15º

126 18 20
                                    

𝖢𝗁𝖺𝗋𝗅𝗂𝖾 𝖲𝗉𝗋𝗂𝗇𝗀

-Ju..Júlio- dei alguns passos pra trás quando ele entrou pela porta

-Está sozinho filho? E o Nicholas?

-Não te interessa, sai da minha casa- arregalei os olhos quando escutei uns passos na escada- neném do papa, volta pro quarto

-Quem é esse papa?- meu pai sorriu de canto

-Seu vovó- Júlio abriu os braços e o Teo saiu correndo até ele

-Oi vovó-

-Filho, vem aqui com o papa

-É o vovó- Júlio pegou meu filho no colo

-Solta ele Júlio

-Por que?Ele é meu neto

Ele sorriu pra mim.
Chaga logo Victoria...

-Chama seu papai pra gente dar uma volta de carro

-Vamos Papa-Teo me chamou com a mãozinha

-Filho vem aqui- me aproximei tentando pegar ele do colo do meu pai

-Não papa, vamos passear por favor- suspirei

-Ok..vamos, só vem pro meu colo- peguei ele e o abracei

Saímos de casa, havia um desenho de caminhão no carro.

-Um caminhão?- ele sorriu

-Alguém me disse que esse meninho gosta de caminhões- Teo sorriu

-CAMINHÃO- ele sorriu e abraçou meu pescoço

Suspirei e entramos no caminhão.
Andamos durante um tempinho, Teteo até dormiu.
Meu pai olhou pra trás e sorriu de canto.

-Eu sei que nada do que eu fiz tem perdão- suspirei- e sei que eu não mereço perdão, eu acabei percebendo que só tenho você- algumas lágrimas escorreram pelo seu rosto- Me perdoa filho, eu me arrependo muito de todos esses anos em que não fui o pai que você merecia, quando eu te vi com o Matteo eu me senti um lixo- suspirei- eu sei que você não vai me perdoar mas eu queria te ver pela última vez antes de me entregar para polícia- ele sorriu antes de continuar a dirigir- Você quer ir ao restaurante favorito da sua mãe

Ele realmente estava chorando..
Meu coração estava disparado, ao mesmo tempo que sinto que é mentira lá no fundo eu sinto que é verdade..
Assenti sorrindo, dei uma última olhada para meu filho e olhei pra frente.

-Vou me entregar amanhã, podemos passar o dia junto?eu você e o Matteo?

Suspirei fundo e assenti.

-Se você conseguir me perdoar, perdoa o Nicholas também, ele nunca te machucou como eu- abaixei a cabeça

Agora estou com a cabeça fria.
Nick errou, eu sei disso, porém se sentou perdoando meu pai posso perdoar Nicholas também, todos merecem uma segunda chance e durante 6 anos ele nunca errou comigo..e eu espero que não erre mais.

O celular do meu pai começou a tocar, ele retirou o celular da bolsa e começou a falar.

-Depois conversamos- ele deu uma pausa- já disse que não irei mudar de ideia- franzi o veio- QUE PORRA EU DISSE QUE NÃO IREI MUDAR DE IDEIA

Senti uma luz branca refletir no meu rosto, fechei os olhos.

-PAI O CAMINHÃO-

𝖭𝗂𝖼𝗄 𝖭𝖾𝗅𝗌𝗈𝗇

-Vou pedir um advogado pra você

-Não quero- Aled suspirou- Você está com meu celular aí?-ele assentiu- me dá aí

-Tive que subornar o policial- suspirei

Abri meu celular e entrei no contato do Charlie.

-ELE ME MANDOU MENSAGEM- pulei da cadeira- Na semana passada..

-Foi quando aconteceu o acidente, por que você não ligou o celular desde a semana passada?

-Eu me sentia mal e culpado- abaixei a cabeça

-O que ele disse?

-Disse que o pai dele pediu chorou pedindo perdão, disse que se sentia um babaca por estar acreditando mas que mesmo assim ele acreditou, disse que se perdoou ele poderia me perdoar também e também me convidou para conversar- Enchi meus olhos de lágrimas- Aled..eu ia ter eles de volta

-O tempo acabou- Aled pegou o celular e guardou no bolso, o policial entrou na sala e mandou Aled sair

-Eu volto na semana que vem- Ele saiu e eu fiquei em silêncio

𝗔𝗽𝗼𝘀𝘁𝗮•𝗌𝖾𝖺𝗌𝗈𝗇 𝗍𝗐𝗈•Onde histórias criam vida. Descubra agora