Assassinato em Paris

Epílogo

O ENTERRO ACONTECEU em uma tarde ensolarada, os passarinhos cantavam e as borboletas voavam ao redor.

Gia ia amar.

Emilie chorou e sussurrou confidencias ao caixão da irmã. Alex, por outro lado, apenas deu um breve olhar e jogou uma rosa vermelha.

Sua mãe apenas enrugou o nariz para o caixão e sussurrou:

— Sempre soube que ia terminar assim, Gia. Era uma menininha bonita demais, coisas bonitas não duram muito.

Enrico, ficou o velório todo com uma garrafa de bebida na mão e até tropeçou no caixão da sua amada, desolado. 

O grande homem de negócioa estava uma bagunça, era apenas uma casca vazia agora, apenas um pedaço do homem que foi um dia.

Todos no enterro olharam o homem com pena.

— Gia... — Ele a chama, olhando para sua cova ainda aberta. — Gia.

O vento sussurra: Enrico.

Ele chora. Realmente chora.

Emilie o envolve em um abraço.

— Shiii... Ela está bem agora, do outro lado. Onde só a paz. — Emilie diz. 

Após o enterro da irmã ela caminhou pela cidade francesa, sentindo o mundo se abrir para ela.

Emilie atravessou a torre do triunfo, um monumento conhecido da França, uma representação das vitórias que os soldados do país conquistaram.

Ela havia vencido afinal.

Ficaria com os dois caras da irmã e o dinheiro. 

Não precisava mais carregar o peso da perfeição da irmã. Nunca mais.

Ela ri.

Gia foi uma tola por a subestimar, por meses a fio Emilie lutou com o amor que ainda restava por sua irmã.

Mas seu amor pela irmã foi finalmente para o túmulo quando descobriu o caso que ela tinha com Enrico no coquetel, Alex contou tudo para ela.

Emilie roubou um beijo do amante da irmã. Por sete dias ela definhou na cama, doente pelo amor que não sentia mais por Gia. O amor se foi. 

Só existia ódio agora. 

Em uma noite em Paris, Gia foi aniquilada.

Em uma noite em Paris, Emilie ganhou o mundo.