The Stripper (Alex & Henry - firstprince) - Adaptação

31 - Confronto

Henry Fox'es Point of View.

"Alex Gabriel"

Não....

Não é possível!

Fiquei ali paralisado, fitando o homem entrar até o perder de vista. Eu fechei os olhos, apertando com força as mãos contra o volante. Uma súbita ira tomou conta de meu corpo, um frenesi de ódio esquentou cada célula ali. Isso só podia ser efeito do álcool, não tinha outra explicação! Eu olhei para ambos os lados, a rua estava escura e vazia e saí do carro. Alex iria me dar uma boa explicação para isso.

Caminhei em direção à portaria, andando de um lado para o outro, tentando me convencer da estúpida ideia de subir e acabar com toda aquela farsa. Olhei entre os vãos da grade, não vendo nenhum sinal de Gabriel. Eu não podia fazer isso, eu não era impulsivo e  emotivo, mas naquele instante, meu corpo gritava por respostas imediatas. Eu não podia, aquele não era eu. Muito pelo contrário, eu era frio e extremamente calculista. Voltei depressa até o veículo que estava do outro lado da rua com a porta escancarada, entrando no mesmo e a fechando com força.

- Idiota! Burro! - Gritei esmurrando diversas vezes o volante do carro.

Eu poderia matar alguém naquele instante com a raiva que me consumia. Fechei os olhos, respirando fundo, deixando que o oxigênio chegasse ao meu cérebro ou, a qualquer momento, eu morreria ali mesmo. Olhei mais uma vez para o prédio onde Alex morava, deixando a ideia de desmascará-lo para depois.

Liguei o carro, dando partida em direção ao meu apartamento. O céu continuava nublado e carregado de chuva, sendo cortado hora ou outra por raios luminosos. Aquela noite não teria como ficar pior. Saí do carro batendo a porta com força, seguindo em direção ao elevador do enorme prédio.

Maldito stripper!

A primeira coisa que fiz ao entrar em casa, foi me servir de uma dose de gim. Tomei o líquido de uma vez, fechando os olhos sentindo-o descer rasgando tudo garganta à baixo, deixando para trás somente a ardência em meu interior.

- Como você pode ser tão burro, Henry?! O filho da puta te enganou esse tempo todo! E ainda fazia o teatrinho de bom moço! Imbecil!

Caminhei em direção ao rooftop do meu apartamento, deitando em uma das espreguiçadeiras no deck. Tudo estava se completando agora... Por isso Gabriel nunca tirava sua máscara para mim, por isso os olhos tão familiares, o corpo tão fodidamente bom, as reações parecidas... meu Deus, que feitiço aquele homem havia jogado sobre mim? Justo em mim?!

Que ódio!

Alex mentiu para mim esse tempo todo... ele não devia, não devia! Como pôde? Ele não sabia com quem havia se metido. Se tem algo que eu odeio é ser enganado. Alex Gabriel brincou comigo durante todo esse tempo, manipulando feito um fantoche da sua pecinha de teatro.

Eu neguei com a cabeça, ainda processando o mundo de informações que passaram a se conectar em mim. Todos os momentos, os beijos, os olhares... Tudo se unindo em uma repleta mentira.

"- O que? Eu não estou fazendo nada, Henry!

- Você me controla com seus atos. Não se anime, eu sou dono de minhas vontades.

- Prove então, faça algo que quer.

Ansiava beijar aquela boca mas a pequena máscara que ele usava atrapalharia minha chance, eu queria vê-lo antes. Levei a mão até seu rosto, para tirar a máscara quando finalmente eu poderia ver seu rosto, mas rapidamente as mãos grandes dele pousaram sobre as minhas, impedindo meu ato.

- Nem pense nisso...- ele sussurrou olhando em meus olhos."

E com o tempo, ele me fez acreditar em sua história. Quantas pessoas já haviam caído em sua rede?