Sabe querida
Eu tenho o dom de despertar ódio de quem dizia me amar
Amor nunca me trouxe coisas boas
Suicídios e crises de pânico
Meus pulsos já estão roxos de tanto despejar o sagrado vermelho
E algum dia
Quando morrer
Com certeza será uma morte violenta
Com suas mãos firmes
Impedindo o ar de sair ou entrar
Sufocando no doloroso amor
O único que me concedem
Aquele tão afiado quando a lâmina da faca que me perfurá a caixa torácica
Mas não vou resistir
Ou chorar
O que tiver que ser
Será
Sabe querida, eu tenho o dom de converter amor em troca de tiros
Se algum dia
Quando eu morrer
Não vai ser uma morte silênciosa
Ligar pro 190 não vai adiantar
Quando todos chegarem
Só a casca vazia vão encontrar
Transformada em risco no chão
Uma nova assombração
Hey querida
Quando eu morrer
Prometa pra mim fazer justiça
Me transforme em um conto macabro
A nova ruiva do banheiro
Diversão das crianças entediadas
Porque eu vou ser vítima de feminicídio
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Baú de merda
PoetryVivo de escrever essas coisas bregas pra depois perder, como estou cansada disso, deixo aqui meu baú do tesouro. Ou um baú cheio de caquinha, tal qual quem vos fala. (Uma sequencia de "poemas" de cunho estritamente sentimental e pessoal, textos tris...