Prólogo

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#OgrodeBruxa

Minatozaki Sana significa: Perdição.

Talvez seja por seu desfilar nos corredores de Raven, com aquela saia de líder de torcida, minúscula. Talvez seja porque ela ama doces, tem cabelos loiros, ama Disney, sua cor favorita é lilás e rosa chá, sua franquia de filmes favorita é Descendentes, tem notas medianas, é gostosa e já transou com a escola inteira.

Ou talvez seja porque ela é de fato, uma cópia barata de Veruca Salt

Sim, aquela garotinha chatinha do filme a fábrica de chocolate, que teve uma morte tragica por sua burrice e por esquilos malvados.

Ah, e óbvio, Cher horowitz, de As patricinhas de Bervely hills, Poppy Moore, Regina George, Sharpay Evans e todas essas patricinhas poderosas dos filmes 2000.

Oh, céus. Sana é tudo isso. Uma loira burra, irritante, persuasiva, insuportável, ridícula, mimada, riquinha e... estupidamente linda.

Mas Foda-se, quem liga?

Raven, toda Raven liga. Sana tem todos na palma da mão sem nem se esforçar. Até porquê, ela já é o foco. Porque aquela escola gira em torno da Japonesa e se ela espirra, todos beijam seus pés.

Entretanto, Raven a escola de elite que todo ano abre seleção de bolsas de estudos para os alunos da cidade, não é tão perfeita como pensam. Na verdade é uma completa bagunça e apenas uma escola como as outras.

A escola que sempre foi bem falada em jornais, e palestras do prefeito da cidade, era por fora, um castelo lindo e roxo, mas por dentro era apenas bagunçado.

Raven exalava rivalidade e prepotência.

A escola não era bem falada atoa, os atletas eram incríveis e bem treinados, eram apenas rapazes brincalhões e idiotas mas quando o assunto era chutar uma bola em uma trave e ganhar troféus. Eles eram excelentes. As líderes de torcida eram apenas garotas mesquinhas e arrogantes mas se o assunto era dançar e impressionar arquibancadas lotadas de pessoas, elas eram incríveis.

Acontece que no meio do ano sempre ocorre as seleções de bolsas de estudos e é a época mais produtiva de Raven. Campeonatos, avaliações, ensaios, festas, e essas coisas. É a melhor época do ano, a época que os adolescentes mais se divertem fazendo o que amam até porque, uma escola como Raven é difícil de se alcançar.

Por isso, dessa vez, apenas duas bolsas de estudos seriam competidas. E com muito esforço e dedicação, uma garota chamada Park Jihyo que ama tranças, música e coisas antigas estudou por meses e se esforçou apenas para conquistar seu sonho de terminar o ano em uma boa escola e migrar para uma universidade fora do país e ser bem estruturada na vida adulta.

O que provavelmente não aconteceria.

Bem, Jihyo conseguiu a bolsa de estudo, mas a vida estruturada foi por água abaixo quando a mesma pisou os pés em Raven e percebeu que as coisas seriam bem, bem diferentes.

O ritmo era extremamente complexo de se acompanhar, uma escola totalmente diferente e ao mesmo tempo normal, era do tipo confuso, e Jihyo odiava confusão, ela era organizada de mais. Com certas coisas, claro, tipo suas playlists de musicas porque seu quarto era uma zona e sempre levava bronca por isso.

Resumindo, entrar naquela escola escutando i'm in love with a monster seria uma experiência única e irrecusável para Park Jihyo que ama música.

Não é atoa que em seu quarto bagunçado a uma vitrola antiga que uma vez sua vó a deu. Jihyo ama aquela vitrola mais que tudo!

Ela também gosta do inverno mas odeia sentir frio, gosta de tomar banho gelado a meia noite, cálculos e tudo o que envolve colocar sua cabeça para raciocinar e encontrar um resultado. E ela gosta tanto de pão de queijo e chocolate quente. Ela gosta de assistir filmes adolescentes antigos e julgar literalmente tudo ao mesmo tempo que simplesmente ama e queria ter vivido naquela época. E ela ama Maby, sua cachorrinha e seu porto seguro.

Jihyo é um livro aberto e não tem medo de mostrar seus gostos excêntricos a ninguém.

Ela é o oposto de Minatozaki Sana.

Um livro fechado a sete chaves, de capa bonita e olhos profundos que guardam segredos ruins. Ou apenas uma infância vazia.

Diferente de Jihyo, Sana gosta de gastar seu tempo se dedicando em viver cada segundo. Ela gosta de acordar todos os dias as quatro da manhã e correr pelas ruas e só sentir o vento gélido bater em seu rosto e ver seu corpo se afogar em pensamentos vazios. Ela apenas gosta de geleia de amora e o aroma que chega em suas narinas e a deixa embriagada. Ela apenas é louca por Belli, seu carro esportivo, lindo e perfeito. E ela apenas ama cachorrinhos mesmo nunca podendo ter um em sua casa.

Os opostos se atraem. Brega, entretanto é fato.

E quando o destino quer, o mundo gira em torno de duas únicas pessoas que não se toleram mas estão destinadas a ficar juntas.

A vida rebelde de Sana estava prestes a naufragar quando sua mãe, Minatozaki Mai, já não aguentava mais a promiscuidade da filha. Não aguentava mais a vida sexual extremamente ativa da garota e o jeito como ela estava vivendo apenas disso e apenas disso.

Sana precisava ser rebelde, mas de um jeito saudável, tipo, fugir de casa para ir dormi na casa da amiga, ou então faltar aula para ir a um lugar. Não fugir de casa para ir para casa de um garoto, muito menos faltar aula para transar. Não desse jeito. E ela teria consequências.

E uma dessas consequências foi perder um de seus bens mais preciosos. Belli, pobre carro esportivo.

Depois disso, sua outra consequência foi Park Jihyo.

Bem, sua mãe alertou que se ela não arrumasse uma namorada ou namorado e se aquietasse, ela também perderia a mesada e seria da escola pra casa.

Um terror na vida de qualquer adolescente.

A única coisa boa é que desde o começo sua mãe nunca teve preconceito com sua sexualidade ou coisa do tipo. Mai na verdade era uma mãe excelente, sempre deu o seu melhor na educação de Sana e sentia que tinha uma parcela de culpa por Sana ter crescido e se tornado uma adolescente rebelde, mesmo assim.

Mesmo com todos esses defeitos, Sana ainda tinha um lado doce que ninguém nunca soube despertar, ou apenas teve preguiça de fazê-lo.

Já que seu corpo era bem mais interessante do que seus sentimentos.

Entretanto, ela não tava muito preocupada com seus sentimentos, até então. Porque sua única opção era Park Jihyo, uma garota irritante, que não faz seu tipo e que é totalmente o oposto de si. Problemática!

E Sana só se viu mais irritada quando Jihyo, se aproveitando da situação da japonesa, impôs cinco regras para ela cumprir.

Sana odeia regras!

Jihyo odeia pessoas que quebram regras!

E é assim que a história começa.

Em Raven, as coisas vão mudar, o ritmo vai se perder e se tornar ainda mais bagunçado, entretanto, tá tudo bem ser problemática, rebelde e essas coisas, as vezes.

Afinal, regras foram feitas para quebrar!

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Como Quebrar RegrasOnde histórias criam vida. Descubra agora