Último Ultrassom

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Mesmo cansada, Simone subiu as escadas junto de Soraya, elas tiraram suas roupas e entraram debaixo do chuveiro.

A loira muito carinhosa, se prontificou a ensaboar a noiva, colocando um pouco do sabonete líquido nas mãos e deslizando-as pelos braços de Tebet até os dedos.

Ela seguiu concentrada no que fazia. Depositando carinho em cada centímetro da pele de Simone, até que sentiu novamente aquela pressão, seguida de uma contração muito forte. Mesmo tentando disfarçar para não interromper o momento, não conseguiu conter sua expressão e a dor, segurando nos braços da morena e esperando que aquilo passasse.

– Que droga! – Falou em meio a vários suspiros apertando os olhos.

– Calma meu amor, vem... – Simone a segurou firme pelos braços e fez com que ela sentasse sobre o vaso sanitário fechado. – Respira fundo. – Pediu meio desesperada. Ela ainda não havia presenciado nenhuma das contrações de treinamento da noiva. – Onde dói?

– Tudo, amor. – A loira falou quase chorando. Desta vez a dor era ainda mais intensa, parecia que a Aurora iria nascer a qualquer momento.

– Aí meu Deus... O que eu faço? – Perguntou em desespero.

– Nada. Vai passar. Só fica aqui comigo.

Sem ter muita ideia do que fazer, Simone começou a massagear as costas de Thronicke, que era o local onde ela parecia sentir mais dor já que suas mãos estavam lá.

Apesar da dor da contração estar diminuindo, a pressão que a loira sentia parecia não querer ir embora. Ela então levantou e envolveu os braços no pescoço de Tebet.

– Não acha melhor a gente ir pro hospital? – Perguntou a morena.

– Não. Não tem necessidade. É só um incômodo que venho sentindo nos últimos dias, não deve ser nada, a dor já tá passando. – Ela respondeu abaixando a cabeça e tentando disfarçar a careta.

– Que incômodo? Você não me falou nada sobre isso.

– Não achei que fosse nada, amor.

– Soraya, você prometeu que não esconderia mais nada de mim desde o incidente com o Carlos. Como é esse incômodo? Quero saber em detalhes.

– É um peso que sinto no colo do útero, uma pressão... não sei explicar. Não parece com uma contração e sinto geralmente depois de subir ou descer as escadas ou fazer algum esforço grande. – Ela continuou de cabeça baixa.

– Vamos falar sobre isso com a médica, ok? E por favor não esconde mais nada que você sinta. Tô te implorando, amor. – Tebet pediu carinhosamente. Suas mãos na cintura de Soraya faziam uma massagem sutil tentando ajudar a diminuir aquele incômodo.

– Desculpa, meu bem. Não achei que fosse importante. – Após uns minutos o incômodo foi diminuindo.

– Tudo sobre vocês é importante. – Simone levantou o rosto dela com as pontas dos dedos e beijou seus lábios.

As duas terminaram aquele banho devagar. A morena não queria apressá-la e fazer com que ela sentisse mais dores.

Logo após, se vestiram e desceram para se despedir de Janja antes de seguir caminho até a clínica.

Elas encontraram com a primeira-dama que desceu as escadas logo atrás.

– Como você tá? – Simone perguntou abraçando ela logo ao chegar na sala.

– Bem mas não graças a sua mulher, ela só faltou me deixar doida esses últimos dias. – Janja sorriu.

– Você adora minha companhia, para de se fazer de difícil. – Soraya falou.

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