VII - Caçada Z

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Dean

Respiro fundo, buscando qualquer sinal de conforto no café que estava em minhas mãos nesse momento. Apesar de ser completamente em vão. Minha mente estava completamente focada no novo objetivo que eu criei para mim mesmo, buscar Castiel mesmo sem saber se ele ainda estava vivo. Depois daquela noite, deixei Crowley na sua casa e igualmente com Sam. Ignorei todas as ligações de Sam, pois estava evitando esse mundo caótico que entrei repentinamente. A porta de meu escritório emite sons de batidas.

- Senhor Winchester, estou apresentando a delegacia a nossa nova gestora de TI. Queria apresenta-la ao delegado. - Comentou Kylle, do RH.

- E cadê ela? - Perguntei.

- Charlie, se apresente. Esse é o delegado, Dean Winchester. - Falou.

Me levanto e caminho até a frente da minha mesa. Ela entra pela sala, me fazendo erguer as sobrancelhas. De repente eu sentia como se todos fossem familiares para mim. A garota tinha cabelos ruivos e possuia uma franja em sua testa acima dos olhos. Ela sorri de maneira um pouco desajeitada, se aproximando enquanto estende sua mão, eu aperto firmemente.

- É um prazer conhecer você de perto. Bom, não que eu seja uma stalker maluca, só acompanhei seus casos. - Comentou sorrindo.

- Charlie, te conheço de algum lugar?

Ela franzia o cenho, soltando minha mão claramente uma feição de desapontamento.

- Somos vizinhos, moramos lado a lado.

- Ah, isso explica muita coisa. Eu não costumo ficar muito em casa, ainda mais nesses últimos tempos...

- Não tem problema, agora seremos bons colegas de trabalho. - Ela deposita um leve soquinho em meu ombro de maneira espontanea.

Eu franzia o cenho encarando ela, vendo ela recuar ao perceber o que acabou de fazer. Ela se afasta lentamente até a porta, com um sorriso nervoso. Por fim, ela fecha minha porta. Suspiro, caminhando até minha cadeira. O restante da tarde foi monótona, com meu trabalho que agora já não havia mais graça para mim.

Enquanto dirigia para casa, meu telefone tocava.

- Fala. - Eu atendo.

"Dean, preciso que venha na minha casa."

- Qual é, já falei que tô fora disso. - Suspiro.

"Espera! Dean, por favor. Preciso que veja uma coisa. Eu sei que está preocupado com o Cas, mas eu já te falei, eu vou te ajudar a achar ele."

Encarei a estrada pensativo, e por fim encerro a ligação decidindo ir a casa de Sam, mesmo que meu cérebro mandasse fazer outra coisa. Eu entro na casa do advogado, respirando fundo pois percebia que por mais que tentasse sair dessa situação, desse novo mundo, eu sempre voltaria para dentro disso tudo.

- Olha, o diário é realmente muito útil. - Sam comentou, indo até a mesa e se sentando enquanto pegava o diário.

Eu até então não havia olhado para o diário, até agora. Me sento, pegando-o. A capa, o cheiro, a escrita, os desenhos, eu observava tudo enquanto folheava, completamente hipnotizado pelo objeto como se de alguma maneira eu tivesse uma ligação com esse caderno no qual nem sabia da existência. Paro em uma página marcada.

- Ai está a resposta que estávamos procurando.

Fixo o olhar na página, fazendo uma leitura rápida. Ao franzir o cenho, ergo meu olhar até Sam, não acreditando no que lia, perguntei:

- Tá de brincadeira?

- O quê? Não, Dean. Essa é a resposta. - Sam falou.

Respirei fundo, encarando o chão por um momento. Eu não conseguia entender em que momento eu parei nessa realidade paralela, como minha vida ficou tão sobrenatural de repente? Fecho o caderno, encarando ele.

Destiel - Morte inválida Onde histórias criam vida. Descubra agora