me beija. Eu vou seguir meu coração, se eu quebrar a cara minha parte eu fiz, eu tentei. Nosso beijo vai ficando intenso, sento em seu colo e começo a rebolar em seu colo, ela se afasta pra respirar.
- Passo começar com meu anticoncepcional?- digo em seu ouvido. Ela da uma risada, a risada mais gostosa que eu já ouvi, me contagiando.
- Pode princesa. Você quer tanto assim?
- Eu nunca quis tanto, só de pensar em vc fico excitada.- digo fazendo cara de safada e dou uma leve rebolada, fazendo Zulema gemer e apertar minha cintura.
- Não faz isso.- diz suspirando, sinto seu membro começando a ficar duro. - Pequena estamos na rua.- diz com o rosto enterrado no meu pescoço.
- Então vamos pra outro lugar.- digo e me levanto.

She( G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora