🧛🏻💔
Christopher caminhou a passos duros em direção ao seu escritório, seu semblante travado em fruria, mágoa e dor.
Estava aos pedaços, tal qual o dia em que perdeu aqueles que mais amava.
Precisou manter suas lágrimas dentro de si durante a discussão, se sentindo culpado por tudo, inundado pelo pensamento de que sequer merecia o misero alívio que as lagrimas lhe trariam ao fazer caminho pelo seu rosto pálido. Chorar na frente de seus companheiros apenas o faria se sentir mais fraco diante deles, como uma criança frágil e incapaz de fazer algo pro si próprio.
Novamente sentia que poderia se afogar em sentimentos, conseguia sentir a pressão no peito e a ardência por não conseguir respirar. Seu corpo tremia tanto que ele quase não conseguiu digitar a senha daquele quarto na qual ninguém podia entrar.
Suas vistas turvas o fez errar os dígitos três vezes antes de conseguir abrir a porta com força.
Christopher entrou no escuro, encostando a porta atrás de si e se encostando nela até que estivesse sentado no chão sujo de poeira. Ele tomou uma profunda respiração, ainda evitando chorar suas dores, prolongando um pouco mais daquela sensação torturante.
O líder encarou o vazio trazido pela escuridão por alguns instantes, se perguntando se deveria atender ao seu desejo de retornar às memórias do passado.
Um passado onde ainda podia ter seus filhos nos braços, ouvi-los chamar de pai e sentir aquele gostoso aroma infantil de cada uma de suas crianças.
Inseguro sobre em que momento de suas memórias seria levado ao olhar para aquele cômodo, Christopher ergueu a mão para apertar o interruptor e assim revelar seu quarto proibido.
De primeira, seu olhar correu pelos baús que por anos quardavam os brinquedos e objetos de um passado distante, em seguida para alguns porta-retratos que preservavam a doce imagem dos seus pequenos amores. Contudo, foi algo em específico que o fez soltar um soluço quebrado antes de chorar como uma criança perdida.
Pendurado em um quadro de madeira, bem ao centro da parede pintada na cor azul bebê, um desenho infantil cheio de cores transportou sua mente para o exato dia em que ele foi feito.
Tudo o que precisou fazer foi fechar os olhos, e então pôde rever tudo com tanta perfeição de detalhes que era quase como se realmente estivesse revivendo o momento.
Conseguia lembrar de como sua casa estava bagunçada naquele fim de semana, de como a luz morna do sol batia nas peles suadas de seus agitados filhos, dos sons doces de suas risadas.
A voz da mulher que vivia seu sonho também estava presente, a calorosa voz de Elisa. Uma australiana de fios claros e amor demais em seu coração puro, por anos considerada o amor da vida de Christopher.
Seus lábios trêmulos moldaram um sorriso dolorido, sussurrando ao silêncio uma única frase: "Eu amo vocês".
O líder do clã Bang levou as mãos aos fios de cabelos e os apertou com força, trazendo também os joelhos de encontro ao peito conforme sua consciência se perdia cada vez mais no passado.
As vozes conhecidas e saudosas não paravam de adentrar seus ouvidos, tão pouco os toques amorosos que pareciam estar bem ali durante seu choro angustiado. E no entanto, eram nada além de tortura.
Nunca aprendeu a lidar com a saudade, com a perda, com o luto. Duvidava que um dia saberia dosar o quanto deveria retornar às memórias de sua vida humana, que entendesse que deveria manter apenas as boas sensações e deixar as dores serem curadas.
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Blood, Love and Death - Stray Kids OT8 ( Felix Centric)
FanficLee Felix achava ser apenas um jovem ferrado de 23 anos, cheio de problemas, segredos bem guardados e um desejo avassalador de ser novamente um lutador, no entanto, após um desastroso sequestro por um desconhecido, ele descobre que é companheiro de...