Familia Brandon - Revisado

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Ao atravessarem a porta, emergiram no banheiro luxuoso de uma vasta casa em Londres. Uma empregada meticulosamente arrumava o ambiente, sem perceber a chegada do casal. De repente, ao notar a presença deles, soltou um grito estridente, seu espanto ecoando pelas paredes imponentes, como se a própria casa compartilhasse da surpresa.

Michael ri descontraído, quebrando a tensão do momento. - Sempre os banheiros, não é? Talvez seja o destino conspirando para nos pegar desprevenidos nos lugares mais inusitados, - Comenta, deixando um toque de humor no ar.

Marya observa os detalhes da imponente sala, sentindo-se pequena diante da grandiosidade do ambiente. Michael, ágil, segue a empregada. Ao descerem a escada oval, uma música suave preenche o espaço. No sofá, um homem absorto em seu celular, ergue os olhos ao notar a chegada de Michael e Marya, seu olhar capturando a curiosidade do momento.

O homem, com um toque de ironia, comenta sobre o longo intervalo de 20 anos, dirigindo-se a Michael. - Parece que você não aprendeu a dar um aviso prévio, especialmente quando tem companhia. - Seu olhar, misto de surpresa e desaprovação, paira sobre o casal, deixando uma atmosfera carregada de história não contada.

Michael, com uma expressão sincera, se desculpa: - Foi uma decisão de última hora, irmão. Não queríamos pegar ninguém desprevenido, mas algumas coisas simplesmente acontecem no calor do momento. - A tensão inicial parece suavizar um pouco com suas palavras.

O homem, agora com um leve sorriso, coloca o celular de lado e dirige seu olhar para Marya, perguntando com curiosidade: - E quem é essa encantadora companhia que trouxeste, Michael? - A expectativa paira no ar enquanto aguarda a apresentação.

Michael, com um brilho de orgulho nos olhos, apresenta Marya: - Esta é minha namorada, Marya. Trouxe para que meu pai pudesse conhecê-la.

A confusão de Marya é palpável ao questionar: - Seu pai? Seu irmão? Achei que você morasse sozinho. - Uma mistura de surpresa e curiosidade reflete em seu rosto, aguardando esclarecimentos sobre a dinâmica familiar de Michael.

Gabriel Brandon revela a peculiar relação com Michael e esclarece: - Ele é assim mesmo. Aliás, me chamo Gabriel Brandon, e esta é a minha casa. Parece que ele adotou minha família há alguns séculos, tornando-se uma espécie de protetor. Por favor, não assuste a empregada. Ah, e percebo que você mudou bastante, não era ruivo? - Uma série de revelações adicionais dá uma nova camada à história.

Michael pergunta a Gabriel: - Então, onde está o seu pai? - Aguardando a explicação sobre a ausência dele naquele momento e Gabriel aponta para o escritório.

- Obrigado pela recepção, Gabriel. Vamos ao escritório, então, - Responde Michael, enquanto Marya, agora mais familiarizada com a situação, se prepara para seguir em direção ao escritório na calorosa casa de Gabriel Brandon.

Michael observa Gabriel com um olhar perspicaz e comenta: - Você cresceu, mas parece que a sua essência não mudou muito, sempre tão ríspido. - Há uma mistura de reconhecimento e talvez nostalgia em suas palavras, revelando a complexidade de sua relação.

- Claro, irei mandar levarem chá para vocês - Diz Gabriel, oferecendo uma gentileza em meio à dinâmica peculiar. Enquanto aguardam, a atmosfera na casa revela uma mistura única de formalidade e familiaridade.

Michael percebe a inclinação de Marya para pedir café, segura sua mão suavemente e balança a cabeça negando, optando pelo chá. A expressão de agradecimento dele sela a escolha, enquanto uma comunicação silenciosa entre o casal transcorre.

Michael, em tom mais baixo, compartilha com Marya: - Estamos em Londres, aqui o chá é parte da cultura. - Uma explicação sutil que revela a influência do ambiente na escolha da bebida.

Vivências - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora