Primeira Noite

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D

- O senhor gostaria de um sanduíche ? - a comissária questiona; o carrinho tem alguns pudins sem cor que parecem estragados e balinhas de limão em um pote aberto transparente.

Pansy aceita o sanduíche e se vira para Draco, que está encarando o pobre rapaz vítima de seu temperamento.

- Quer um ? - Draco nem desvia os olhos. Quando ela pega o sanduíche mesmo assim e empurra para ele, Draco suspira.

- Ele é muito metido.

Pansy revira os olhos, cansada. - Não, ele não é metido. Você só está se sentindo culpado.

O loiro lhe dá um olhar incrédulo.

- Pansy - retruca - você viu o que ele fez. Simplesmente puxou a minha mochila de mim como um troglodita. Olha aquilo. - indica com as mãos.

A garota olha na direção do moreno, e Harry está sacudindo a cabeça num ritmo musical, seu cabelo ondulado caindo pelo rosto. É sinceramente fofo no conceito dela. Ele simplesmente está dançando sem se importar com as pessoas ao redor.

- Ele é seu tipo. - ela diz, mordendo o sanduíche. Ela quer provocar Draco o máximo possível, porque sabe que ele é completamente impossível quando está irritado e no final isso acaba com a boca dele exatamente na que o está insultando. E aquele cara no banco da frente é absolutamente lindo e apenas dessa forma ele irá deixá-la em paz durante suas férias.

Eles ainda estão sussurrando, mesmo que os amigos do garoto estejam envolvidos em sua própria conversa. O voo tem cerca de 10 horas pela frente.

- Eu não tenho um tipo, Parkinson. - Draco hesita e passa a língua pelos lábios rapidamente - eu só estava querendo muito colocar a minha bagagem no lugar certo e me sentar no meu lugar e poder escrever pelas próximas oito horas no mínimo.

- Ainda tentando terminar aquela história? - ela pergunta, ela sabe que seu amigo precisa desabafar. Ele não o faz, mas é perceptível.

- O prazo é tipo, daqui dois meses e meio e... Pansy, eu não sei o que aquele cara vai fazer. - ele está falando do protagonista, Pansy murmura "uhum" - toda vez que abro o arquivo e olho para a página em branco eu só consigo pensar que tenho um prazo e que aquela mulherzinha da faculdade quer o final da história para que eu me encaixe no novo projeto de escrita.

O problema de verdade é que ele gostaria de ter uma empresa para cordernar após a maravilhosa viagem ao Brasil, como seus dois melhores amigos tem. Draco precisa entrar na merda da faculdade se quiser uma carreira, e sério, é seu sonho ser escritor. Mas antes tudo era sobre um hobbie e agora ele sente tanta raiva de todos que não quer quebrar apenas perfumes.

- Amore, se você focar nos pontos ruins de uma situação jamais vai conseguir enxergar as oportunidades que elas trazem. - ela tenta - Tente ver as coisas por outro ângulo, Draco. Você foi o cara que foi contra a opinião do seu pai e se inscreveu em um programa totalmente novo de uma faculdade foda apenas porque precisava escrever. É o que você ama, o pacote completo. Só não olhe pra isso como se fosse uma maldição quando é a coisa perfeita acontecendo com você.

Blaise tira os olhos do livro que está lendo. " O Morro dos Ventos Uivantes" Draco insistiu muito para que lesse, mas depois de um tempo ele apenas tem medo de todos os personagens. São doidos, mas ele não se arrepende das horas sem dormir porque precisa saber o que aconteceu com Catherine.

- Você já pensou que talvez a vida não tenha um lado bom, Pansy ? - ele questiona. É uma pergunta retórica, porque Pansy Parkinson nunca se questionou isso e todos que a conhecem podem chegar a essa conclusão.

O Verão tem fim - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora