Capítulo 14

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— Eu não vou ser demitida, ne? (Perguntei receosa enquanto me trocava, já estávamos em meu camarim e o mesmo me olhava atentamente quando eu ia removendo os meus acessórios do meu minúsculo e sensual "figurino")

— Gosta de trabalhar aqui? (Me questionou com a sobrancelha arqueada, pude notar certo tom de desagrado em sua voz, eu até entendo, afinal tem muita coisa nojenta que falam a meu respeito)

— Não é questão de gostar, Ken. (Suspirei pensando em como iria explicar para um cara rico que eu preciso suportar um emprego desse para me sustentar, me aproximei sentando em seu colo e o mesmo me recebeu colocando as mãos firmemente na minha coxa) - Eu moro na casa do meu pai, mas mesmo assim sou eu quem tenho que pagar todas as contas, e se eu não fizer, ele iria ficar furioso, mas não faço isso só por receio do castigo dele, mas porque eu preciso comer, preciso pagar minha passagem para ir a faculdade, preciso me manter.

Ele estava calado, em seu olhar duro pude notar uma certa raiva, isso me deixou ainda mais receosa, eu gostava tanto de esta com eles, arriscaria até dizer que me apaixonei, mas quem eu queria enganar, certamente ele já estava com nojo de mim, só não deve ter me afastado por consideração aos momentos que já tivemos.

— Eu entendo se não me quiser mais, acredite, eu sei que não deve ser nada agradável estar com alguém que é considerada uma prostituta, me desculpa mesmo, eu pretendia conseguir um emprego melhor antes que descobrissem. (Abaixei minha cabeça já sentindo um nó na garganta e meus olhos marejaram, eu não conseguia encara-lo e ver aquela expressão de raiva)

— Não diga uma coisa dessa. (Sua voz saiu tão serena que até estranhei, porém não conseguir olhá-lo, mas ele tratou de resolver isso por si mesmo erguendo meu queixo com uma das mãos) - Eu te amo Katsumi! (Não sei dizer se meu coração parou ou acelerou demais, só sei que paralisei ao ouvir sua confissão) - Mesmo se fosse uma prostituta de fato, o que eu sinto não seria alterado. (Recebi um leve selar em meus lábios, não havia malícia, apenas ternura e amor)

— Não está com nojo, ou raiva de mim? (Perguntei com a voz embargada devido as lágrimas silenciosas que eu nem havia notado que desciam)

— E claro que não, minha pimentinha! (Enterrou o rosto em meu pescoço me dando um abraço apertado, deixando um beijo no local antes de se afastar um pouco) - Eu só estou com raiva por causa do seu pai, e por você se obrigar a trabalhar assim apenas para se sustentar, sabe... eu sei como e isso, eu já tive que morar em um puteiro por não ter outra opção, eu nunca tive pais, então eu sei como e ter que se virar como pode, então apenas me deixe cuidar de você agora!

Eu te amo Ken Ryuguji! (Agora foi minha vez de o abraçar enterrando meu rosto em seu pescoço)

— Você não precisa mais trabalhar aqui e nem mais morar naquela casa, amanhã mesmo vou ir buscar suas coisas e levar para a mansão dos Sanos. (Essa não seria uma má ideia, mas eu não me sentiria bem sendo sustentada por eles, e mesmo que eu ajudasse com as despesas não seria muita coisa, não passaria de uma esmola)

— Desculpe, Ken, mas não acho que vou me sentir bem morando lá, ainda mais agora que sabem que trabalho em um lugar desse. (Falei desviando o olhar envergonhada)

— Tenho certeza que assim como eu, ninguém ali esta de julgando, ok? (Acenei positivo com a cabeça) - Resolvemos isso depois, mas saiba que não deixarei você ficar mais naquela casa! (Resolvi não discutir, pelo menos por hora, então apenas o abracei novamente) 

Ficamos assim por alguns minutos até ouvir alguém batendo na porta e forçando para abrir, Ken fechou a cara na hora, afinal estavam atrapalhando nosso momento, e tenho quase certeza que ele estava quase dando um tiro na cara de seja lá quem estava atrás da porta.

— KEN, KATSUMI! (Ouvimos a voz da Emma fazendo o loiro abaixo de mim relaxar, me levantei e abri a porta logo sendo fortemente abraçado por um furacão loiro) - Meu Deus vida, fiquei sabendo o que houve, Mikey vai acabar com aquele miserável! (Falou se afastando para segurar meu rosto com as duas mãos)

— O Mikey não vai, eu vou! (Draken falou trancando a porta e se sentando novamente na poltrona que estava)

— Não acredito que não me contou que dançava em uma boate! (Emma ralho me puxando, a mesma se sentou em uma perna do Ken e eu me sentei na outra)

Draken era um homem bem grande, e eu e Emma éramos bem baixinhas perto dele, e mesmo nós duas em seu colo, não chegamos a ocupar muito espaço, parecia até que nós fomos feitos sobre medida, uma para o outro, não um casal convencional, mas sim um trisal bem proposital.

— Me desculpe, por mais que eu goste de dançar, não me orgulho de trabalhar aqui, já que sou a única que não se prostitui, pensei que iriam agir como meu pai, e não acreditariam que não fico com homens por dinheiro. (Me desculpei cabisbaixa, Emma podia ser até a mais amorosa, mas com certeza era a mais explosiva de nós três)

— Ei! (Emma ergueu meu queixo me fazendo olhá-la) - Esta tudo bem agora, só nos deixe cuidar de você, tá bom? (Mesmo sem entender muito bem o que ela quis dizer com aquilo, apenas concordei)

—  Te amo minha loirinha! (Falei a olhando com ternura, afinal eu já havia dito isso a ela diferente do Ken, assim como ela também já havia me dito isso)

—  Eu também te amo minha ruivinha! (Deixou um selar nos meus lábios) - Inclusive... você ficou muito gostosa nessa roupa! (Ela deu um sorrisinho malicioso sendo acompanhada pelo Ken)

— Se bem me lembro, você perdeu a minha apresentação... (Comentei me levantando e ajustando as luzes)

Meu camarim era preparado caso eu fosse fazer shows particulares aqui, eu mesma nunca fiz, mas hoje estava bastante disposta a inaugurar o local de todas as forma possíveis...


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Triângulo Amoroso - Ken Ryuguji / Emma SanoOnde histórias criam vida. Descubra agora