13 de maio.- Acabou, Soo Hee. Aceite isso. Desista, ok? - As palavras ecoam do celular para a noite escura.
Han se senta à mesa do quintal e ouve a mensagem de Jong Seok uma, duas, três vezes. Ouvindo a bomba da piscina vibrar, sentindo a dor em seu peito vibrar.
- Não vou desistir. - A dor fica mais forte. Não é justo! Ela não consegue aceitar.
Olhando para trás, vê a luz acesa do quarto do pai. São apenas oito da noite, mas ele já vai dormir. Provavelmente tomou outro calmante. O pai também não consegue aceitar.
Por que a vida tem que ser tão difícil? Será que jogaram praga nela?
Soo hee aperta a tecla para repetir a mensagem. Espera ouvir a voz de Jong Seok fraquejar, indicando que ele não queria dizer o que disse. Mas a voz dele não fraqueja, só o coração dela.
Ela se levanta de repente e derruba a cadeira, fazendo-a bater com força contra o concreto. Ela arremessa o móvel na piscina. A cadeira flutua, mas ela se sente se afundando, se afogando.
Anda a esmo pelo deque e depois resolve entrar. Atravessa a cozinha, a sala de estar e pra em frente a um cômodo esquecido, o escritório da mãe.
A mãe saberia o que fazer.
Han Soo Hee entra. Quando fecha a porta, a fechadura faz um clique, rompendo o silêncio. O cômodo cheira a poeira, mofo e livros antigos. Através da janela a iluminação do jardim da frente derrama uma luz prateada no cômodo. As paredes beges estão envelhecidas. O espaço parece solitário e abandonado.
O enorme relógio na parede já não se move. Ali, o tempo foi interrompido. - assim como a vida da mãe.
O olhar de Han pousa na bandeira, a mesma que a oficial militar lhes entregou no dia do sepultamento. Ela está sobre o sofá de couro desgastado, ainda dobrada, como se esperasse que alguém a guardasse.
Elas chamaram a mãe de heroína - como se isso tornasse mais fácil esquecer a morte dela. Ledo engano.
Soo Hee contorna a mesa de mogno e desaba na cadeira. Ela range como se reclamasse de que ele não é a mulher que sua mãe foi. Han se inclina para a frente e abre a primeira gaveta.
Engolindo um nó na garganta, que mais parece um pedaço do seu coração partido, seus olhos se fixam num objeto. Ela estende o braço e pega. É pesado e frio contra a mão.
Olha para a arma. Talvez possa conserta-lá.
Se encontrar coragem.
Um mês antes, 13 de abril.
Yeji -
- Mas que puta sorte! - eu me deito na minha colcha rosa, com o celular no ouvido, sabendo que Winter está nas nuvens, fico feliz por ela. Olho na direção da porta para me certificar de que minha mãe não está por perto, prestes a me dar uma bronca pelo palavrão. Mais uma vez. Ela não está.
Ultimamente, não consigo mais controlar o meu linguajar. Mamãe culpa os programas de TV. Ela talvez tenha razão. Mas uma garota tem que ter alguma diversão, não é?
- Aonde ela vai te levar? - Pergunto.
- No Pablo's Pizza - A voz de Winter já não tem o mesmo tom agudo de euforia. - Por que... Por que não vem conosco?
- No seu encontro? Está louca?
- Você vai ao médico, depois poderia...
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This Heart of Mine. - ryeji version.
عاطفية{(de acordo com o livro "Eu e esse meu coração")} Hwang Yeji, de 17 anos, não tem coração. O que a mantém viva é um coração artificial que ela carrega dentro de uma mochila. Como seu tipo sanguíneo raro, um transplante se torna distante. De repente...