Após deixá-lo no quarto, seguir pelo litoral por um longo tempo. O sol já despontava no horizonte, e as nuvens executavam uma dança suave no céu, misturando suas tonalidades com o tom alaranjado da aurora. Sentia-me honrada ao mesmo tempo em que persistentes lágrimas encharcavam meu rosto, deixando-me agitada e ansiosa.
Precisarei reorganizar minha vida para que possa ter um novo começo com ele. Quase como se o destino me apoiasse, Ino avisou-me que o resultado do exame estava pronto. Corri rapidamente até o hospital, com o coração disparado e a ansiedade aumentando todos os sentimentos possíveis.
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Parece inacreditável que em breve eu estaria violando as regras do hospital por causa de um exame. Não sei o que é pior, a minha atitude ou fazer isso por alguém que mal conheço, mas admito que me sensibilizei com a história dela, mesmo percebendo que há detalhes que obviamente Hinata não me contou. No entanto, ela deve ter seus motivos e, por enquanto, não vou questionar. Afinal, fiquei curiosa também, e se ele for o pai dela? Espera...
- Então ela é órfã?
- Quem é ela? - Sai apareceu atrás de mim, me pegando de surpresa e me assustando.
- Precisa parar de aparecer assim, me assustou.
- Desculpe, você estava pensativa. Algum problema?
- O que...? - respondi ainda surpresa.
- Você disse "ela é órfã?". Seria a pessoa do exame?
- Que exame? - ele apontou para as amostras que estavam sendo analisadas. Fiquei pensando por um momento sobre o que responder. - - - - - Hum... talvez. Como pode ver, ainda não terminei.
- Quer ajuda? Parece ser importante.
- E de fato pode ser, mas já estou terminando, além disso seu expediente já acabou. O que faz por aqui ?
- Estava organizando a sala de amostras , poupando meu trabalho amanhã.
- Vá para casa e descanse, arranjarei mais trabalho para você amanhã - ele contorceu a face de um jeito engraçado.
- Consegue ser a chefe chata às vezes! - exclamou me fazendo rir ainda mais dele.
- Faz parte do meu trabalho querido.
Após a saída do Sai e do breve momento de descontração
Já havia se passado algum tempo desde o momento que saí do hospital, porém... ainda estava no estacionamento nervosa com o resultado dos exames da Hina.
- Ah! Meu Deus essa garota... - bufei, estava entrando em pânico - Vamos Hina, cadê você?.
Cerca de trinta minutos depois ela apareceu, seu semblante estava cansado e afoito porém havia algo seus olhos estavam melancólicos. Assim que entrou pelo lado do passageiro e respirou fundo, lhe estendi o envelope branco com as iniciais UC. Seu olhar analisou todo o exterior do papel antes de sutilmente pegá-lo de minhas mãos.
Despertou lentamente sabendo que deveria se mover minimamente, após seus olhos estarem abertos o suficiente focalizaram na silhueta coberta pelo lençol subindo até os fios loiros espalhados pela curva do seu braço. Sorriu minimamente estendendo seu braço livre, acariciando suavemente o rosto da dama ao seu lado, recordando de como eles foram parar ali.
*
Neji se apresentou na recepção, logo sendo orientado até a sala da Dra. N' sabaku. Ao parar frente a porta observou o nome da mesma bem grifado dando três toques sutis aguardando a voz da mulher liberar sua entrada.
Temaki que estava perdida em pensamentos olhando a vista da cidade pela janela da sua sala. Pensava em si, era uma mulher adulta que apesar da fama como psicóloga tinha problemas como qualquer pessoa, e esses estavam lhe atormentando no momento. Quando ouviu bater na porta um mínimo sorriso brotou em seus lábios, já sabia quem era então disse para entrar.
- Estou atrapalhando, senhorita?
- De modo algum, afinal eu que lhe chamei
Ambos sorriram, os dois se aproximaram mais desde o último encontro. Neji percebendo pelo modo dela se expressa que havia determinada agonia, de um jeito corajoso estendeu a mão em direção a ela torcendo para a mesma corresponder o contato, sendo exatamente o que ela fez, entrelaçou seus dedos aos dele que a puxou para um abraço cálido e carinhoso.
- Não vou perguntar o que acontece por que isso não me cabe saber, mas psicólogos também precisam ser ouvidos, eu não sou bom como você mais, se precisar estarei aqui. Ela sorriu, mesmo o conhecendo a pouco tempo se sentiu um pouco mais viva com a presença dele, e acreditava que ele poderia sentir o mesmo.
Depois desse breve momento que acabou com ela empurrando ele e dizendo que já estava meloso demais, os dois conversaram e saíram para um pub mais no centro da cidade, a intenção era não serem vistos por conhecidos. Após muito conversar e álcool os dois acabaram se beijando no corredor de acesso ao banheiro sendo racionais o suficiente para não fazerem nada que o próprio Neji considerou impróprio, poderia ser o ciúme de algum homem ver as pernas dela, mais ele não admitiu o que causou muitas risadas na loira. Seguiram caminho para um hotel próximo onde as coisas ficaram mais quentes entre os dois. *
Selou os lábios na testa da mulher à sua frente aproveitando o toque e admirando um pouco mais. De certo que ele não tinha sentimentos mais profundos em relação a ela, poderia dizer que gosta de estar com ela, do seu jeito e não ignorava que ela era a primeira mulher com que se relacionar de forma mais intensa ou de todas visto que não teve nenhum relacionamento antes. Afinal seus objetivos eram outros e relacionamentos poderiam lhe tirar o foco, apesar que nenhuma outra lhe chamou atenção.
Saiu de seus pensamentos quando uma notificação chegou no seu celular, e já sabia de quem era, sua irmã Hinata marcava um encontro fora da cidade. O jovem se levantou com cuidado e pegou suas coisas, deixando uma selar sobre os lábios da Sabaku, o que não interrompeu em nada seu sono, escreveu um bilhete o deixando sobre o criado mudo de forma estratégica para a loira ver.
Saiu do hotel e embarcou em um táxi, informando ao motorista o endereço desejado. Seu coração batia aflito pela preocupação com sua irmã estar longe da cidade, e ansioso com o assunto que ela teria que resolver. Já havia conversado com Shino, que estava mais adiantado no caminho.
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Hinata encontrava-se à sombra de uma árvore, seus olhos fechados, mas seus ouvidos atentos aos sons ao seu redor. Era uma pequena lanchonete com mesas dispostas em um jardim acolhedor, onde aguardava seus convidados. O sentimento que transbordava dentro dela era indefinível, se era bom ou ruim. Assim que chegou, observou o interior do local e percebeu a existência de um simples piano. Sorriu ironicamente, pois a música de certa forma sempre a perseguia. Educadamente, pediu permissão para tocá-lo e, com delicadeza, sentou-se preparando suas mãos e pensando em como expressar tudo que havia dentro dela por meio de uma melodia.
Logo, seu primeiro convidado chegou mas não teve coragem de lhe chamar, estava absorto demais com o talento e de como ela era idêntica com sua mãe, mas era inegável que o modo como foi ensinada a tocar parecia com sua falecida esposa.
Pouco tempo depois os homens que ela esperava chegaram, ao passo que seus dedos finalizavam seus movimentos sobre as teclas. Quando voltou seu olhar para os homens, um entre eles, que estava mais afastado, foi o único que fez seu coração tropeçar, mas já sabia que precisava arcar com as consequências do caminho que escolheu.
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Last Heirs ' The Bastard
FanfictionApós a formatura os irmãos gêmeos Neji e Hinata, vão para Tóquio afim de descobri a causa da morte de sua mãe e o paradeiro de seu pai. Uma das famílias mais prestigiadas do país, os Uchihas são dividos pela empresa de advocacia e o hospital central...