purificação - Revisado

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N/A - A imagem da capa é apenas uma representação do arcanjo

Com a saída de Uriel em busca do ceifeiro, o lado demoníaco do mesmo tomou posse do corpo. O período de controle do ceifeiro havia se esgotado, e agora ele retornava a matar com uma frequência ainda maior. Na cidade, várias pessoas eram atacadas uma após a outra. Em um intervalo de aproximadamente cinco horas, ele havia ceifado pelo menos vinte e cinco vidas, devorando todas elas de maneira macabra. Uma onda de terror se espalhava pela cidade diante da crueldade do ceifeiro descontrolado.

Uriel, incapaz de aparecer como arcanjo, decide ir até o reino dos Onis. Ao chegar, encontra o Deus Oni sentado em um trono de bronze, cercado por várias caveiras de pessoas devoradas aos seus pés. Entretanto, Uriel não podia perder tempo com os Onis diante da urgência da situação que se desenrolava na cidade.

- Seguinte, Deus dos demônios japonês. Creio que sabe o motivo de minha vinda, não é? - Diz Uriel, aproximando-se do Deus Oni. Ao seu lado, dois Onis o escoltavam, respeitando a declaração de Uriel de não causar mal contra o Deus Oni. A atmosfera no reino dos Onis carregava uma tensão peculiar diante da presença do arcanjo.

- Sei do furdunço que está havendo. Por acaso, você está desesperado, Uriel? - Diz o Oni no trono com um tom de deboche.

- Eu só não mato vocês porque foi confirmado que vocês não saíram da linha, - Diz Uriel de forma afrontosa, mantendo uma postura firme diante do Deus Oni. A tensão no reino dos Onis aumenta, enquanto Uriel expressa sua determinação em lidar com a situação de forma direta.

- Ah, perdão, cadê meus modos, não é? - Diz o Deus Oni, soltando uma risada. - Quer que eu me curve? - A atitude de deboche persiste no ambiente, aumentando a tensão entre Uriel e o Deus Oni.

- Não precisa, quero outra coisa, - Diz Uriel, percebendo o sarcasmo.

- Vá direto ao ponto então, - Responde o Deus Oni, a paciência dele quase se esgotando.

- Encontrem o ceifeiro, ele está matando um monte de gente, e a culpa está caindo sobre vocês.

- Isso não é da nossa ossada, o que ganhamos com isso? - Diz o Deus Oni, demonstrando o mínimo de interesse possível. A resposta reflete a indiferença dos Onis em relação aos acontecimentos no mundo humano, aumentando o desafio de Uriel em obter cooperação.

- Deixamos vocês em paz por mais mil anos, Michael não caçará nenhum de vocês. Afinal, fiquei sabendo que são ótimos rastreadores, - Diz Uriel, tentando chamar a atenção do Deus Oni.

- Façamos o seguinte então, fico apenas com quinhentos anos, mas poderemos devorar quem quisermos, e não apenas pessoas marcadas por Deus, - O Deus Oni realiza uma contraproposta. A negociação entre Uriel e o Deus Oni continua, explorando possíveis termos para uma colaboração temporária.

- Se fizerem isso, eu mesmo matarei todos vocês, - Diz Uriel, segurando sua espada.

- Calma, não quero confusão com um arcanjo... Afinal, aqui você não tem chance, - Diz o Deus Oni, abrindo os braços e revelando um exército de Onis incompletos. - Eles estão morrendo de fome, acho que carne divina seria um ótimo prato. - A situação se torna ainda mais tensa, com Uriel enfrentando a ameaça do exército de Onis famintos enquanto negocia com o Deus Oni.

- Você sabe que posso purificar todos e limpar o sangue deles, assim voltariam ao normal.

- Tantos assim? Ao mesmo tempo que purificar um deles, outros irão devorar... Meu domínio, minhas regras, anjinho, - Responde o Deus Oni, estabelecendo sua autoridade sobre a situação. A negociação entre Uriel e o Deus Oni continua, com o arcanjo explorando opções para conter a ameaça dos Onis.

Vivências - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora