Capítulo Quatro

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POV S/N 💭

Então aquele era Min Yoongi... meu noivo.

O homem havia realmente chamado a minha atenção, mas após saber seu nome, tudo mudou.

Ele sabia quem eu era.
Aquele sorrisinho de escárnio significava uma coisa: ele estava me observando, perseguindo.
Ainda nem éramos casados e ele já estava me mantendo abaixo de seus olhos.

Que saco!

Mas eu não podia negar que Min Yoongi era extremamente lindo.

- Se ele quer me observar, darei um show para ele. (falei sozinha, mas percebi Danny olhando para mim com uma sobrancelha levantada em sinal de confusão)

- O que você vai fazer, S/N? (perguntou meu amigo ao me ver virar mais um gole de tequila).

- Irei conhecer o meu noivo. (falei dando uma piscadela rápida para Danny e caminhei até a mesa onde o Min estava) Incomodo? (perguntei olhando diretamente para o homem que me olhava de cima abaixo com aquele maldito sorriso no rosto)

- Nos deem licença, meninas. (ordenou Yoongi) Olá S/N, sente-se.

Assim que sentei próximo à ele, o perfume amadeirado de Yoongi tomou conta de minhas narinas, porém ainda deu pra sentir o perfume doce e enjoativo das mulheres que estavam ao seu lado.

- Acredito que já saiba quem eu sou. (começou o homem e a voz rouca me causou algumas sensações que eu não deveria sentir)

- Ainda nem nos casamos e você já está querendo me colocar na coleira? (falei sem rodeios, detesto muito blábláblá)

- Ei garota, eu vim em paz! (falou na defensiva levantando as mãos em sinal de rendição)

- Você é um dos riquinhos, então o que faz por aqui? (perguntei realmente curiosa)

- Você também é uma de nós, o que você está fazendo aqui? Além de dar para o barman... (falou um pouco mais baixo)

- Qual é, já está com ciúmes querido marido? (perguntei debochada)

- Pelo contrário, na verdade eu vim falar com você sobre o nosso casamento.

- Você também não quer? Ô Glória! Então vamos ficar cada um no seu canto, por favor. (falei fingindo alegria e ele soltou um riso)

O filho da puta tem um sorriso lindo!

- Creio que sim, mas precisamos fazer isso... (falou sério novamente) Mas tenho algumas sugestões que podem ajudar na nossa convivência, o que acha de sair daqui?

- Sugestões? (perguntei receosa e o vi apenas balançar a cabeça e puxar uma nota de dentro da carteira e se levantou sem nem esperar por mim) Yá!

- Garota eu tô tentando ser pacífico... se você vier podemos entrar em um acordo e deixar esse casamento mais fácil para ambos, senão...

- Se não o quê? (o cortei)

- Você não vai gostar, princesa. (e o sorriso estava novamente em seus lábios, mas dessa vez o calafrio que senti não foi bom)

- Vou me despedir de Danny e te sigo. (falei indo até o bar e o vi saindo) Até mais, Dannyzinho. (me despedi de meu amigo)

- Cuidado, pirralha. (Danny falou segurando em minha mão)

- Eu sei me cuidar, Danny.

- Qualquer coisa você sabe que pode me ligar, não é?

- Sim, eu sei. Obrigada, eu volto aqui semana que vem, não sinta muito a minha falta. (brinquei e pisquei para meu amigo)

- Eu sempre sinto sua falta, S/N.

Eu sabia que no fundo Danny nutria sentimentos por mim, porém eu não queria metê-lo na minha família perturbada.
Danny era um bom homem, um bom amigo, bom de cama, mas era somente isso.

Ao chegar em frente ao meu Audi, olhei para o lado um pouco mais escondido estava Min Yoongi em uma Bugatti preta.
Ele acelerou e parou em minha frente:

- Me siga. (falou simplesmente e partiu)

Riquinho de merda!
Bufei irritada e entrei no carro, dando partida logo em seguida.
Dirijo desde os 16 anos e quando tirei a carteira de habilitação, meu pai decidiu que me daria um carro como um presente e como forma de eu me comportar e usar o automóvel para ir estudar.
Que tolo!

Dirigir sempre foi uma forma de me sentir livre.
O vento no rosto, a velocidade, o ronco do motor era música para os meus ouvidos. Sentir o volante sobre minhas mãos...

Nunca gostei de receber ordens, e o tal de Min parecia ser aquele tipo de cara que gosta das coisas do jeito dele ou então sofre as consequências quem não cumprir suas ordens...

Ele vai ter trabalho comigo.

Talvez esse casamento seja divertido, afinal.

Deixei meus devaneios de lado ao estacionar o carro logo atrás de Yoongi. Estávamos em um restaurante muito famoso e frequentado pelas famílias mais ricas da Coréia.

Ótimo! Ele vai me dar uma aula de etiquetas. (pensei entediada, mas preferi ficar calada por enquanto e esperar pelos próximos passos de meu noivo)

Min falou alguma coisa baixo para o rapaz que nos esperava na entrada principal do restaurante e me olhou, como um sinal de que eu o seguisse e assim fiz.
Passamos pelo salão principal e fomos em direção a uma parte um pouco mais reservada.

Uma garçonete chegou com os menus e eu bufei ao ver como Yoongi flertava rapidamente com a mulher.

- Boa noite, o que gostariam para esta noite? (perguntou a moça com uma voz terrivelmente melosa)

- O que você nos sugere? (perguntou galante o Min e vi quando a garçonete deu um sorrisinho fingindo vergonha quando meu noivo piscou para ela. Que audácia!)

- Por favor querida, nos traga o que a família Choi sempre pede, você deve saber certo? Para mim e para meu marido, não é mesmo amor? (falei cínica e precisei segurar o riso ao ver Yoongi levantar uma sobrancelha em sinal de dúvida para mim)

- Ah sim, claro claro senhorita, já voltarei com seus pedidos, com licenca. (respondeu nervosa a garçonete)

Quando a menina saiu de perto da mesa, eu desatei a rir.

- A sua cara foi impagável, querido. (Falei ainda entre o riso)

- Você é ciumenta, amor? Teremos problemas, então, pois eu também sou. (respondeu Yoongi e piscou para mim, mais uma vez o calafrio percorreu pelo meu corpo)

- Ciúmes de você? Faça me o favor, Min Yoongi. (neguei) Vamos ao que interessa, por que me chamou aqui?

- Para vermos os termos do casamento. (falou e puxou uma pasta da cadeira ao seu lado, eu nem tinha visto que ele carregava aquilo consigo) Leia tudo e me dê uma resposta, ainda hoje, pois não temos muito tempo já que o casamento é daqui a dois dias.

Comecei a ler, mesmo a contragosto.

- Como é? Eu precisarei me vestir "adequadamente"? Isso não é adequado o suficiente para você, meu bem? (Perguntei apontando para minhas roupas)

- Claro que sim, se estivermos somente nós dois em um quarto e eu puder tirá-las com os dentes, amor. (Respondeu calmamente)

Eu me remexi desconfortável na cadeira e arranhei a garganta, olhando para o papel mais uma vez.

Ele conseguiu me deixar sem resposta. Inferno!

Um acordo com o Min Onde histórias criam vida. Descubra agora