A vida seguiu sem o Klaus. Rebeka viajou e Elijah me ligou querendo me encontrar, pensei bastante antes de aceitar mas aqui estou eu, indo encontrá-lo no gril. Eu fiquei muito magoada mas, acho que ele merece uma chance de se explicar.
Entro no Gril e lá está aquele homem elegante, com seu terno e de 7 mil dólares, ele dá um sorriso terno ao me ver.
— Tessa.. — Ele vem em minha direção e me abraça mas eu continuo imóvel. — Vem, vamos sentar.
Nós sentamos e pedimos uma bebida. A gorçonete vai embora e Elijah corta o silêncio.
— Tessa, eu sei que não tenho o direito de pedir isso, dói em mim tudo que nossa família te causou. Mas me perdoa. — Ele olha em meus olhos.
— Elijah você me fez uma promessa, que essa mulher ia sofrer, que ela ia implorar pela morte e ela está viva.
— E sofrendo. Tessa a morte é pouco para ela, pelo que ela fez com você. E é impossível fazer o Niklaus mudar de idéia, você sabe disso. — Ele diz e eu respiro fundo. — Ele sofreu muito, ele se culpa todos os dias pelo que aconteceu.
— Elijah, vocês me abandonaram quando eu mais precisei. Eu matei pessoas, eu.. Foi muito difícil. — Eu abaixo o olhar.
— Ei. Passou. — Ele passa a mão em meu rosto. — Você vai se tornar a melhor médica do País. — Eu sorrio. — Eu fiquei tão feliz de saber que você esta seguindo a vida. Que quis cursar medicina.
— Eu quero trazer crianças ao mundo.
— Você é o melhor ser humano desse mundo Tessa, você é a redenção que sempre busquei no meu irmão.
— Redenção? Ele me abandonar no meu pior momento é uma coisa boa?
— Não seja tão dura, você viu ele demonstrar piedade, e foi por você.
— Não quero falar do Klaus, vamos falar de Hayley?
— É complicado — Ele rir.
Passamos a tarde conversando e eu fazendo planos para quando me formar. Elijah era como se fosse um pai pra mim, e eu o amava, no fundo eu sabia que foi o melhor ele ficar ao lado de Klaus, o Klaus precisa dele.
Me despedi de Elijah e fui caminhando para casa distraida e mexendo no celular.
— Oi Tessa. — Eu escuto a voz de um homem e não reconheço quando me viro encaro a figura de Tristan mas não tenho tempo de reagir, ele em um movimento quebra meu pescoço.
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Despertei devagar, minha cabeça doía e quando percebi eu estava amordaçada e com duas estacas de madeira prendendo minha mão em uma mesa. O pano em minha boca queimava meu rosto e eu deduzi que tinha verbena.
— Tessa, que bom te ver. — Eu pisco várias vezes para ter certeza de quem eu estava vendo em minha frente. Aurora.
— Eu pensei que você não fosse durar uma semana, mas até que durou demais como vampira. — Eu tento gritar e as lágrimas começam a se formar em meu rosto. Ela vem até mim e tira o pano da minha boca.
— Sua louca, você acha mesmo que o Klaus não vem atrás de mim? — Ela me dá um tapão na cara e meu rosto vira pro lado.
— Ele já deve estar a caminho. Eu vou terminar o que eu comecei mas eu faço questão que ele assista. — Ela dá uma risada diabólica.
— Você acha mesmo que depois de me matar ele vai ficar com você? — Eu digo e ela vem em minha direção e puxa meu cabelo.
— O Nik jamais vai voltar pra mim, depois de eu ter transformado a preciosa Tessa em uma vampira. — Ele diz fazendo biquinho, que mulher louca. — Mas ele também não vai ter você, pelo que ele fez comigo, ele vai acordar todos os dias sabendo que você está morta.
— Aurora você não precisa fazer isso. — Eu digo entre choros. — Eu juro que nunca mais vejo o Klaus. — Ela começa a rir e roda a estaca que está em minha mão me fazendo gritar de dor.
— Agora eu entendo porque o Nik gosta de você. — Ela puxa meu cabelo mais uma vez e me encara. — O problema é que o meu respeito por você é encoberto pelo meu ciúme um tanto infantil. Então eu acho que chegamos ao inevitável, você não acha meu amor? — Quando ela diz isso e solta meus cabelos, meus olhos se encontram com aqueles par de olhos azuis.
— Para com esse jogo. — Klaus diz sério.
— Não Nik, você corre o risco de perder o grande amor da sua vida. Eu. Se tirarmos ela do caminho, eu não tenho motivos para ter ciúme.
— Aurora, você não acredita que ela significa alguma coisa pra mim?
— Eu to vendo Nik, o meu medo nos seus olhos. — Ela diz e Klaus trava o maxilar. — Você ama mesmo essa garota? — Ela tira as duas estacas que estavam em minha mão me levanta e enfia a mão no meu peito e eu grito de dor.
— Pobre menina frágil, foi uma pena você ter envolvido ela nisso, ela aperta meu coração e eu já não consigo respirar direito.
Vejo Hayley chegar em velocidade de empurrar Aurora pra longe de mim, começo a respirar com dificuldade e Klaus vem até mim e segura meu braço, e me olha com tristeza, ele tira a mordaça de verbena que estava em minha boca. Hayley e Aurora lutam no chão. Klaus pega um pedaço enorme de madeira e quebra no joelho e vai andando até as duas.
— Deixa que eu vou matá-la. — Ele diz e Hayley a segura pelos cabelos.
— Eu pensei que o sofrimento eterno era o que você merecia. — Ele diz começando a enfiar a mão no peito dela. — Mas o mundo vai ficar bem melhor sem você. — Ele arranca o coração dela em um movimento só, depois segura o seu rosto e começa a apertar os seus olhos até começarem a sangrar.
— Klaus já chega. — Hayley diz assustada com o ódio que ele estava. — Klaus para. — Hayley pedia mas Klaus parecia não ouvir.
— Klaus. — Eu finalmente crio coragem para chama-lo e ele me encara com um olhar perdido, todo sujo de sangue, ele se levanta e vem até mim.
— Me perdoa. — Ele põe a mão em meu rosto. — Ela nunca mais vai te fazer mal, me perdoa. — Eu recuo e tiro as mãos dele do meu rosto e ele me olha confuso.
— Eu vou embora. — São as únicas coisas que eu digo.
— Você não vai sair daqui assim, você vai pra casa comigo.
— Eu não vou à lugar nenhum com você. — Eu grito e ele pega meu braço.
— Klaus solta ela. Deixa que eu à levo pra casa. — Hayley diz.
— Isso não é hora de demonstrar a força das mulheres. Ela passou por muita coisa hoje. — Klaus responde irritado.
— Exatamente, ela morreu porque entrou no mundo dos Mikaelsons, você não entende? Tudo que ela passou hoje foi porque você entrou na vida dela. — Hayley se altera um pouco e Klaus fica sem resposta e solta meu braço devagar.
— Vem Tessa, eu te levo pra casa. — Hayley passa a mão pelo meu ombro e me ajuda a sair de lá.
Entramos no carro de Hayley, me aconcheguei no banco e peguei no sono quase o caminho inteiro. Hayley estaciona em frente a casa dos meus irmãos e já é noite.
— Eu sinto muito pelo que você passou, Tessa.
— Eu pedi ela morta e ele não teve coragem de matá-la, ele sabia que mais cedo ou mais tarde ela ia dar um jeito de acabar comigo.
— Tessa, o Klaus pode ser muitas coisas. Mas ele ama você, ele só não sabe demonstrar as vezes, e foi por isso que ele matou a Aurora daquele jeito. Foi a primeira vez que eu vi medo no olhar de Klaus Mikaelson.
— Ele deixou bem claro o amor dele quando me abandonou. — Eu respiro fundo. — Obrigada Hayley. — Dou um abraço nela e saio do carro.