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Biscoitos do amor
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Na casa da tia Mei, eu mexia a massa dos biscoitos açucarados com meu braço prestes a travar de tanto esforço. Tsumiki e eu recebemos um convite irrecusável de aprender a fazer seus famosos biscoitos.

— Vamos, Yunna. Pare de fazer corpo mole e mexa isso! — Mei  estava com uma carranca forçada.

— Titia, me deixe mexer! Eu sou mais forte que a Yunna! — Mostrou o braço, como se tivesse músculos exuberantes.

— Vocês duas estão contra mim? Isso não é justo! — Forcei uma careta sofrida.

— Oh! — Tsumiki chamou nossa atenção — Eu derramei um pouco.

— "Um pouco"? você está coberta de trigo! — Tia Mei riu.

— Espere, eu vou lhe dar um banho. — Falei, mas tia Mei estendeu a mão e me parou. — Eu faço isso. — Agradeci e ela seguiu com Tsumiki até o banheiro.

Solto um longo suspiro e lavo minhas mãos na pia, enxugando-as em um pano de prato em seguida.

Preparo os biscoitos no formato que, geralmente, tia Mei faz, em corações. Os coloco no forno já pré aquecido.

Ouço a campainha tocar

— Yunna, pode atender? Por favor. — Ouço-a gritar

— Claro. — Caminho em direção a porta e a abro.

Em minha frente, novamente, está o senhor Fushiguro e o seu pequeno ao lado.

— Boa tarde... — Balbuciei. Ele me olhou dos pés a cabeça, mas seu olhar parou em meu rosto. O vejo arquear uma sobrancelha, com ar de risos.

— Toji? Entre! — Tia Mei exclama — Yunna pôs alguns biscoitos no forno agora. Tsumiki, você lembra de Megumi?

— Lembro. — A garotinha se aproxima do menino — Vamos brincar? me ajuda a pegar uns brinquedos.

Os dois entram no quarto onde estão alguns brinquedos de Tsumiki.

— Sente-se... Eu vou trazer o chá. — Vou até o fogão. Em um dos armários espelhados, vejo meu reflexo. Há manchas brancas de farinha, e meu cabelo está um pouco assanhado.

Me alvoroço, envergonhada, e tento me deixar em uma aparência apropriada. Me pergunto se é por isso que Fushiguro estava com ar de risos e olho para tras. Seus olhos estão em mim, obviamente está segurando o riso. Me permito soltar um riso e nego com a cabeça.

— Aqui. O chá não é tão bom quanto o da tia Mei, mas é delicioso. — Os sirvo em xícaras decoradas em florzinhas cor de rosa.

— Yunna, você me elogia demais... — Após um gole, ela arqueia as sobrancelhas — E o seu trabalho? quando começa?

— Ah, faltou eu enviar um documento, acho que perdi... — Coço a nuca — Mas irei começar logo.

— Documento? — Toji se pronuncia — Você esqueceu aquele comigo...

— Oh! — Lembro-me, logo, bato na testa — Droga. Quer dizer, que bom que não perdi...

— Sim. Mais tarde você pode passar na minha casa e pega-lo. — Sugeriu — Infelizmente, não posso ficar por mais tempo. Tenho um compromisso marcado. Megumi! — Chamou o garoto — Vamos.

— Papai... Tsumiki pode ir para a minha casa? — O garoto falou lentamente, com os olhos brilhando — Eu queria brincar mais. — Andou até o pai e segurou sua mão.

— Se não houver problemas para a senhorita Yunna, pode sim.

— Muito obrigada pelo convite, Megumi. Logo estaremos lá. — Sorri e aceno.

Os vejo se despedirem e sair de casa, logo em seguida.

— Vai ser bom para a Tsumiki ter um amigo. E acredito, que para Megumi também. — Diz Mei. — Vou pegar um recipiente para levarem biscoitos.

— Vamos levar biscoitos do amoor! — Tsumiki gritou.

Nós rimos, e quanto observamos a pequena fazer uma dança estranha e fofa Vou até o fogão e tiro os biscoitos. Pego um deles e assopro para esfriar. Não adiantou muito.

— Humm! — Estavam saborosos e quentes — Estão uma delicia, vocês precisam provar!

𝐌𝐘 𝐎𝐍𝐋𝐘 𝐎𝐍𝐄𓂃⊹ Toji Fushiguro.Onde histórias criam vida. Descubra agora