Capítulo 39

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Pov Helena

Saio de casa e vejo o carro de Zulema do outro lado, atravesso a rua e entro no carro, fecho a porta e vou pro seu colo beijando ela, que de início assusta mas depois retribuí, ela agarra minha cintura e puxo seu cabelo, fazendo ela gemer, o beijo para por falta de oxigênio.
- Bom dia.- digo lhe dando um selinho.
- E que bom dia, cada dia um bom dia melhor que o outro.- diz sorrindo unindo nossas testas.
- Estava com saudades.- dou outro selinho, sento no banco e a olho.
- Tbm estava com saudades Habib.- sorrio pelo apelido.
- Pq vc é linda assim?- pergunto e ela sorri sem graça.
- Você que é linda.- me beija.
Porra tô viciada nessa mulher, que Deus me ajude.
- Somos lindas.- digo quando paramos de nos beijar.
- Vamos.- concordo colocando o cinto.
Estamos indo pra casa de Saray.
- Como foi ontem?
- Foi até legal, tirando que tive que olhar pra cara da Macarena.- a encaro quando ela diz o nome da ex dela.
- viu ela aonde?- pergunto sentindo um incômodo em pensar na ex dela.
- No Joe's.- ela me olha rapidamente e volta a atenção pra estrada.- ela veio tentar conversar comigo mas deixei ela falando sozinha, e a propósito ela já sabe de nós.
- Te incomoda ela saber?- pergunto com medo da resposta, eu não sei como elas eram, vai que Zulema resolve voltar com ela.
- Não, só não acho que ela tem que saber da minha vida, já que não me preocupo com a dela.- ela respira fundo.- eu só quero viver longe dela.
- Uma hora ela se conforma que não vai te ter mais.- digo dando de ombros.
Chegamos na porta da casa de Saray, e Zulema me olha.
- Pq tá com esse bico?- pergunta me olhando.
- Nada!- digo voltando minha atenção pra frente.
- Está com ciúmes?- Arregalo os olhos.
- N... não.- Gaguejo.
- Ok! Mas não precisa ter, eu quero você.- me dá um beijo na bochecha.
- Eu tbm te quero, mas tenho medo de você enjoar de mim.- exponho meu medo.- Eu nunca senti o que sinto por você.- respiro fundo.- Tá tudo tão intenso.
- Não vou enjoar de você, pq é você que eu quero pro resto da vida.- dou um sorriso e dou um selinho nela. Zulema buzina.
- Se prepara que ela está atacada.- digo me lembrando das mensagens trocadas.
- Pq?
- Brigou com Cachinhos.- termino de falar e vejo Saray vim com a cara da morte em direção ao carro, ela entra batendo a porta.
- Bom dia zulema.- diz de braços cruzados.
- Bom dia Cigana.- Zulema me olha e olha pra trás.- Qual motivo do mal humor?
- Minha mulher, as pessoas acham que namorar mulher é mais fácil. Porra nenhuma! Bem mais complicado.
- O que você fez?- pergunto e ela me encara.
- Pq acha que fiz algo?- devolve com outra pergunta, ela faz isso quando sabe que está errada.
- Talvez pq vc disse que não quer nem olhar na sua cara!- ela revira os olhos.
- Cachinhos surta por tudo. Ela inventa as coisas e depois acha ruim.- diz brava.- Me chamou pra ir no shopping pra fazermos programa de casal, fomos no cinema e fui educada com a moça da bilheteria, ela ficou com raiva e disse que estava dando encima da mulher. Eu não fiz nada.- diz jogando o corpo pra trás.
- Você tentou falar com ela?- Zule pergunta saindo com o carro.
- Ela não me responde e nem me atende. Eu amo ela, mas eu não vou ficar atrás dela, se eu tivesse feito algo ok! Mas eu não fiz. Tô cansada já, toda vez ela arruma um trem pra brigar.- diz com a voz embargada, realmente todas as brigas dela é Cachinhos que começa e sempre Saray vai atrás dela.- Se ela quer que acabe assim, tudo bem.- Sei que ela está falando isso mais pra se convencer do que a gente, já que ela é totalmente louca pela Cachinhos.
- Saray, vocês precisam conversar, esse lance de brigar toda vez por qualquer coisa desgasta.- Zulema diz. Olho pra Saray e vejo que está chorando, odeio quando ela chora.
- Não chora Sah.- digo e coloco minha mão pra trás, ela pega minha mão.
- Não consigo eu amo ela e essas brigas me deixam mal.- funga limpando o rosto com a mão livre.
- Amor não machuca Saray, quando machuca é pq não é amor.- digo e Saray volta a chorar. Zulema me olha.
- Como você sabe? Se nunca amou!- diz chorando, me fazendo suspirar.
- Sou filha de duas mulheres que se amam, e sei o que estou falando. Relacionamento tem brigas, mas se machuca e faz chorar, não é amor.- ela suspira.
- As vezes acho que ela não me ama.- ela volta a chorar.- Ela está comigo por estar.
- Não fala assim Saray, conversa com ela primeiro, se depois da conversa continuar com esse pensamento termina. Ninguém merece sofrer por ninguém.- Zulema fala.
- Prima para de chorar, você sabe que não gosto que te tratam mal.- Saray funga.
- Eu amo vocês.- diz abraçando meu pescoço e de Zulema.
- Estou dirigindo maluca.
- Fodas, tô carente.- encosta de novo no branco, olho pra ela e vejo encarando o chão.
- Que foi?- ela abaixa e pega algo.
- De quem é essa calcinha?- praticamente enfia a calcinha na cara de Zulema, eu olho reconhecendo minha calcinha.
- Tira da minha cara, eu vou bater a porra do carro maluca.- empurra a mão de Saray, eu puxo da mão dela.
- É minha.
- Mentira é minha.- Zulema puxa da minha mão.
- Tá usando calcinha agora zule?- Saray debocha.
- Não ganhei de recordação.- da de ombros e guarda a calcinha no porta luvas.
- VOCÊ PERDEU A VIRGINDADE?- Grita no meu ouvido.
- Puta que pariu! Grita no ouvido da mãe.
- Não posso minha mãe está gestante. Se estressar ela, ela arranca meu irmão de dentro dela e taca em mim.- diz e nos rimos.- Mas não foge da pergunta vagaba, perdeu o tampo?- pergunta enfiando a cara entre os bancos pra me encarar.
- Pq vc é assim?- reviro os olhos, ela continua me olhando.- Perdi.- ela da um grito e agarra meu pescoço.
- Aí, minha menina agora é uma mulher.- diz fingindo emoção, Zulema gargalha.
- Você é ridícula cigana.- Zulema diz ainda rindo.
- Você tira o tampo da prima alheia e eu sou ridícula?- diz séria, mano, o que acontece com essa garota?
- Saray ninguém tirou meu tampo, deixa de ser doida.- reviro os olhos. Chegamos na porta do ginásio.
- Tchau zule obrigada pela carona.- abraça Zulema por trás e sai do carro, menina mais aleatória não tem.
- Venho às 17, ok?- Zulema vira pra mim.
- Tá bom.- dou um sorriso soltando o cinto, puxo Zulema pela gola da blusa a beijando, ela pede passagem com a língua e eu dou, Zulema aperta minha coxa me deixando excitada eu corto o beijo.- Vamos parar, se não vou querer transar.- Zulema sorri.- Vai rindo boba.
- Eu já quero transar.- diz e me dá um selinho.- Bom treino.- outro selinho.
- Obrigada linda, bom trabalho pra vc.- dou um selinho e desço do carro.

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