my boy.

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my boy, my boy, my boy
he ain’t a man and
sure as hell ain’t honest
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1995
Entardecer.

STU’S POINT OF VIEW

Estava na cafeteria com os amigos ainda, havia pedido um milkshake de morango e pôde notar Billy revirar os olhos enquanto bebia o café estupidamente preto que pedira. O clima havia ficado estranho depois que Tatum nos deu um sermão por supostamente brigarmos por causa de um filme de terror, é, aquilo era com certeza patético demais. Mas Stuart sempre era brincalhão, talvez tenham acreditado naquilo. E ouviu de cabeça baixa, como se estivesse arrependido. Precisava manter as aparências, afinal, Tatum era sua "namorada" e estava o repreendendo. Fora questionado por ela se tinha algum ferimento no corpo, covardemente assenti com aquela cara de cachorro sem dono.

Sidney, no entanto, repreendeu Billy apenas com o olhar. Já o amigo, encarava Stu como se fosse seu maior inimigo naquele momento. Certamente devia ser, já que Sid era sua namorada e Tatum estava apenas preocupada com a situação.

— Não me olha assim, cara...  – Falei num tom mais baixo, mas ainda assim audível. Cutuquei meu amigo por debaixo da mesa novamente, com o pé. E ele me olhou com mais ódio ainda.

Eu ainda estava meio atordoado por causa da noite anterior. Pela parte do assassinato também, na verdade. Não entendia como Billy podia agir tão normalmente, mas admirava isso. E então, tentava esquecer. Também tentava se esquecer dos beijos que trocaram ontem a noite, meu deus, aquilo foi inacreditável. Não sabia se o amigo lembrava-se ou apenas não queria falar. Bem, era óbvio que não falaria em meio às duas meninas ali na cafeteria... Então eu precisei agir como se aquela incerteza não estivesse acabando comigo.

— Aonde foi, Stu?  – Sidney me questionou, envergonhada pelo ato do namorado.

Olhei para Billy antes de responder, em seguida voltei meu olhar a menina de fios escuros.

— Foi perto do ombro, mas tá beleza, a gente já se resolveu. Né?  – Dei um sorriso um pouco cínico.

— Uhm. – Billy murmurou.

— No ombro? Deixa eu ver! 

Tatum exigiu, avançando na minha roupa. A impedi, negando com a cabeça.

— Não precisa, tá de boa. Ele me ajudou com um curativo depois e...  – Olhei a loira e acabei perdendo o foco da minha frase, ela insistia em procurar o machucado no meu corpo. Deixei então com que ela visse, perto do meu ombro esquerdo e abaixo da clavícula, um curativo bem protegido. A menina entreabriu os lábios. 

— Billy fez isso?  – Tatum pareceu incrédula pelo cuidado com a ferida.

No entanto, Billy olhou pra ela agora.

— Por que não?  – Ele indagou, de cenho franzido.

— Parece rude. Como foi?

Loomis entreabriu os lábios para falar, mas fora cortado.

— Espera, tem certeza que foi por causa do filme?  – Insistiu Sidney.

Eu assenti, mas Billy suspirou leve e desviou o olhar.

— Foi por causa dos meus pais. Ele fez uma brincadeira e eu não gostei.  – Ele deu de ombros, fazendo com que eu coçasse minha nuca diante do olhar mortal que Tatum lançava para mim e, Sidney para Billy, respectivamente.

Me And The DevilOnde histórias criam vida. Descubra agora