C24 - A Guerra (Pt.1)

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Juntamente ao lindo nascer do sol, Kion e seu grupo se preparavam para o primeiro dia de conflitos, que pretendia ser o último.

Todo o grupo aparentava estar concentrado, cada um sabendo de suas missões. Apenas Rani não tinha uma função, mas este problema foi logo resolvido pelo leão: ela o ajudaria na segunda parte do plano, e, se precisasse, também na terceira. Rani e Ono ficariam na gruta esperando pelo sinal de Kion.

- Bom dia, pessoal! - disse Kion, tentando parecer alegre - Hoje é o dia. Devemos nos manter unidos, e, sobretudo, honrar as Terras do Reino. Estamos sozinhos, o reino está a milhares de quilômetros, não temos como pedir ajuda! Resta apenas nós, mas nós venceremos.

Depois dessa breve fala, Fuli, Besthe e Anga foram juntar as pedras. Como era muito de manhã, e os guardas só funcionavam se Kopa mandasse, eles não perceberam o movimento. Enquanto isso, os três não perdiam tempo, e já tinham sua tática formada:

- Ok, pessoal, vamos fazer assim: Besthe pega as pedras maiores, eu as médias e a Anga procura no ar e avisa pra gente. Se der pra carregar, Anga, tenta trazê-las aqui.

E assim foi feito, e de maneira bem eficiente e produtiva, já que em uma hora, eles já tinham mais de 30 pedras, somando grandes, médias e pequenas. Tudo estava dando certo.

Anga fora avisar Kion, que logo saiu, mas, antes disso, pediu para que Ono e Rani não saíssem da toca, a não ser que fossem solicitados. Isso também era um método de defesa caso os guardas atacassem a gruta.

Em poucos minutos, ouviu-se um enorme estrondo por todo o reino de Kopa. O rei, assustado, logo acordou, e mandou 10, de seus 20 soldados, para averiguar a situação. Até aí, tudo estava indo bem.

Aproximadamente quinze minutos depois, parte do exército chegou, e, rapidamente eles já começaram a trabalhar, tirando as pedras do caminho.

Com isso, Kion desceu até um rochedo mais próximo do penhasco, e rugiu com a maior força para os leões, matando-os na hora. Porém, ele não havia pensado que Kopa ouviria isso, e pensando em um eventual ataque da guarda, mandou mais 5 guardas capturarem o que poderia estar na gruta, e assim eles partiram.

Quando chegaram, rapidamente capturaram Rani e Ono, utilizando de uma sábia técnica de desmaio: o pólen da planta "Dandas Dands", o que deixou-os inconscientes no mesmo segundo.

Anga decidiu levantar voo e já calcular a rota mais próxima para a Praia Real. Mas a verdade, é que ela só viu os guardas levando os dois e logo em seguida, desaparecendo. Ela pensou em não falar para Kion, mas não havia outro jeito. Ela, que não é de falar muito, pousou, e disse assim:

- Ono e Rani foram capturados. Até tentei seguir os rastros, mas os leões desapareceram. 

Neste momento, era visível que o jovem líder estava sem norte, como se sua face mudasse repentinamente de uma feliz e determinada, para uma triste e apreensiva. 

Na próxima tarde, em quase nada pensou o leão, apenas em tentar recuperar Rani de uma forma impossível, já que ela provavelmente estaria morta. E principalmente, ele se culpava e muito, por deixá-la praticamente sozinha na gruta.

Enquanto isso, no esconderijo secreto que o reino tinha, Kopa dava as ordens, sem que os dois prisioneiros escutassem:

- Devemos matar a garça, amarre suas penas e patas e a jogue no mar! Já a leoa, não mate, ela pode e vai ser útil para nós, além do mais, eu quero que terceira integrante da família seja morta por mim.

Por outro lado, nas Terras do Reino, a cabeça de Simba estava em um profundo arrependimento. Para ele, Kion e a Guarda já estavam mortos.

"Tudo pelo seu amor" - A Guarda do LeãoOnde histórias criam vida. Descubra agora