Blood, Love and Death - Stray Kids OT8 ( Felix Centric)

15-Pt1- Primeiras Peças se Juntam no Quebra-cabeças (editado)

🐱

Minho

A primeira vez em que vi Christopher foi no ano de 2125 durante uma viagem da faculdade. Era a minha primeira vez em um país estrangeiro, eu estava animado com as novas paisagens, um pouco assustado com a possibilidade de encontrar algum daqueles animais exóticos que só poderiam ser vistos na Austrália e definitivamente muito encantado com a beleza de um dos raros países que não foram devastados pela terceira Grande Guerra Mundial e os desastres naturais em massa.

Já estava na minha segunda semana no país, havia explorados as cidades mais conhecidas; desde de a capital Camberra que me encantou com suas belas paisagens verdes e com o lago central, Sydney — onde eu pude admirar as belas praias e entender como a Austrália se tornou um dos países com o maior PIB mundial, e passando por Melbourne e as incríveis atrações musicais, eventos esportivos e apresentações de comédia. A penúltima cidade que visitei foi Adelaide, capital do estado da Austrália Meridional e mundialmente reconhecida como uma cidade educacional de alto nível.

Aquele seria meu destino final antes de ter que retornar para Gimpo-si na Coréia unificada, isso se durante minha visita em uma universidade eu não tivesse sido provocado pela minha curiosidade desmedida ao ouvir sobre as noites sangrentas na cidade de Perth.

— A cidade foi fechada pelo exército, dizem que tem tanques de guerra e tudo mais! Além disso me falaram sobre o armamento pesado e homens gostosos de farda! — Escutei uma garota comentar animada com uma outra menina mais baixa, essa que carregava uma feição amedrontada. Ambas também pareciam estrangeiras. — Os vídeos postados pelos moradores são bizarros, da pra ouvir os gritos das pessoas desesperadas, me arrepiei toda quando vi.

Curioso, eu peguei meu celular e joguei na barra de pesquisas o nome da cidade. Rapidamente pude ver as inúmeras matérias feitas sobre os acontecimentos, e para minha surpresa, já faziam anos desde a primeira noite sangrenta. Os eventos tiveram início a quase setenta anos atrás e mesmo após tantas décadas de pesquisas e estudos, nunca descobriram o que acontecia.

Era um inegável caso sobrenatural, um na qual havia me feito imaginar nas mais diversas possibilidades, chegando até mesmo a acreditar piamente de que se tratava de cultos demoníacos ou aliens em busca de conhecimento sobre os humanos.

Bom, todas as minhas suposições estavam erradas.

Chega a ser óbvio que fui controlado pela minha curiosidade e me atrevi a ir para Perth.

Infelizmente a cidade não estava realmente protegida pelo exército e seus tanques de guerra, na verdade, ela parecia totalmente largada a própria sorte. As ruas sequer eram limpas como as de todas as outras cidades que visitei, as casas eram velhas e os prédios muito antigos, se não fossem pelas pessoas sempre assustadas e desconfiadas que alí viviam eu diria que o lugar estava abandonado.

Sendo sincero, tenho certeza de que o único motivo para que não fosse uma cidade fantasma era o de que os moradores eram todos de baixa renda, pois caso possuíssem alguma forma de sustento melhor, nenhum deles ainda se submeteria à uma vida de constante medo e perigo.

E mesmo vendo todos os alertas que aquela cidade tinha, ainda fui vencido pelo meu desejo de saber os mistérios da destruída cidade de Perth. Eu me arrepiava ainda mais a cada passo dado para dentro da cidade que promovia um toque de recolher todas as noites após as 17hrs.

Segundo os moradores locais, assim que o sol se escondia e a lua subia aos céus, o terror era iniciado mais uma vez.

De forma tola, eu me muni com garrafas de água benta, cabeças de alho e uma lanterna. Realmente inocente da minha parte em pensar que estaria seguro com tão pouco. Então parti em busca de algo que jamais soube o que era, apenas com o sentimento de que precisava ir até lá e procurar até encontrar o meu objeto de curiosidade, ignorando qualquer tipo de aviso ou pensamento racional.