Capítulo 21

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Eu não poderia mais esperar um dia se quer, meu tempo estava acabando, e se eu não saísse daqui logo, estaria casada com Hanma e em algum canto do mundo onde eu nunca mais conseguiria fugir dele, e algo me diz que ele não vai continuar sendo tão "paciente" na "nossa lua de mel", então preciso ser esperta e cautelosa.

Assim que Hanma saiu pela manhã, o mesmo me avisou que iríamos a um evento importante para ele e que viria uma pessoa tirar minhas medidas, óbvio que eu já sabia a verdade e ele tecnicamente não mentiu também, então apenas fingir demência e ignorei o fato dele está preparando meu casamento e pelo jeito só vai me "informar" no altar.

Mas até lá eu não estarei mais aqui, não se tudo der certo, sairei daqui essa noite nem que eu tenha que ir para o tudo ou nada, sei que isso vai ser tão arriscado a ponto de colocar minha vida em risco, mas só de estar aqui com ele eu já estou em risco, então eu e que não vou desistir.

Quando a tal pessoa veio tirar minhas medidas, a enrolei para conseguir pegar seu celular, foi difícil, e muito, porém mesmo assim consegui, mas para minha tristeza estava com senha, só que eu não ia desistir fácil, isso não.

— Alô, delegacia **** de Tokyo, como posso te ajudar? (Ouvir do outro lado da linha a voz de uma mulher)

— Oi! (Sussurrei, eu estava no banheiro com o chuveiro ligado assim como também deixei ligado o som no quarto, precisava ter muita cautela) - Escuta bem, isso vale a minha vida, então por favor passe para o estagiário Naoto Tachibana agora mesmo! (Sei que fui um tanto grossa, mas não tinha tempo para delicadeza, ela relutou um pouco mas devido ao meu nervosismo acabou entendendo que a situação era séria)

— Alô, me chamo Naoto Tachibana, no que posso te ajudar? (Ouvir a voz do meu primo do outro lado da linha me deixando relaxar um pouco)

— Sou eu, a Katsumi, preciso que diga ao Ken que estou no prédio principal da Valhalla, por favor Naoto, Hanma pretende se casar comigo e me levar para longe logo depois. (Falei de forma afoita já chorando mas acredito que ele entendeu tudo)

Assim que terminei de falar não prestei mais atenção na ligação pois ouvir alguém bater na porta, não, alguém esmurrar a porta, e por algum motivo eu sabia que não era o Hanma, e não sei se isso é bom ou ainda pior.

— QUE PORRA VOCÊ TÁ FAZENDO SUA PUTA? (Justo hoje? Justo agora?)

— Eu estou tomando banho, por favor aguarde na sala! (Falei em um tom alto como se não tivesse fazendo nenhuma besteira e joguei o celular pela janela, não sei porque fiz isso, mas o susto foi tanto que tive medo de me pegarem com a prova do "crime")

— E COM QUE VOCÊ TÁ FALANDO? (Sua voz está extremamente alterada, ele havia se drogado)

Desliguei o chuveiro depois de me molhar rapidamente e me secar colocando a roupa que estava de volta, se for pra fingir preciso fazer direto.

— Estava falando com Deus! (Ótima desculpa, agora ele me esmurra de vez)

— VOCÊ NÃO É RELIGIOSA! (Um forte estrondo e a porta foi aberta enquanto eu fingia secar meu cabelo com a toalha e ele olhava para todos os lados a procura de algo) - Com que você estava falando? (Perguntou avançando sobre mim e me enforcando em seguida)

— Eu estou aqui contra minha vontade correndo risco de vida, nessas horas o único que tenho é Deus, então era com ele que eu estava falando. (Respondi ríspida sem nem ao menos notar, sei que com ele eu tenho que ter cuidado, afinal se já me espancou até me deixar inconsciente uma vez, não seria difícil fazer um outra)

— Tá achando que me engana igual aquele idiota, é? (Falou entre dentes me apertando ainda mais, já estava quase ficando seu ar, será que dessa vez ele realmente iria me matar?)

Meu próprio pai, aquele que deveria ter cuidado de mim, deveria ter sido meu apoio quando minha mãe se foi, aquele que deveria ter estado do meu lado no pior momento da minha vida, porque as coisas chegaram a isso? Será que fui uma filha tão ruim assim para merecer esse seu tratamento?

Desde que tudo veio desmoronando eu já pensei que talvez morrer não fosse uma opção tão ruim assim para mim, ninguém sentiria minha falta, me perguntei diversas vezes do porque ainda resisto, porque ainda estou viva, eu deveria apenas me entregar logo a isso e aceitar.

— Eu disse que não te queria aqui! (Cai no chão sem forças sentindo minha visão bastante embaçada, mas não foi meu pai que simplesmente me largou, foi o moreno com tatuagens nas mãos que o lançou contra na parede com um murro) - Você tá bem? (Perguntou se aproximando de mim)

E foi ali que lembrei, eu não estava sozinha, eu tinha a Emma e o Ken, sem contar os irmãos Sanos, e os pessoal da gangue, eu não podia desistir, quase me entreguei a escuridão sem pensar o quanto os dois sofrerão com isso, eles me amavam, não é? Então sofrerão muito, e eu não quero essa dor pra eles.

— Me deixa ir... por favor... (falei baixinho e com dificuldade, minha voz estava rouca e falha)

— Você nunca vai me amar, não é? (Perguntou sério, e tive medo de responder e ele ter uma péssima reação)

BOWWW...

Um forte estrondo foi ouvido no prédio, e logo o sons de tiros, me encolhi sentindo as lágrimas de alívio descer... eles vieram mesmo!


Será que Hanma vai deixa-la ir ou vai surtar de vez?

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Será que Hanma vai deixa-la ir ou vai surtar de vez?

Triângulo Amoroso - Ken Ryuguji / Emma SanoOnde histórias criam vida. Descubra agora