Traumas

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Capítulo necessário, sei que vocês não gostam de ver os personagens sofrerem, mais hoje e a vez do Christian e da Ana mostrarem como foi depois dos acidentes. Música que ouvi para fazer o capítulo e achei que combinou foi Always - Gavin James

  *Ana  (logo que sofreu o acidente.)*

   Estava tudo certo para começarmos uma nova vida, lembro como o Thomas ficou feliz com a descoberta do nosso filho, depois veio a filial da empresa e nossa ida para Nova Iorque. Estávamos na melhor fase da nossa vida, estava recém formada em administração, mas por enquanto não iria exercer, só iria cuidar do nosso filho.
   *Flash on*
   -" Ana sou o cara mais feliz desse mundo!" Falou o Thomas me pegando no colo e me beijando.
   -"Por que? Posso saber?" Perguntei dando risada.
   -" Claro que pode, por eu ter uma esposa maravilhosa, por estar ansioso para ver o rostinho do nosso filho, e por estar indo para Nova Iorque, não estava aguentando mais ficar aqui em Seattle." Ele fala me encarando para ver se iria falar algo, mas o que consegui fazer foi abraçar ele com tudo.
   Estávamos indo para a nossa nova casa de carro e no meio do caminho senti fome, quando tiro o cinto acontece tudo o que não queria.
   -"Annnnaaaaa... Senta e coloca o Cinto...." ele fala mais não deu tempo do nada escuto um estrondo e o carro sai capotando, como estava sem cinto, sai batendo em todo e do nada sinto algo entrando em mim como a dor e tanta acabo desmaiando.
   *Flash off*
   Depois de três meses em coma, acordei e os médicos me falaram o que tinha acontecido e depois disso tive pesadelos todos os dias, meu filho ainda sobreviveu por alguns dias ou semanas não lembro e acabou morrendo, e eu fiquei sozinha. Pena que nada seria como eu queria, eu não lembro de nada do acidente, e também nem quero lembrar.
    Depois da alta do hospital, me fechei para o mundo, chorava muito, tinha pesadelos do acidente  e várias vezes cortei meus pulsos, mas meus pais sempre estavam ligados e me achavam logo e me socorreram. Sabia que não era o certo mais sempre que lembrava deles eu queria me juntar a minha família, que mesmo por pouco tempo tive uma, lembro de ouvir uma conversa dos meus pais, e fiquei muito mal, não queria saber nem de comer, por conta do sofrimento que fazia a eles, mas acabou que era mais forte que eu.

*Flash on*
   -"Carla se ela cortar os pulsos novamente, acho melhor internar ela. Não aguento mais essa  situação." Meu pai fala e eu me escondo para eles não me verem, começo a chorar.
    -" Mas vai ser pior, estou com tanto medo, já largamos a maior parte do nosso emprego para ela não ficar sozinha e mesmo assim, ela fica com essas besteiras com ela mesma e tenta fazer coisa pior a cada dia que passa." Minha mãe fala chorando e resolvo subir e  ver as fotos dos meus amores. Só quando estou com eles que passa essa dor.

   * Flash off*

   Meus pais não aguentaram me ver cada dia pior e me levaram para essa clínica, no começo não queria e me rebelei com todos, quando meus pais vinham me visitar eu ficava muito nervosa e acabei descontando em todos, quando fazia isso eles me davam um calmante e dormia o dia inteiro. Acabei ficando internada numa clínica por 3 anos e meio e quando aceitei, que não era me matando, que iria trazer eles de volta e nem morrendo que iria encontrar com eles, os médicos resolveram  me deram alta, mas teria que ser acompanhada todos os dias por psiquiatra e psicologo. Mesmo tendo alta, nunca sai de casa por quase nada, só saio  para ir no psiquiatra e psicólogo já que a clínica recebe relatórios toda vez que vou e se não for provavelmente volte pra lá, tirando tudo isso fico no meu quarto com as fotos dos meus amores.
 
   *Flash on*

   Estava com medo de sair da clínica e ter recaída, mas o doutor Flyn trabalhava muito comigo, só que ainda queria ficar no meu mundo e não iria mudar isso. Quando tive alta, meus pais vieram me buscar.
   -"Filha..." sai correndo e abracei minha mãe. " Que saudades que estava de você... E me desculpe por internar você, mas não vimos saída." Minha mãe fala e começamos a chorar.
   -" Pai...." Abraço ele chorando. " Obrigada por fazerem isso... Agora entendo o que aconteceu, porém ainda tenho uma luta pela frente."
   E agora estaria disposta a tentar melhorar pelo meu pais, já que por enquanto não ia sair de casa. Hoje, depois de quatro anos, meus pais, já estão mais tranquilos porém não me deixam sozinha. E nessas oportunidades que escutei meus pais falando do acidente do Christian.
  
*Christian*

   Eu via tudo preto, e ouvia vozes que conhecia, porém estava muito longe, e logo voltava para escuridão, não sabia o que tinha acontecido comigo, mas quando vi meus avós, fiquei numa nostalgia muito grande e quando vou correndo para abraçar eles meu avô fala sorrindo.
   -" Você me deu os mais lindos bisnetos, a Dul e uma princesinha que não sabe o que aconteceu, o Anthony está sendo um guerreiro, filho volta logo para seus filhos, eles precisam de você." Meu avô fala e não entendo nada, até porque estou com eles,
   -" Filho todos estão com saudades, acorde logo que você terá que ser forte para seus filhos." Minha avó sempre linda e falando sempre coisas que preciso pensar para entender... Voltar para onde? Se não sai de Seattle. Depois dessa conversa fica tudo escuro e escuto duas vozes bem longe, sei de quem é, mas não consigo responder.
   -" Pai acorda logo, estamos com saudades, e logo a Dul vai fazer um ano e ela quer você junto, já que perdemos nossa mãe." Escuto sei que e meu filho ele começa a chorar e não entendo nada.
   -"Filho sei que pode nos escutar, temos muita coisa para falar com você, mas estamos esperando seu tempo, só quero que quando acordar, você entenda o que se passou." Minha mãe fala segurando minha mão e beija ela. E começo a sentir um negócio no peito. E depois disso volta tudo a ficar escuro e em silêncio.
 
   *Christian ( meses depois do acidente)*
 
   Quando se vê tudo escuro e escuta algumas vozes, você não sabe o que passa ao redor, e tanta coisa, nesses meios escuros, sinto umas mordidas e lambidas no meu rosto, mas não lembro de nada que possa fazer isso, até a voz da minha mãe eu acho falando comigo.
   -" Filho trouxe sua filha para te ver, ela está com 10 meses e quer que você acorde, por que ela e o Thony precisam de você.
    Depois de  algum tempo, escuto uma voz doce, e um toque na minha mão.
   -"Oi Christian, não sei se lembra de mim, sou a Ana, fiquei sabendo do seu acidente e quis te ver, acredita que você está internado e meu psiquiatra e daqui desse hospital? Espero que melhore logo." Escutei e senti um beijo na minha mão.

   Depois de um tempo que não sei dizer quanto, eu acordo e não lembro de nada a não ser pela voz, da menina que veio me ver, do nada sindo uma dor forte no peito e do nada acordo.
   Estou desorientado, e não sei o que aconteceu, vejo uma enfermeira entrando e quando me vê sai correndo e  volta correndo com mais algumas pessoas e vejo minha mãe no meio chorando,  não consegui falar porque estou com um aparelho na garganta e minha mãe vendo fala comigo.
   -"Filho, já vão tirar o aparelho da sua garganta." Ela fala emocionada e não sei o que me aconteceu e fico olhando para ela e parece que sabe o que quero falar.
   -"Filho depois te falo o que aconteceu." Ela fala emocionada.
   Não sei o que aconteceu comigo, mas só queria ver minha mulher e meus filhos logo e minha família.

Meninas me desculpe a demora e que trabalho o dia inteiro e depois tenho compromissos na segunda, terça e quarta e fica puxado escrever... Espero que gostem e que as datas liguem com os outros capítulos.
  

Por acaso AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora