11 - Doce Ilusão

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 Seria interessante começar esse capítulo com uma música de fundo. Enjoy, babies!

Alexander Claremont-Diaz'es Point of View.

~ PLAY NA MÚSICA SUGERIDA (I WANNA BE YOURS - ARTIC MONKEYS) ~

"O que faz aqui?"

Aquilo só podia ser loucura, pisquei seguidas vezes para tentar ver outra pessoa, mas era ele. Henry estava parado frente a minha porta, com o antebraço encostado no portal, usava uma roupa diferente da que estava hoje mais cedo, agora era uma camiseta azul-claro, sobre ele, apenas seu sobretudo negro, aberto. Ele me encarava com a cabeça levemente baixa, seus cabelos estavam desgrenhados e extremamente sexy. Eu o fitei por longos segundos, ele não parecia estar normal, talvez tivesse bebido, só isso explicaria aquela situação.

- Sr. Fox, o que faz em minha casa? – perguntei ainda sem acreditar.

- O que eu faço aqui? Vim atrás de explicações Alex, ou melhor, Gabriel.

No instante em que ouvi aquele nome sair de sua boca, eu senti todo o sangue do meu corpo parar por alguns segundos, para logo correr em minhas veias, bombeando meu coração tão rápido, que podia ouvir suas batidas em meus ouvidos. Eu sentia meu corpo suar, a voz sumir, ele havia descoberto, a única dúvida era: como?

- Como o senhor...

- Não importa como eu descobri – ele foi rápido e firme – Achou mesmo que iria me enganar?

Henry tinha um brilho diferente nos olhos, estavam escuros, ferozes... eu não sabia dizer se era raiva ou outra coisa. Ele se aproximou em passos lentos, me intimidando. Dei alguns passos para trás, até sentir minhas costas baterem contra a parede.

- Eu, eu não tive a intenção, Henry...

- Foi bom? Brincar comigo desse jeito?

Eu não sei o que sentia naquele instante, Henry estava em minha frente com um sorriso diabólico, entrando em um jogo no qual eu não conhecia. O que ele queria de mim?

- Não quis brincar, apenas... aconteceu. - Falei dando alguns passos para dentro do apartamento.

- Aconteceu...- ele repetiu.

Fiquei calado, enquanto ele continuava me olhando daquele jeito que eu não sei dizer se ele queria me matar.

- Você não devia ter feito isso, Diaz, não devia. – ele falou.

Eu sentia que meu coração ia pular pela minha boca a qualquer momento, de tão forte que batia. Eu estava agora encostado atrás da porta (agora fechada), com o homem de olhar destruidor, seu rosto aparentava uma mistura de raiva, ódio, desejo e tesão. Seria possível em meio à tensão eu me sentir atraído por ele?

- Eu sinto muito... – sussurrei.

- Não sinta, não se arrependa feito um covarde. – sua voz era cortante. – Eu vou lhe ensinar a não mentir para mim.

Henry levou as mãos até minha nuca, acariciando o ponto abaixo da minha orelha com o polegar. Ele não tirava os olhos dos meus e sorria maldoso, degustando a sensação de me ver no limite entre medo e tesão.

- Henry... - Sussurrei.

- Shhh! - Seus dedos foram de encontro aos meus lábios - Calado. Acha que vai brincar comigo e sair impune, Diaz? Você não me conhece.

Ele falou tão próximo, que pude sentir seu hálito sobre meu rosto, cheirava a álcool. O loiro me apertava com raiva, engoli em seco quando suas mãos foram de encontro a minha cintura, me puxando para grudar seu corpo no meu.

The Stripper (Alex & Henry - firstprince) - Adaptação Onde histórias criam vida. Descubra agora