𓂃 ࣪˖ ִֶָ PRÓLOGO !

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Essa poderia ser a história de uma garota comum que vivia feliz com seus pais e irmãos em um apartamento em Nova York. Mas não é. Tori estudava em um internato no norte do estado de Nova York. A Academia Yancy.

Algumas pessoas a chamavam de problemática, as vezes louca, talvez ela realmente fosse.

Notas medianas, bom comportamento ── pelo menos aos olhos de alguns professores ──, mas se a provocassem... Bem, da última vez, um garoto passou duas semanas na enfermaria.

As excursões da academia Yancy não eram grande coisa para Tori, mas esta havia a animado de certa forma. Sua turma iria para o Metropolitan Museum of Art, um museu onde tinham exposições gregas e romanas.

O caminho era a pior parte. Cerca de vinte crianças em um ônibus com dois professores, o quê poderia dar errado?

A garota teve que aguentar Nancy Bobfit do seu lado durante o caminho inteiro. Felizmente, ela estava muito focada em jogar restos de comida em um garoto da sua sala chamado Grover para deixá-la em paz durante boa parte do caminho até o museu.

Não que ela não se importasse com Grover, ele era um garoto legal e havia conversado com ele algumas vezes, ela estava com raiva de Nancy por jogar comida nele, mas não podia fazer nada, ou talvez fosse a próxima. E poderia ser pior. Sem contar que Sra. Dodds, a professora de iniciação a álgebra, a odiava com todas as suas forças, qualquer mínimo deslize seria motivo de detenção pelo resto do semestre.

Tori agradeceu quando chegaram, não aguentaria mais cinco minutos do lado daquela ruiva cleptomaníaca.

Sr. Brunner ── o professor de latim e o único que Tori realmente gostava ── guiou a turma pelo museu. Ele foi na frente em sua cadeira de rodas, conduzindo-os pelas grandes galerias cheias de ecos, passando por estátuas de mármore e caixas de vidro repletas de cerâmica preta e laranja muito
velha.

Só de pensar que aquelas coisas tinham sobrevividos por dois mil, três mil
anos, Victorie ficava impressionada.

Ele os reuniu em volta de uma coluna de pedra com quatro metros de altura e uma grande esfinge no topo, e começou a explicar que aquilo era um marco tumular, uma estela, feita para uma menina mais ou menos da idade dos alunos. Contou-os sobre as inscrições laterais. Tori estava tentando ouvir o que ele tinha a dizer, porquê era um pouco interessante, mas todos estavam falando ao mesmo tempo.

─── Calem a boca! ─── disse Tori, sendo completamente ignorada por seus colegas.

Sr.Brunner continuou falando sobre arte funerária grega, e Nancy Bobofit, abafando o riso, falou algo sobre o sujeito pelado na estela.

─── Quer calar a boca? ─── gritou alguém, Tori se virou e viu Percy Jackson, o garoto que, na opinião de Tori, era a pessoa mais irritante de todo o mundo.

O grupo inteiro deu risada. O Sr. Brunner interrompeu seu história.

─── Sr. Jackson ─── disse ele ───, fez algum comentário?

─── Não, senhor.

O sr. Brunner apontou para uma das figuras na estela.

── Talvez possa nos dizer o que esta figura representa.

── É Cronos comendo os filhos, certo? ── ele respondeu a pergunta do professor.

──Sim ──disse o sr. Brunner, e obviamente não estava satisfeito. ── E ele fez isso porque...

──Bem... Cronos era o deus-rei e...

──Rei? ──perguntou o sr. Brunner.

──Titã ── corrigiu. ──E... ele não confiava nos filhos, que eram os deuses. Então, hum, Cronos os comeu, certo? Mas sua esposa escondeu o bebê Zeus e deu a Cronos uma pedra para comer no lugar dele. E depois, quando Zeus cresceu, ele enganou o pai, Cronos, e o fez vomitar seus irmãos
e irmãs.

 ִ ۫⭒۟ ❛ 𝐄𝐋𝐄𝐓𝐑𝐈𝐂 𝐋𝐎𝐕𝐄 ༄ 𝗉. 𝗃𝖺𝖼𝗄𝗌𝗈𝗇 ❜ EM HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora