Capítulo 28

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Pov Helena

- Vamos?- vou em direção a Zulema que está na escada me esperando, ela me acompanha e vamos em direção onde está o carro.
Chegamos no hospital já encontro com a madrinha que quando vê a gente vem em nossa direção.
- Bom dia cria Grey.
- Bom dia madrinha.- lhe abraço, ela para os olhos em Zulema.
- Bom dia Zahir.
- Bom dia cristina.- Minha madrinha olha de Zulema pra mim com sorriso malicioso.
- Tia, tenho que ir. Minha consulta está marcada pra daqui a pouco.- digo tentando fugir dela.
- Grande coisa, vc é filha dos donos, coitado de qm não te atender.- diz em deboche.
- O problema que qm vai me atender é a dona.- digo rindo e vejo qm eu menos queria ver, Meu pai, quando me ver vem sorrindo. AFFF, inferno.
- Bom dia Filha.- diz me abraçando. Deus me ajude.
- Bom dia pai.
- Tudo bem ? Como vc está? Te mandei mensagem não me respondeu.
- Estou bem e vc ? Estava sem tempo.
- Seus treinos já começaram?- pergunta fingindo interesse, já que ele não apoia.
- Sim, começaram ontem.
- hmmm entendi, está tudo bem com vc? Não é de vim aqui no hospital.- diz e repara a Zulema parada do meu lado, ainda bem não estamos de mãos dadas.
- Tenho consulta.
- Falando em consulta vc está atrasada.- minha madrinha tenta me ajudar.
- verdade. Pai tenho que ir depois nos vemos.- digo lhe dando um beijo na bochecha.
- Eu vou com vcs.- diz Cristina.
- Estava precisando falar com vc Yang.- diz meu pai, passando o olho em mim e Zulema. Com certeza ia perguntar o que ela faz comigo, já que ele tem medo de falar algo que vire briga comigo.
- Tô afim não.- diz dando de ombros.- É muita tortura pra um ser humano só.- Seguro a risada monstro que quero soltar.
- É sobre uma cirurgia.- Ele está mentindo, e minha madrinha sabe.
- Procure alguém da sua especialidade. A minha é cárdio e a sua neuro.- Ele faz uma cara contrariado, mas ele não fala nada já que minha madrinha nunca escondeu que não gosta dele.
- Então pai, tô indo.
- Tá bom filha, posso te ligar mais tarde.- tenho outra opção?
- Pode sim.- Só não vou atender. Ele me abraça e despede de Zulema que só acena com a cabeça e vamos em direção ao consultório da mamãe.
- Ele não vê que vcs não são fã dele?- Zulema diz.
- Ele é muito narcisista pra isso.
- Você sabe o que ele queria tanto falar comigo né? Não tem cirurgia nenhuma.
- Sei madrinha.- respiro fundo.- Eu me sinto mal sabia? Ele é meu pai, sempre esteve presente na minha criação. Porra ele era meu Herói.- digo sentindo vontade de chorar.- Até eu vê e saber as coisas que meu "Herói" fazia, hoje não consigo nem manter uma conversa com ele.- entramos no elevador.
- Mas vc precisa tentar. Talvez ele nem saiba que é tão tóxico assim.
- Mas aí mostra mais sobre ele do que sobre mim.- Zulema está encarando os botões do elevador e ele se abre.
- Helena aconteceu alguma coisa que você não contou pra gente?- pergunta me encarando.
- Não, pq vc acha isso?
- Ele fez muita coisa, mas nada que te afetasse diretamente, já que suas mães sempre dão um jeito. Mas vc tem uma raiva dele, que não tem justificativa.
- Tia, ele fez muita coisa com minhas mães.
- Isso nunca foi segredo pra vc, suas mães sempre falaram como ele é.- Fico em silêncio e minha mente me trás lembranças que eu preferida esquecer, sinto meus olhos encherem.
- Helena!- Zulema me chama, mas não consigo fazer nada. Meu corpo travou, começo a sentir o ar faltar, porra uma crise.
- Porra Helena.- esculto minha madrinha, sinto meu corpo ser puxado, meus olhos estão embaçados pelas lágrimas, minha cabeça começa a reproduzir mais e mais as memórias, e só piorando minha crise de ansiedade.
- O que tá acontecendo?- pergunta Zulema com preocupação na voz. Fecho os olhos concentrando em mandar ar pro pulmão.
- Crise de ansiedade.- escuto barulho de porta abrindo, sinto tudo rodando, ainda bem que estou de olhos fechados, se estivessem abertos já estava no chão.
- Oi Cristina.- escuto a voz da mamãe, me fazendo chorar de vez agora.- pq ela está assim?- sinto seus braços me apertando, ela sempre faz isso quando entro em crise.
- Ela tava bem até agora, foi depois que encontramos com o Derek que ela entrou em crise.
- Filha.- Sinto suas mãos em meu rosto.- Respira, a mamãe está aqui.- Eu não consigo responder, só choro mais.
- Alguém ajuda ela, por favor.- Zulema pede em tom de desespero.
- Zulema, calma. Me ajuda a acalmar ela.- sinto ser puxada pra um colo, que sinto ser Zulema.- Vou ligar para Meredith.
- Pra que ?
- Pra me ajudar a saber o que aconteceu com a nossa filha Cristina, tem tempos que Helena não tinha nada. Aconteceu alguma coisa com vcs Zulema?
- Ela estava tranquila, até nos encontrarmos com o pai dela.- sinto que vou desmaiar.
- Eu vou....

////////////////////Quebra de tempo////////////////////

Sinto uma mão passando no meu rosto, movo a cabeça pro lado e sinto que estou com a cabeça do colo de alguém.
- Princesa?- Escuto a voz preocupada de Zulema. Estou tentando lembrar o que aconteceu, abro os olhos e ela está me encarando com uma cara de desespero.- Como está se sentindo?- faço movimento pra levantar.
- Devagar.- escuto mamãe falando, me sento e olho em sua direção, ela não está com uma cara boa.
- Estou bem, eu acho.- sinto minha cabeça rodar e fecho os olhos.
- Você ainda está em crise, não mente.- mamãe diz com tom nervoso.
- Addison!- minha madrinha repreende.
- Ok!- Ela levanta a mão e sai da sala. Ela fica assim quando eu tenho crise, ela fica mal por achar que não é uma boa mãe.
- Você lembra o que aconteceu?- Cris me pergunta, concordo com a cabeça.- Meredith está a caminho.- respiro fundo, eu tentei esquecer isso, eu não queria render.- Elas vão querer saber o que desencadeou a crise.
- Vamos mesmo.- Olho pra porta e vejo minhas mães entrando.
Minha mãe vem em minha e me abraça, e as lembranças do que aconteceu e a dor que eu senti vem com tudo, meus olhos enchem de novo. Agora eu lembrei pq eu odeio ele.
- Filha, deixe a gente te ajudar, conta o que aconteceu pra você ficar assim.- diz com olhar de preocupada. Começo a chorar, eu menti pra elas.
- Mãe me perdoa?- peço entre as lágrimas.
- perdoa o que filha?- Olho seu rosto tentando me acalmar pra conseguir contar.
- Vou deixar vcs conversarem.- minha madrinha diz, eu a olho e vejo indo pra saída da sala.
- Fica.- eu peço entro às lágrimas.

She( G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora