Capítulo Dois

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POV S/N 💭

A medida que os dias passavam, o casamento estava mais próximo e eu me sentia sem saída daquele circo de horrores.
Minha mãe por outro lado, estava eufórica com a celebração e consequentemente com os frutos daquele acordo: dinheiro.

Eu me sentia enojada com tudo aquilo...
A minha felicidade estava sendo posta em última opção por algo tão trivial quanto dinheiro.
O casamento traria a união das famílias e das empresas.

Meu pai era dono de uma fábrica multinacional de molhos, dos mais variados sabores e gostos.
Molho e lámen são uma boa combinação, nisso eu concordo, mas eu e Min Yoongi não. Mas eu não tinha direito de escolha ali, não quando a fortuna da família estava em jogo.
Não quando meus pais queriam me jogar para cima de um alguém que eu nunca vi apenas para me controlar.

Eu não posso ser controlada.
Eu não quero ser controlada.
Eu não quero me casar com o Min e nem com ninguém, por isso decidi tentar convencer minha mãe mais uma vez.

- Omma, por favor, não faça isso com a sua filha. (falei um pouco manhosa tentando despertar o lado maternal da mulher)

- Não adianta vir com essa voz, você não é mais uma criancinha e tem nos dado muito trabalho, S/N, você sabe disso! (falou a mulher sem nem olhar para mim, estava ocupada demais procurando alguma coisa no guarda roupas imenso que possuía).

- Isso é um crime, você sabe disso também não sabe? (aquilo me estressou)

- Isso não se aplica para nós, S/N. (retrucou minha mãe rindo e se virou para me olhar, seriamente dessa vez) Se você não se casar com o Min, vou te mandar para um internato no fim do mundo e nunca mais sairá de lá, sua delinquente!

- Isso, colocando às garrinhas de fora, sua velha... eu te odeio! ( falei com raiva e lágrimas nos olhos).

- Viverei tranquilamente com isso, minha querida filhinha, principalmente depois que eu me livrar de você e nadar em dinheiro dos Min! (cantarolou aquela vaca mas eu já estava caindo fora daquele quarto antes que eu fizesse algo que me levasse para a cadeia).

Eu precisava sair daquela casa um pouco.
E já sabia para onde iria.

Sempre fui assim.
Sempre detestei minha família, por que eles queriam alguém perfeita, falsa e fútil como eles eram, mas eu não conseguia ser assim.
Por isso fiz completamente diferente quando completei 16 anos.

As roupas de cores vibrantes e escandalosas se tornaram somente de uma cor: preto.
Os saltos e bolsas também já eram!
E o melhor de tudo foram as tatuagens espalhadas pelo corpo todo.
Ainda lembro de quando minha mãe surtou quando viu o imenso escorpião no meio dos seios e a borboleta no bumbum, quando decidi "sem querer" tomar um banho de piscina no jardim.
Eu queria mesmo era me exibir para Sanchez, o jardineiro novo e gostoso que meu pai havia contratado... boas lembranças aliás, nos divertimos muito no armário onde era guardado os materiais de limpeza do jardim.

Agora ali estava eu, tomando - sei lá - a quarta ou quinta dose de tequila no bar do Danny, que era um dos poucos amigos que eu tinha.

- O que aconteceu dessa vez, pirralha? (escutei a voz rouca de meu amigo)

- A sua mãe, aquela gostosa. (retruquei odiando aquele apelido que ele me deu)

- Ei, respeita sua sogra! (falou rindo)

- Ui, sogra é? E quando foi que você me pegou, gato? (entrei na brincadeira)

- Ah! Pode escolher o dia... semana passada, antes de ontem, ontem... se quiser hoje também sou todo seu, princesa. (respondeu galanteador, se esticando por cima do balcão e me dando um selinho)

- Tentador, mas hoje eu não estou no clima, Danny. O dia do casamento está chegando e eu não consigo me livrar disso! (bufei irritada e virei o copo sentindo o líquido quente queimar minha garganta... uma delícia!)

- Eu te falei pra tomar jeito, mas você não me ouviu, olha no que deu, te castigaram do pior jeito!

- Vai se foder! (gritei irritada)

- Só se for com você, gatinha. (Respondeu rindo sacana e piscando para mim)

- Só tenta relaxar, pirralha! (continuou meu amigo) E tenta tirar algum proveito dessa situação.

- O que você quer dizer com isso?

- Ainda bem que você é bonita, S/N, porque não é inteligente não. ( falou debochado)

- Vai ver se eu tô lá na esquina, Danny! Me explica logo essa merda!

- Okay, Okay... o cara é mais rico que seus pais... tira uma boa grana dele e depois cai fora. Faz um acordo, sei lá, ou então dá um sumiço nele, se precisar me chama que a gente divide a grana e a cama, bebê. (finalizou e saiu para atender outro cliente)

E eu fiquei ali, com um copo e a mente cheia...
Danny era um babaca as vezes, mas até que o conselho era bom.

Eu ainda estava ali, pensando em como fazer aquilo dar certo, afinal o dia do casamento estava chegando, quando ouvi um borburinho começar a se fazer perto da porta de entrada do bar.
Provavelmente mais um riquinho filhinho de papai estava chegando por ali e correndo dos paparazzis que ficavam de tocaia na frente do estabelecimento... Danny se amarrava e faturava com aqueles vermes.

Até que o vi.

Uma calça jeans apertada em seu corpo, uma blusa social enrolada até os cotovelos e a gola e alguns botões abertos deixando sua pele pálida a mostra.
Os cabelos grandes e rebeldes o deixavam com um ar de bad boy...

Quem é ele?

A cada vez que ele passava a mão no cabelo para tentar controlá-lo eu sentia um calafrio percorrer meu corpo inteiro, principalmente no meio das minhas pernas.

Quem era aquele cara afinal?

- Fecha a boca pra não entrar mosquito, pirralha! (desviei meu olhar do estranho gostoso ao ouvir a voz de Danny)

- Já mandei você ir a merda hoje, Danny? (respondi sorrindo de canto)

- Vamos juntos?

- Dannyzinho, eu falei pra não se apaixonar por mim... vê se me erra e descobre quem é aquele ali pra mim, por favor sim?! (falei manhosa enrolando uma mecha do meu cabelo e vi meu amigo sair bufando e contrariado)

Um tempo depois e mais algumas doses de tequila, eu já não sabia mais soletrar meu nome, mas ainda o via, na mesa mais afastada do bar, rodeado de mulheres, pagando bebidas para todas elas, ainda senti alguns olhares dele sobre mim e me senti mais excitada ainda...

Eu o queria.

Até que Danny voltou.

- Já chega pra você, pirralha. (exclamou tirando o copo de minha mão)

- Yá! Me devolve! (reclamei mas as palavras pareciam meio emboladas)

- Não! Você não queria saber quem era ele? (falou e apontou com o rosto para o estranho e concordei rapidamente, me sentindo um pouco mais sóbria no mesmo instante) Seu futuro marido.

A minha cara deve ter sido a melhor piada para Danny, já que o filho de uma mãe começou a rir de mim de forma escandalosa, fazendo alguns dos bêbados dali olharem para nós.

- Você tá brincando comigo, não é? (falei nervosa, não podia ser ele)

- É sério, pirralha. Ele é Min Yoongi.

E aí que tudo mudou...


NOTA DA AUTORA: Oiii amiis 💜 pra quem veio do TikTok: obrigada por me seguirem aqui também e para quem não me conhece, sou a Yasmin, mas podem me chamar também de S/N das FICs hahahaha
Espero que gostem desta estória tanto quanto eu... os capítulos serão postados aos poucos, pois no TikTok eles censuram muitas palavras, então eu tô tendo que ler e refazer algumas coisas, e adicionar outras.

É isso, sem mais delongas, espero que curtam bastante essa fic e comentem, eu AMO ler os comentários de vocês. Beijos 😘 💜🌸

Um acordo com o Min Onde histórias criam vida. Descubra agora