FIM ❤️

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Elas foram até umas das suítes da casa, onde Anielle havia deixado sua bolsa.

Janja foi direto para o banheiro ver como estava sua maquiagem.

– Espera só eu dar um jeito nesse batom e a gente desce. – Ela falou lá de dentro retocando o batom.

Tomou um susto quando viu Anielle atrás de si através do reflexo no espelho.

– Quer ajuda? – Perguntou a ministra.

Rosângela lhe entregou o batom.

– Seus lábios são lindos. – Disse Anielle enquanto deslizava o batom nos lábios finos da primeira-dama.

O coração de Janja acelerou com aquela proximidade. Ela engoliu em seco.

– Tá nervosa? – Anielle afastou o batom é franziu o cenho.

– Não... – Mentiu.

– E por que essa respiração profunda? Ainda te deixo desconfortável? – A morena riu.

– Desconfortável não seria a palavra correta.

– E qual seria?

– Intimidada. – Suspirou.

– Então me desculpe. – Anielle quase sussurrou com os lábios próximos aos dela.

– Acho que tomamos muito vinho. – Janja falou sentindo um calor tomar conta de seu corpo.

– Eu acho que o vinho é só uma desculpa. – A morena aproximou ainda mais seus lábios dos dela.

– Anielle... – A respiração de Rosângela pesou.

– Tudo bem. – Ela sorriu vendo o nervosismo da primeira-dama. – Aqui. – Colocou o batom na pequena bancada atrás de Janja encostando seu corpo no dela e se afastou em seguida.

Os segundos que Anielle levou para alcançar a maçaneta da porta, foram suficientes para Janja repensar seus desejos e deixar o vinho dominar seus instintos. Ela se apressou em se colocar na frente da porta antes que a morena pudesse sair.

– Ok, eu admito que você me deixa maluca. Não era pra ser assim, eu sou casada. Por que ele tinha que escolher justo você pra esse ministério? – Ela disparou a falar.

– Posso estar enganada, mas vi seu marido elogiando o nosso caso. – Anielle cruzou os braços.

– O problema não é ele, sou eu. Não sou tão "mente aberta". – Ela admitiu.

– Eu entendo. Posso ir agora? – Apontou para a porta atrás da socióloga.

Janja aproveitou a altura que o salto lhe dava para tomar seus lábios em um beijo sedento.

– Vou entender como um não. – Anielle sorriu assim que os lábios se separaram.

Rápida como nunca, Rosângela começou a abrir os botões do terno azul que a ministra usava para emoldurar seus seios fartos com ambas as mãos. Desta vez ela não foi parada pela morena.

Ela trilhou um caminho de beijos desde o pescoço até a tatuagem de mandala que dividia os seios de Anielle, abocanhando um em seguida.

– Que vinho foi esse? – A morena perguntou a si mesma.

– Quer que eu pare? – Janja ergueu a cabeça encarando-a.

A ativista tomou a mão dela e levou até sua intimidade, por dentro da calça social.

Rosângela estremeceu sentindo a umidade. Era a primeira vez que Anielle permitia esse contato, e apesar do medo de fazer algo errado, ela queria muito colocar em prática todas as suas fantasias com a ministra da igualdade racial.

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