and i wonder, if you know
what it means to find your dreams________________________________________
1995.
STU'S POINT OF VIEW.
Estava ali. Billy estava ao seu lado, finalmente deixou de resmungar sempre que fazia algum tipo de piada maldosa consigo. Bem, maldosa até ali porque Stuart não era tão ousado ao ponto de desafiar o próprio amigo. Ainda mais agora que ele surgiu com a ideia de cometer homicídios. Mas aquela ideia não era tão fora da realidade, quanto mais pensava a respeito acabava tendo mais certeza de que se safariam. A menos que Stu abrisse a boca sem querer.
Mas prezava pela própria vida, não era como se temesse totalmente a Billy Loomis, porém sabia muito bem da capacidade dele de ser assustador às vezes. Na verdade, seus sentimentos pelo moreno eram turbulentos.
Stuart já havia se encontrado com outros caras, experimentou muitas coisas numa tentativa não tão falha de se encontrar como pensou imaginar anteriormente. Talvez aquilo fosse sua válvula de escape. Não era exatamente uma coisa ou outra, gostava de agir por si só. Gostava de ter liberdade para ir e vir, apreciava a ideia de não se prender a ciclos ou pessoas; mas porra, como se desprender de Billy Loomis? Um rapaz que nunca se quer deu algum tipo de chance, sinal ou qualquer coisa que Stuart pudesse aproveitar. Pelo contrário, parecia desprezar a ideia de um homem se relacionando com outro. E não era pra menos, afinal estamos nos anos noventa e o pai de Billy parecia bem rígido. Não sabia ao certo o que havia acontecido com Stu. Em algum momento de sua vida, apenas se pegou ouvindo Madonna e Cher. E depois, cantando em karaokês com sua namorada Tatum. Isso não justificava muito, até onde sabia, mas é a lembrança mais antiga de algo gay que acontecera consigo.
Mas não se intitulava dessa forma, afinal namorava uma garota. Bem, "namorava". Não fazia questão de desmentir aqueles boatos, também não se incomodava nenhum pouco. E Tatum também não. Apesar disso, era só um lance casual onde saíam juntos, mas não se prendiam um ao outro. Era confortável.
No entanto, Billy mexia com seu coração. Desde que descobrira se interessar por homens, Stu não parava de pensar no próprio melhor amigo. Era errado, perigoso e talvez impossível; mas porra, era Billy Fucking Loomis. Todas as garotas do colégio queriam ele, Sidney era sortuda e parecia não aproveitar devidamente a chance que tinha com ele. As garotas podem ser bem maldosas às vezes. Assim como Stu, que começava aos poucos a pensar que aquela repulsa até então gratuita por Sidney Prescott era nada mais e nada menos que ciúmes. E sempre que pensava nisso, ansiava ainda mais por matá-la brutalmente.
Stuart não era cabeça fraca e conhecia muito bem seus limites, uma vez que já havia os testado. Mas talvez, por 0,000002% de chance que sonharia em ter de beijar o melhor amigo, fizesse o que Billy pedia. Porra, quem eu quero enganar? Stuart Macher faria qualquer coisa por aquele rapaz, ainda mais se fosse somado com os próprios desejos e pensamentos insanos que jamais ousara contar pra alguém.
Estaria se iludindo em insistir naquela ideia? E talvez as chances dele fossem mais altas do que o esperado. Ou Stu era realmente só descarado demais e Billy havia se acostumado. Mas talvez não.
Assistíamos "Carrie, A Estranha" na televisão do meu quarto, eram 23h 40m da noite. Não que estivesse cuidando o horário, afinal só conseguia prestar atenção no quão atraente estava Billy naquela noite.
- Vou acender um. - Loomis anunciou, tirando um baseado do bolso e estendendo a mão como quem pedisse um isqueiro.
Peguei-o numa gaveta da mesinha de centro.
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Me And The Devil
Fanfic[✅] Onde quando chapados, Stuart vê a oportunidade de dar em cima de Billy após não notar nenhuma hesitação alheia pelas provocações que fazia. Ou onde Billy, na noite onde assassinava a mãe de sua namorada, percebeu que seu melhor amigo era extrema...