Capítulo Dezessete

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POV YOONGI 💭

Eu estava a caminho de um encontro com um dos fornecedores daqui da Itália, a carga estava atrasada e quando isso acontece meu pescoço corre risco, se é que me entendem.
Atrasos não são admissíveis neste ramo, pois sempre alguém paga o preço desse atraso... e nesse caso, eu pagaria se demorasse mais alguns dias.
Eu já estava resolvendo o problema, quando outro apareceu. Meu celular vibrou no meu bolso e olhei o visor, era uma ligação de Leonardo.

- Signor Yoongi, temos um problema. (Meu segurança falou assim que aceitei a ligação)

- O que aconteceu?

- Signora Min f-foi embo-bora. (Falou gaguejando e eu senti o meu corpo todo esquentar)

- COMO É QUE É A HISTÓRIA, SEU IDIOTA??? (gritei com o celular e vi quando o fornecedor me olhou desconfiado e surpreso) Desculpe, não é com você, terminamos aqui, não atrase mais ou você já sabe como terminará... eu caio mas levo você junto comigo.

- Sem problemas, senhor Min, isso não irá mais acontecer. (Respondeu assustado e saí dali, voltando a falar com Leonardo)

- Desembucha seu idiota! Como assim a senhora Min foi embora??? (Perguntei novamente)

- Signor eu tentei impedir mas ela prometeu um escândalo e me demitir!

- Seu imbecil! Quem pode te demitir sou eu! Eu lido com você depois... há quanto tempo isso aconteceu? (Eu já estava no carro a caminho de casa nesse momento)

- Há uns 30 minutos...

Desliguei a ligação e pedi para Enrico correr para o aeroporto.
Ela não pode ir embora. É perigoso. Ele pode pegá-la...

Chegamos no aeroporto e eu andava em passos apressados até os portões de embarque a procura da garota, mas não a vi.

- Signor! (Enrico me chamou) Ela embarcou! Tem um avião que está indo para a Coreia e sairá dentro de alguns minutos.

E então eu corri.
Enquanto Enrico me ajudava com os seguranças que tentavam me barrar, eu corri e gritei a plenos pulmões pelo seu nome.

- S/N!!! S/N!!!

Mas foi em vão. Eram muitos seguranças e somente eu e Enrico não daríamos conta, e então eu vi o avião decolar com S/N dentro dele.
Eu tremia e sentia como se fosse explodir a qualquer momento. Voltei para casa e eu não reconhecia a mim mesmo.

Ele estava de volta. O outro eu. O cara mau. O que me controlava na maioria dos meus dias. O que adorava ver destruição e desespero. As vozes da minha cabeça estavam de volta, e elas me diziam para fazer coisas horríveis com Leonardo.
  Ele merece pagar pelo erro que cometeu.
  Você sabe o que fazer.

- Signor me perdoe... o signor a achou? Se o signor quis... (eu não o deixei terminar de falar)
 
Enquanto Enrico o segurava, levando as mãos para as costas, com a parte de trás da minha arma dei uma coronhada em seu rosto.
A voz da minha cabeça começou a rir, um som alto e maléfico quando viu o sangue escorrer pelo supercílio de Leonardo.
A fúria me consumia. Ele me consumia. E Leonardo pagaria o preço por aquele erro.

Depois disso, entrei em casa e troquei de roupa, estava toda suja de sangue e por mais que eu achasse que estava uma obra de arte, não poderia ser visto daquele jeito.
Antes de tudo, entrei no meu escritório para pegar mais munição para minha pistola e então eu entendi. Ela havia visto os recibos.
Ela descobriu tudo.

- MAS QUE PORRA DE MULHER CURIOSA!!! (gritei)

Logo eu já estava a caminho do heliponto mais próximo, se eu pegasse um avião normal, não chegaria a tempo. Subi no pequeno jato e então decolamos.
Eu precisava encontrá-la antes dele.

Algumas horas depois já estávamos em solo Coreano e fui em direção da casa dos Choi, provavelmente ela estava lá.
Adentrei o grande portão e a mãe de S/N sorriu ao me ver, aquela velha era horrível.

- Yoongi querido! Você veio atrás dela não veio? (Falou com um sorriso no rosto. Falsa demais.)

- Olá senhora Choi, ela está aqui não é? (perguntei cordialmente)

- Sim, aquela menina continua nos dando trabalho... sinto muito por isso Yoongi. (fingiu tristeza e eu quis rolar os olhos de tédio pela aquela cena barata)

- De maneira alguma, só precisamos conversar... onde ela está agora?

- No escritório com o pai.

Ao chegar em frente a porta, pude escutar meu sogro xingar a própria filha e mais uma vez naquele dia eu senti meu corpo tremer.

- Sua vag...

- Não termine sua frase, Sr. Choi, ou eu não responderei por meus atos. (Falei assim que abri a porta)

O velho se assustou, assim como S/N, que havia colocado os braços para proteger o rosto do possível tapa que ganharia do pai.

- Se o senhor encostar um dedo em algum fio de cabelo dela, eu mesmo o mato, entendeu, seu merdinha? (falei pegando o braço dele que estava pronto para bater na menina e o virei para trás)

O grito de dor do velho foi como música para a voz da minha cabeça que mais uma vez soltou a sua gargalhada fria e maléfica.

- Okay okay. (Respondeu rápido e eu o soltei)

- Vamos embora, S/N. ( falei virando para a mulher)

- Não! Já chega de receber ordens de um bando de homem filho da puta que pensam que eu sou só uma boneca! (falou com raiva e batendo o pé) Eu quero fazer parte de tudo agora, Yoongi.

- De tudo o quê? Ta louca? (perguntei fingindo que não sabia do que se tratava aquela conversa)

- Você sabe... você me comprou pra isso. (Ela falou rindo cinica e eu achei aquela cena fodidamente sexy)

- Conversaremos em casa, longe daqui.  Vamos! (Falei mais uma vez decidido)

- Não, caralho! Eu quero ganhar nisso tudo também! Agora!

A voz voltou a falar mas dessa vez eu não podia escutar... não contra S/N...

- CALA A PORRA DA BOCA E VAMOS EMBORA!
A-GO-RA! (gritei e S/N dessa vez vacilou na sua pose) Anda, vai na frente. (finalizei e a vi simplesmente sair do escritório)

- Você vai ter trabalho com essa... (Escutei Sr. Choi falar e foi o suficiente para mim)

Dei um soco no mais velho e o vi cuspir uma quantia boa de sangue no chão do cômodo.
Minha cabeça estava satisfeita afinal.

- Nunca mais ouse falar dela... agora ela é minha. (sibilei para ele e lhe dei as costas, saindo daquele lugar)

Um acordo com o Min Onde histórias criam vida. Descubra agora