I | Vitrine

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" Há mais perigo em teus olhos do que em vinte espadas."

- Shakespeare.  


PUXO O ÓCULOS DE SOL ATÉ A PONTA DO NARIZ

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PUXO O ÓCULOS DE SOL ATÉ A PONTA DO NARIZ. 

Encaro o vestido preto na vitrine, há um zíper cortando a grife do pescoço até a virilha.

Entro na Louis Vuitton e saiu com tiras da sacola presas na curvatura do braço.

Vou usá-lo no feriado. Penso.

Sigo pelas ruas francesas, alguns homens fisgam seus olhos na minha figura confiante e elegante. Sorrio.

Estou usando um vestido branco quadricular e um par de brincos perolados.

Chego no hotel.

Me jogo na cama e dou um gole no champanhe, eu particularmente não tinha nenhum apreço especial pela bebida. Minha paixão sempre foram os vinhos tintos.

No entanto, o hotel não tinha um gosto refinado para eles, me recusava a experimentas aquelas coisas decadentes que não valiam o preço.

Escuto o som da porta se fechando.

Uma figura alta, trajada em um terno Armani aparece. Seus olhos escuros se chocam com os meus.

— Receio estar atrasado. — Ele diz, olhando de relance o relógio em seu pulso. — Você já está preparada para mim.

Me delicio com a imagem dele tirando o terno, desabotoando a camisa branca. Deixo a bebida no criado mudo.

— Muitos negócios? — Pergunto, beijando seus lábios e dando uma leve mordiscada.

— Sim... — Ele tira meu roupão. — Você é tão bonita.

Ele beija meu pescoço e desce lentamente até meus seios.

Cravo as unhas no seu ombro. Apenas um toque e eu já estou em chamas.

Quando terminamos espero ele ser fisgado pelo cansaço de um longo dia de trabalho.

Digo a mim mesma para ir embora, mas seu corpo quente enroscado no meu e o som da sua respiração faz um sentimento brotar no meu coração, um sentimento que não deveria estar lá.

Isso é um sinal para diminuir a frequência dos nossos encontros.

Eu sou apenas uma bela mulher que frequenta sua cama as vezes; não tenho nome, não tenho nada.

Quando estou no saguão do hotel tiro o anel do bolso e deslizo no dedo. A grande esmeralda cintila.

Está na hora de encontrar meu marido. 

Assassinato em ParisOnde histórias criam vida. Descubra agora