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- Quer saber ? - Pansy diz, ajeitando a minissaia na fila da boate. - Você está caidinho por ele. Pare de fingir que não e de me olhar com essa cara.
A feição de Draco era de sofrimento. Dor física. Fazia uma semana que ele e Harry haviam saido juntos para o Jardim Botânico e naquela mesma noite, se beijado.
A cerne da questão é que aquilo se repetiu. Quase toda noite Draco encontrava os olhares verdes virados em sua direção após algumas horas de escrita fluída. Tinha uma sensação incomoda nessa dinâmica de "derrepende certo" para o loiro.
Ele não sentia aquela raiva desestabilizadora, que se alastrava nos últimos messes como um furacão.
- Anda logo. - um cara atrás dele na fila murmurou.
Ele seguiu Pansy para dentro. A festa era uma mistura brilhante de música e cheiro de bebida e fumo, pessoas empurravam-se pelos cotovelos para encontrar os amigos.
Estava escuro e o local era grande, portas enormes nos fundo abertas para uma varanda de aspecto intimista. Alguns casais se embrenhavam.
Na pista, uma multidão apertada mexia o quadril no ritmo da música. A batida era vibrante e soava com um batucar concorrente aos ouvidos.
- Eu não estou caidinho. - Draco exclamou, mais para si mesmo que para Pansy e Blaise, que se debruçaram sobre o balcão de bebidas.
- O que vão querer ? - o barman perguntou.
O loiro tomou um susto, o jovem atrás da bancada tinha os cabelos arrepiados como se tivesse sido eletrocutado, o nariz reto e cumprido com um óculos de armação redonda apoiado sobre si.
Por um momento ele pensou que fosse Harry, mas faltava algo. Os olhos não tinham o verde piscina, não havia o fogo por trás do olhar ou a resiliência nos lábios estreitos.
Os amigos fizeram seus pedidos e ele ficou observando o modo do atendente trabalhar. As mãos eram cumpridas e fortes, mas não havia a graça de Harry em seus movimentos.
- E você, loiro ? - O jovem em questão pronunciou, encarando Draco. Uma espécie de sorriso pairando sobre sua voz.
Não havia o sarcasmo de Harry ali. E o deixou tonto quão rápido seu cérebro estabeleceu um abismo entre o que parece ser e o que realmente é.
- Só uma caipirinha de limão, por favor. - ele pediu, porque era sua preferida. Por mais que Pansy quisesse uma experiência inovadora todas as vezes que colocava o pé para fora do hotel, hoje Draco gostaria de conforto.
Arrastá-lo para uma balada não era a ideia que ele pensou que seus amigos iriam ter quando ele colocou em jogo seu novo interesse.
Sua amiga em questão se virou para ele poucos minutos depois de sua bebida rosa pousar a sua frente. As bochechas de Pansy se fechavam ao redor do canudo, mordiscando como se calculasse algo.
- Qual o problema de estar encantado por um carinha na sua viagem de formatura? - beije ele. Converse. Vá embora e arrume um homem rico para se casar quando entrar na faculdade.
- Não seja ridícula, Parkinson. - Draco se desvencilha da área do bar após pegar sua bebida. A cabeça girando, não por causa do álcool.
Estar encantado, Pansy havia dito. Era isso que estava acontecendo, realmente? Ele sabia que não. Conversar com Harry, beijá-lo e ouvir sua voz enchia-o de uma energia sacudida, passando por suas veias. Ele estava escrevendo uma quantidade absurda de palavras todos os dias e hoje de manhã quando acabou o bolo de cenoura no buffet do hotel ele sequer sentiu raiva.
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O Verão tem fim - Drarry
FanfictionHarry e Draco se conhecem em uma viagem de turismo ao Brasil. No início, eles tem certeza de que irão se odiar, mas o amor surge de onde menos se pode esperar, levando os jovens a terem um bom e velho romance de verão. O único problema, é que o ver...