Capítulo 31

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Eu saio de casa furiosa e bato a porta, começo a andar a rua, e tiro os saltos que me incomodavam, e vou andando simplesmente sem rumo. Eu precisava de ar.

Sinto alguém me puxar por trás e tampar a minha boca.

— Calma, eu nao vou te machucar, por favor me escuta. — Eu sabia que era a Nora. — Eles levaram a Mary Louise, Tessa. Você precisa me ajudar. — Ela falava nervosa.

— Nora, me desculpa.

— Por favor. — Ela começou a chorar.

— Eu não posso. — Falo baixo.

— E se fosse ele? Se capturassem ele? Voce nao iria fazer de tudo pra salva-lo?

— Eu n...

— Eu sei de você e do híbrido. Tessa eu gostei de você desde a primeira vez que te vi, eu te ajudei, POR FAVOR. Me ajude a tirar a Mary Louise de lá, eu sei que ela nao foi muito legal com voce, mas voce vai ter tempo de conhece-la melhor, se fosse o seu amor voce nao faria o mesmo? — Ela falava atropelando as palavras de tão nervosa.

— Eu sei que meus irmãos provavelmente vão me matar. Mas eu vou te ajudar. — Ela me abraça em um impulso me agradecendo.

Esperemos ficar bem tarde, Damon provavelmente dormiria na Elena, Stefan na Caroline e eu sabia onde eles guardavam a chave do porão. Entrei na mansão com a Nora, e a levei até a sua namorada, levamos uma bolsa de sangue para ela. Eu não queria nem pensar quando eles descobrissem.

— Me desculpa Tessa. — Mary Louise diz e eu a olho sem entender antes dela acertar um soco em meu rosto e tudo apagar. 

Eu acordo com uma dor de cabeça horrível e percebo que estou amarrada. Droga. Estou sentada no chao com as algemas de magia e com cordar no braço. Percebo que estou no antigo cemitério e vejo Mary Louise e Nora se aproximarem.

— Me desculpa Tessa, eu juro que não sabia do plano deles. — Nora começa a chorar.

— Eles me prenderam Nora, você não tem que sentir pena dela.— Mary Louise responde sua namorada.

— O que? Mas porque eu to aqui? Me solta Nora.

— Me perdoa. — Ela diz chorando.

— Como assim? Perdoar porque? — Eu pergunto sem entender o que está acontecendo.

— Ela tá se sentindo culpada por isso. — Mary Louise morde o pulso e coloca em minha boca me obrigando a beber enquanto eu me debatia.

— O que você fez? Nora? O que voce vai fazer? — As lágrimas começam a se formar e Lilian aparece com Julian.

— Você vai se tornar uma vampira o que vai te deixar muito poderosa. Elas vão canalizar o seu poder, e dar ao Julian, prometo que não vai doer. — Lilian diz enquanto acende umas velas e pega uma adaga.

— O QUE? MÃE, VOCÊ VAI ME MATAR POR ESSE HOMEM? — Eu gritava nervosa, não queria me tornar uma vampira. — ME SOLTA. — Julian ria com a situação. 

Elas entrelaçam as mãos e começam a fazer algum feitiço na adaga.

— Está pronta. — Mary Louise diz pra Lilian que pega a adaga e vem em minha direção.

— Por favor, não. — Eu chorava. 

— Você é uma menina tão forte desculpa não ter percebido antes. — Ela seca uma lágrima e posiciona a adaga em meu pescoço. — Logo um vulto ataca Julian, era Damon, eles começam a luta.

— Agora Lilian, vai. — Mary Louise grita e Lilian começa a cortar minha garganta devagar.

— Eu sugiro que pense duas vezes, sogrinha. — Ouço a voz de Klaus e ela para com o corte — Nora se vira e na hora que ela levanta a mão para fazer um feitiço Klaus é mais rápido e arranca o coração dela.

— NÃAO. — Eu, Mary Louise e Lilian gritamos ao mesmo tempo. Klaus vem até mim em velocidade, morde o pulso e coloca na minha boca fazendo o corte cicatrizar.

— VOCÊ A MATOU. — Começo a ficar desesperada.

Eu entro em desespero ao ver aquela situação, Damon ainda lutava com Julian e Lilian chorava no chão no corpo de Nora.

— Lily, ainda da tempo, enfia a adaga dela. — Julian gritava para Lilian.

— Tira ela daqui Klaus, leva ela o mais longe possível, eu me viro com esses dois. — Damon diz pra Klaus que me pega pela cintura e me tira dali em velocidade. Logo estávamos de frente pra range rouver preta.

— ME SOLTA, VOCE A MATOU. — Eu chorava.

— Não temos tempo pra isso Tessa. — Ela me puxa pelo braço me levando pro carro e eu puxo meu braço.

— ME SOLTA KLAUS, QUE DROGA, VOCE NAO PRECISAVA MATA-LA, ELA NAO MERECIA. — Eu digo socando seu peito e ele me pega pelo braço novamente. 

— Você pode me odiar o quanto quiser, desde que esteja viva. — Ele me arrasta até o carro com brutalidade, me colocando no banco do carona, entra no carro e sai dali.

Eu choro o caminho inteiro, estou descalças e meu vestido da noite anterior ainda está todo sujo de sangue. Minha cabeça latejava. Klaus perguntou se eu queria parar pra comer e fez outras perguntas, eu ignorei todas, eu sabia que ele estava indo pra New Orleans.

Ele estaciona o carro em frente o quartel e eu abro a porta do carona e saio do carro, entramos no pátio, já estava amanhecendo.

— Klaus, porque o Stefan nao estava com voces?

— Acabou a greve de silêncio?

— É Sério? Voce queria que eu te agradecesse por ter matado ela?

— Se eu pudesse voltar eu nao faria diferente, ELA IA TE MATAR, ELA IA TE TRANSFORMAR EM UMA VAMPIRA, EU MATO QUALQUER PESSOA QUE OUSAR TE MACHUCAR, VOCÊ GOSTANDO OU NÃO ESSE É O CONTROLE QUE VOCE TEM SOBRE MIM, TESSA.

— VOCÊ MACHUCA AS PESSOAS QUE EU GOSTO. VOCE ME COLOCA NUMA POSIÇAO ONDE EU TENHO QUE TE DEFENDER OUTRA VEZ, ONDE EU TENHO QUE DISTORCER MEUS PRINCIPIOS OUTRA VEZ, ONDE EU TENHO QUE IR CONTRA TUDO QUE EU ACREDITO OUTRA VEZ, PORQUE EU TE AMO. — Eu não pensei, o eu te amo simplesmente saiu.

— ENTAO PARA DE AMAR TESSA.

— NÃO DÁ.

— Esse é o problema, nós não damos certo.

— Eu sei. — Eu digo e nós dois ficamos nos encarando.

Klaus me puxa pela cintura e começamos a nos beijar. Era um beijo rápido como de costume, ele aperta minha cintura e a outra mão vai pro meu cabelo. Paramos o beijo por falta de ar e eu sorrio, ele segura meu pescoço com as duas mãos.

— Você me pertence, Tessa Salvatore. — Ele diz e me da um selinho.

E a minha noite terminou na cama dele... 

Tessa SalvatoreOnde histórias criam vida. Descubra agora