Capítulo Vinte e Sete

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POV YOONGI 💭

Se eu tinha algum resquício de dúvidas se amava S/N, isso não existia mais, eu tinha plena certeza de que ela tinha sido feita apenas para mim.
Os picos de adrenalina que passeavam por meu corpo desejavam por ela por inteira, aqui e agora, mas ainda não podíamos, mesmo sabendo que eu não estava nos meus melhores dias, dor nenhuma era maior do que a vontade de possuí-la.

- Vocês são asquerosos! (Ouvi a voz de Park e rapidamente me lembrei do porquê ainda estávamos naquele lugar)

Me afastei de S/N à contra gosto e ela me lançou um último olhar antes de sair andando para dentro da casa, com Enrico em seu encalço, e nossos outros amigos levando seus pais consigo.

Eu a havia subestimado demais...
Se agora eu continuava vivo e com chances de sair dali, era por causa de
S/N, que não mediu esforços para me buscar e aquilo me deixava louco.
Nunca ninguém havia feito tal coisa por mim.
Nunca ninguém se importou.
Nunca ninguém perguntou se eu estava bem, levando a vida que eu levava, se eu comia, se eu dormia...
Ninguém nunca me salvou.
E então ela chegou.
Brava.
Arisca.
Cheia de raiva.
Cheia de marra e traumas.
Linda.
Completamente linda.
Perfeita para mim.
Esculpida por todos os deuses existentes especialmente para mim.

- Você vai me matar, mio caro amico? (Saí de meus devaneios ao ouvir o tom de Park)

- Tem muitas coisas que eu gostaria de fazer com você, Park... (falei me virando para ele) Você está deplorável!

Meu inimigo estava coberto de sangue, já que S/N havia atirado em seu pé.

- Isso deve estar doendo... (Falei como se me preocupasse e andei até ele) Vamos ver o quanto dói.

O uivo de dor que Park Jimin soltou era música para meus ouvidos. O filho da puta tinha me sequestrado, me torturado, ameaçado me matar... eu tinha que fazê-lo pagar... ele tinha que sofrer. Pisei com um pouco de força no machucado do homem e esperei pelo seu pedido de socorro.

- INFERNO! SEU PSICOPATA DE MERDA! (gritou)

- Sabe Park, você se enganou em várias coisas ao bolar esse seu plano... você subestimou minha garota e a insultou... (comecei brincando com a arma em minha mão) E eu te avisei sobre falar com ela, sobre sequer pensar nela, e você queria casar com ela! Céus! Quão burro você é? (Perguntei rindo para ele)

Eu já não queria mais atrasar aquilo, eu queria sair dali, com S/N e a levá-la para um local seguro, sem todos aqueles merdinhas que queriam o nosso fim.

- Aspettare! (Gritou Park quando apontei a pistola em sua direção)

- Vamos lá, não queremos prolongar isso... você está cansado, com dores e eu só quero sair daqui e não ver sua cara nunca mais, Park. (Falei engatilhando o objeto)

- Você não teria coragem... (vociferou Park, um último resquício de coragem brilhando em seus olhos e eu ri)

- Você realmente não me conhece... deveria pesquisar e conhecer cada detalhe dos seus inimigos, Park. Mas agora você não terá mais que se preocupar com isso... Arrivederci, mio amico. (Falei e então o estouro foi ouvido)

O corpo já sem vida de Park Jimin ficou para trás e eu me direcionei para dentro da casa, a procura de S/N e logo a avistei.

- Você o matou? (Perguntou ela quando me aproximei)

- Sim. Está tudo acabado. (Respondi passando um braço por sua cintura)

- Vocês dois são perfeitos um para o outro... sempre soube que havia alguma coisa de muito estranha com você, S/N. (A mãe de minha esposa falou e eu rosnei para ela)

- S/N é e sempre será muito melhor do que você, sua megera insuportável. (Falei rangendo os dentes)

- Não vale a pena... só vamos embora daqui. (Pediu S/N pegando na minha mão e eu concordei com um aceno)

- Serei piedoso dessa vez, por serem pais dela, mas se houver uma próxima vez, não terei pena. (Ameacei os mais velhos e saí com S/N ao meu lado)

(...)

Eu já estava em minha mansão, estava no banheiro limpando o machucado do meu rosto. Uma cicatriz.

- Mais uma para a coleção. (Falei sozinho)

Voltei para o quarto e a vi.
Mais uma vez meu coração sentiu aquela aflição desconhecida, pela segunda vez, somente com S/N acontecia aquilo.
Ela estava deitada na cama, já com outra roupa, em posição fetal. Estava se protegendo. Estava tentando se acalmar.

- Já acabou, meu amor. Estamos bem agora. (Falei me deitando ao seu lado e a puxando para mim)

- Eu tive medo. (Falou fungando e então eu percebi que ela estava chorando) Medo de não ver você nunca mais.

- Shiiiii. (A puxei um pouco mais para mim, como se fosse possível) Eu estou bem aqui e não irei a lugar nenhum sem você... Obrigado, S/N. (Falei sincero e aqueles olhinhos que eu tanto amava, mesmo inchados e vermelhos do choro, me fitaram)

- Pelo o quê? (Perguntou curiosa)

- Por me salvar. (Foi apenas o que respondi e a beijei delicadamente)

Talvez S/N tenha entendido apenas por causa do sequestro, mas mal sabe ela que me salvou de todas as formas possíveis nessa vida.

Um acordo com o Min Onde histórias criam vida. Descubra agora