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Jantar
𓇢𓆸𓇢𓆸𓇢𓆸𓇢𓆸

A semana se passou como um vendaval. Dizem que quando se tem a expectativa de chegar a um dia, os outros passam mais rápidos. E, bem, eu não pensei em outra coisa a não ser Toji e o bendito encontro.

— Yunna! — Tsumiki me chama, com cartas de UNO na mão. — É sua vez!

— Ah, desculpa. — Joguei uma carta de bloqueio, depois, a carta definitiva que encerra o jogo. — Ganhei. Pela quinta vez.

— Ei! — Ela me olha séria. — Vamos de novo.

Adoro o lado competitivo de Tsumiki, me faz rir quando ela perde e não aceita.

— Nada disso, mocinha. Você vai dormir agora. — Me levantei e puxei sua pequena mão. — Já está tarde para jogar mais uma vez.

Entrei no quarto e a arrumei na cama.

— Pronto... — Falei, terminando de cobri-la com seu cobertor de unicórnio e entregar seu gatinho de pelúcia. — Boa noite, linda.

— Boa noite, Yunna! — Virou-se de costas para mim.

Sai de seu quarto e encostei a porta. Lembro de quando ela pedia para eu ler historinhas para que pudesse dormir, mas hoje isso só ocorre quando ela está sem sono.

Sinto meu celular vibrar no bolso, atendo a ligação.

— Alô, tia Mei? — Digo, e recebo uma resposta do outro lado da chamada.

— Boa noite, querida. Eu só queria saber se daria certo Tsumiki acompanhar o Megumi e eu até o parque. Terá um show de teatro perto da noite. Seria bom leva-la para aproveitar o fim de semana.

— Tia... — Penso no que dizer, mas lembro do "encontro" com Toji. — Ótimo. Seria ótimo.

— Tudo bem. Então eu passo ai amanhã a tarde! E, acho que chegaremos um pouco tarde, então não precisa se preocupar com a noite.

— Ah... Claro. Obrigada, tia Mei. A senhora é incrível.

— Não há de que, meu bem.

A chamada se encerra e eu me volto a encarar o teto. Eu não sei para onde Toji vai me levar. Não sei qual roupa vestir.

Bem, ele falou "jantar", então... Talvez eu possa me arrumar um pouco.

[...]

Vestido mid colado no corpo, de alças finas e com decote costas nuas na cor bordô, salto fino clássico, cabelo na lateral e solto. É o suficiente, eu acho. Ou pode ser demais. Ouço duas buzinadas na frente da minha casa, e já sei quem me espera. Saio de casa e tranco a porta, entrando no carro logo em seguida.

— Oi! Boa noite. — Fecho a porta, sem receber uma resposta. Quando paro para observa-lo, meu coração dispara.

Toji me encara por inteira. Primeiro joelhos, depois na altura da barriga, pescoço e... olhos. Desvio minha atenção, com o resto corado e quente.

— Você está bem? — Tento me desvencilhar da timidez.

— Estou ótimo. — Diz, depois de suspirar.

O carro dispara, e eu não tenho a mesma pergunta de volta. O caminho todo é silencioso, até chegarmos no restaurante, onde há uma mesa pronta para nós.

A mesa ficava ao lado de uma janela ampla, com vista para o lago, que refletia as luzes da cidade.

— É lindo... — Disse, enquanto me sentava.

— É a melhor vista do restaurante. — Disse, enquanto olhava a mesma paisagem.

— Está querendo me impressionar, Fushiguro? — Brinco, enquanto o analiso.

Seu sorriso ladino me atinge em cheio, sua postura somada com seu corpo bem feito terminam de me aniquilar. Toji usa uma camisa social preta, com as mangas encurtadas até a altura do cotovelo, acompanhada de uma calça e um sapato das mesmas cores. Seu perfume tem um cheio único, que me faz querer senti-lo todos os dias.

— E eu estou conseguindo? — Pergunta ele, provocante.

— ... Sim. — Digo, com o rosto apoiado na mão.

[...]

Todo o jantar corre tranquilamente, exceto agora, que estou contando uma história de um dos meus plantões, e Toji me encara descaradamente.

— E então, o paciente tentou fugir como nos filmes de ação, sabe? Mas, no final, ele apenas caiu durante seu percurso. Estava fraco de mais para se quer andar. — Ri da minha própria história. — É mais engraçado para quem viveu. Sério, ver um cara correndo como um personagem de desenho animado, e depois caindo no chão como uma batata mole, foi muito engraçado.

Sorri novamente, e bebo um gole do meu drink.

— Você é linda. — Ouço Toji balbuciar, sua mão apoiando o rosto com um leve sorriso. Cubro a boca com meus dedos, para não deixar o liquido escapar.

Ele disse isso mesmo?

— ...Você — Sou interrompida por uma ligação repentina. — Alô, tia Mei? — Escuto tudo pacientemente. — Ah, Ok! Estamos indo, então.

— O que houve? — Pergunta, com os braços cruzados.

— Megumi não para de chorar, ele está com saudades do "papai" — Sorri.

— Moleque estraga prazeres. — Escuto baixinho. Tenho certeza que não era para eu escutar isso.

—————————

Oi, gente! Me desculpem o sumiço. É que estou no último ano da escola, e é tudo muito puxado, então acaba que não tenho tanto tempo para postar.
Espero que tenham gostado do capítulo. Votem e comentem bastante!
🩶

𝐌𝐘 𝐎𝐍𝐋𝐘 𝐎𝐍𝐄𓂃⊹ Toji Fushiguro.Onde histórias criam vida. Descubra agora