MEU CUNHADO, MEU PECADO

Capítulo III

O dia hoje começou estressante.

Já estou ao telefone com Brigite que está tentando resolver a incompetência de terceiros.

- Prepare o jato para daqui 30 minutos.

- Sim senhor.

- Reserve o primeiro horário com os chineses.

- Sim senhor.

Eu desligo meu celular e Marina me olha pronta pra torrar minha paciência.

- Sério que você vaia viajar justo hoje?

- Posso saber o que de tão importante tem hoje porra?

- Meu irmão chega hoje com meus pais Alessandro.

- E daí?

Ela levanta irritada e joga tudo da mesa do café no chão.

- Como você pode ser tão idiota assim hein..

Eu apenas observo a bagunça que ela fez e depois a encaro me levantando também.

- Espero que seu show de garota mimada tenha acabado " Marina".

- Aaaarrggg, mas que PORRAAA

- Não grite pois sabe que eu odeio isso

- Foda-se o que você odeia, eu odeio você, odeio viver essa vida solitária.

- Não te obriguei a casar Marina, você aceitou esse negócio assim como eu.

Ela começa a chorar e isso me irrita mais que o showzinho.

- Eu pensei que você seria diferente comigo, afinal dividimos nossa vida, mas não, você não mudou nada.

- Rsrs...quando foi que te prometi isso?

- Nunca mas eu pensei que com o tempo nós...

Eu não espero que ela acabe de falar, porque sei que nada do que ela disser me interessa.

- Eu nunca vou ser assim garota, essas babaquices de amor e sentimentalismo não existem pra mim.

Ela suspira, se ajeita e me encara seriamente.

- Tudo bem, não vou me descabelar porque não vale meu Gucci essa discussão, mas ao menos esteja aqui no fim de semana.

Eu respiro fundo e antes que perca mais tempo apenas concordo.

- Tá bom, farei o possível.

Ela sorri agora sem vestígios do drama de poucos segundos atrás.
Inacreditável, depois eu que sou o frio da história.

- Rsrs...ótimo, eu vou inventar algo até sábado.

- Faça como quiser, agora mande que preparem minha mala que já perdi tempo demais.

Ela sai sorrindo e rebolando enquanto eu vou até meu escritório pegar alguns papéis.

...

- Está tudo pronto senhor.

- Quando chegar lá quero que me mantenha informado sobre cada passo deles.

- Sim senhor

- Não pretendo demorar mais que dois dias.

- Sim senhor.

Eu embarco e horas exaustantes depois chego à empresa, graças ao fuso horário minha reunião será em 20 minutos.

- Boa tarde senhor Maldonado, o senhor Lee o espera

Eu caminho até a sala de reuniões e já sou recebido pelos sócios.
Coitados, pensam que me abalam ou assustam.
...
Horas depois meu contrato está assinado e claro eu sai ganhando.
Não interessa o quanto façam cara de mal ou tentem me enrolar, eu sou bom no que faço.

Eu aproveito a estadia ali e já adianto os preparativos do mega empreendimento, assim como me encontro com alguns outros negociantes, pois é minha vida é isso.

Quando chega o domingo eu embarco de volta, ignorando totalmente as ligações e mensagens de Marina que deve estar dando um de seus pitis sem noção.

Durante o voo um pensamento me atinge, terei que viver sob o mesmo teto   desse irmão doido da Marina.

- Merda...Foda-se

Quando finalmente chego, a casa está um total silêncio e agradeço por isso.
Eu vou para o meu quarto, tomo um banho, visto apenas uma cueca e desco até a cozinha afim de comer algo.

Não faço isso normalmente, mas quero um suco e não tenho saco pra esperar.

Eu entro e está tudo escuro, a não ser pela porta da geladeira que está aberta e alguém está abaixado com a bunda pra cima.
Não sei porque, mas sinto meu pau ficar duro com aquela visão.

Eu caminho em silêncio até a pessoa e observo a bela bunda balançar de um lado a outro, com se estivesse dançando uma música imaginária.

Eu analiso as pernas e embora não possa saber quem é, garanto que é muito gostosa.

Sem outra opção já que estou cansado e com sede eu pigarreio

- Huhum

A pessoa da um pulo e desequilibra caindo pra trás diretamente nos meus braços.

Eu observo a figura magra, de feições delicadas, o corpo magro e pequeno.

- Rsrs...uou cunhadinho foi mal.

Ele sai do meus braços, mas continua me encarando com um sorriso de lado.

- Quem é você porra?

- Eu sou o Angel, seu cunhado...

Ele sorri com aquela carinha de anjo e isso me envia um choque direto no pau que agora está duro feito pedra.
Mas que porra tá acontecendo aqui.