Capítulo XIII

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Ver aquela mulher sentando em Alessandro me fez ter vontade de gritar e bater nele, mas esse não sou eu, então eu simplesmente sai dali e fui para a cozinha chorar por um homem que não é meu.

Eu fiquei ali sabendo que a safadeza ia demorar, mas pra minha surpresa ela desceu minutos depois de mim saindo apressada.

- Tomara que tenha broxado

Eu chego a sorrir com o pensamento, mas logo fico triste novamente, ele ignorou meu beijo e ainda por cima comeu a massagista.

- Vai seu trouxa, fica na bosta por ele

Como eu sou idiota, achei que tinha mexido com ele de alguma forma mas não podia ter me enganado mais.

Eu tomo meu café expresso olhando um vídeo sem importância até que sinto um arrepio e aquele cheiro que sei bem de quem se trata.

Alessandro entra na cozinha e me encara seriamente, eu o ignoro e ele não para de olhar.

Mesmo querendo dar uns tapas nele fico imóvel e irritado ele pega uma água e sai.

Eu suspiro derrotado e depois de alguns minutos subo para o meu quarto, mas antes de entrar sou puxado para o quarto de Alessandro que me surpreende com um beijo avassalador.

Cheio de desejo eu correspondo ao beijo e sinto meu pau doer, mas quando lembro que ele estava comendo a massagista me afasto dele e o empurro dando um tapa em sua cara.

Ele me olha incrédulo e saio de lá mais arrasado que nunca.
O que ele pensa que eu sou, por que me trata como objeto.

Irritado eu me deito e acabo vencido pelo cansaço.
Na manhã seguinte recebo a mensagem de um colega dizendo que um dono de editora amigo dele quer falar comigo.

Minha irmã vibra por mim e feliz da vida marco de me encontrar com esse amigo hoje.

Estamos rindo das bobagens que ele escreve quando Alessandro entra na sala com uma irritada.

Eu o ignoro enquanto ele dá bom dia, até que do nada ele se levanta e sai.

Tento não pensar nisso e na hora combinada encontro meu amigo e sua esposa, ambos me levam até a editora e pra minha surpresa o dono é muito legal, ele mostra fotos da esposa e dos filhos, conta histórias e no final fica com um dos meus livros.

Eu saio de lá muito feliz e pra comemorar meus amigos me levam até um restaurante bem família onde ficamos rindo e conversando até tarde da noite.

Quando eu chego na casa da minha irmã, tudo está em silêncio e faço o impossível pra não fazer barulho.

Eu subo as escadas devagar e antes de abrir a porta do quarto me sinto vigiado, porém não vejo ninguém.

Tomo meu banho, me troco e deito na cama me sentindo feliz, pelo menos minha carreira não está arruinada.

Posso ser jovem, mas literatura é minha vida e essa chance é mais do esperava.

Feliz eu durmo cheio de planos, ainda que neles não estejam incluídos Alessandro eu vou lutar pra ser feliz.

Na manhã seguinte eu e Marina tomamos café juntos e conto pra ela como foi a reunião, ela fica feliz e me enche de beijos na bochecha, eu riu e ficamos abraçados até ouvir a porta bater quando meu cunhado se vai sem dizer nada.

- Ele está mais irritado que o normal né?

- Eu nem ligo mais maninho, tenho mais o que fazer rsrs

- Rsrs...compras né

Ela ri e concorda, minha irmã é uma figura.

Depois do café da manhã ela sai com suas amigas e eu vou para a piscina, onde passo a manhã tomando sol e ouvindo música.

Penso em Alessandro e nos seus beijos, mas logo me repreendo, ele não é pra mim então tenho que esquecê-lo.

Talvez nessa nova fase eu encontre o verdadeiro amor, porque me recuso a aceitar que esse idiota, mulherengo é meu grande amor.

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MEU CUNHADO, MEU PECADOOnde histórias criam vida. Descubra agora