Capítulo 3

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— Poderíamos...- Eu estava prestes a sugerir quando Jack me rouba um selinho e depois volta a me olhar como se nada houvesse acontecido.

— Hm...o quê você ia dizendo? - Pergunta sonso e eu recolho minha expressão paspalha.

— Não sei...- Digo sem muitas ideias de repente.

— Poderíamos ir à festa. - Ele diz prático e genuinamente animado e eu estava pronta para recusar.

— Vamos, não será ruim! - Ele diz pegando em minha mão e me levando com ele sem esperar respostas.

Passamos por corredores quase desertos e chegamos a uma festa super animada e simples, acolhedora. Lembro dela no filme.

Jack me gira e alguém segura minha mão me puxando para outro lado, minha mão se solta da de Jack.

Eu estava nos braços de um jovem homem alto e bem musculoso, ele me colou ao seu corpo, tinha o sorriso sedutor e simpático, ele dançava com delicadeza e agilidade, era uma espécie de tango e jazz animado, não compreendi mas dancei.

Logo éramos entretenimento ou incentivo para outros, era notável que aquele homem negro era pertencente à primeira classe, mas se divertia livremente como todos ali.

Para minha surpresa, na troca de par, quem veio parar em meus braços foi Rose, e seu parceiro anterior era Jack, vagabundo...

— Não acredito que consiga dançar isso! - Ela diz receosa minhas mãos na sua cintura e seus braços em meu pescoço.

— Ah, então deixe comigo! - Digo animada e logo a giro é puxo de volta para mim, conduzindo a dança. Ela rapidamente aprendeu e começou a se divertir, na torça de pares eu saio da roda de dança, Rose até tentou me seguraras escapei facilmente.

Me sento na mesa ao canto ao lado de uma senhora que bebia observando tudo.

— E esse whisky presta? - Perguntei sem formalidade.

— Definitivamente não.- Ela diz de imediato rindo me passando um copo vazio.

— Então eu quero! - Respondi animada pegando a garrafa e enchendo meu copo.

— Sabe, meu marido está dormindo, se negou a vir comigo pois disse que eu bebo muito depois de jantar! - Ela diz irritada, bêbada.

— Oras, e qual é o problema? - Pergunto indignada e ela me olha de olhos arregalados.

— Pois é! Eu também pensei isso, aquele velho rabugento! - Ela diz enchendo o copo de novo e enchendo o meu que eu já havia esvaziado.

— Quer dançar? - Pergunto me pondo de pé e ela ri ousada.

— Claro! - Aceita de imediato, se levantando trazendo o copo consigo.

Minha parceira de dança era baixinha delicada e animada, dançamos muito enquanto bebíamos.

A velhinha girava mais que pião enquanto eu a conduzia, e rapidamente pegou o gingado sensual brasileiro que eu ensinei, fiz uma amiga, essa que foi levada pelo marido rabugento me deixando de pista.

— Oi linda. - Um homem branco da minha altura me puxa com brusquidão pela cintura. Ele tinha fios escuros e ondulados, e um porte atlético.

— Olá.- Digo simpática e sorridente, bêbada.

Ele parecia saber o quê estava fazendo enquanto me puxava pelos corredores, então deixei.

Eu estava agora em um dormitorio da terceira classe, ele abria meu vestido e beijava meu pescoço.

A porta estava destrancada, outro homem entra minutos depois o ajundando a me despir, eu estava apenas de lingerie, eles eram bruscos e eu estava com fome e com tesão.

Nadar no Titanic nunca foi uma meta!Onde histórias criam vida. Descubra agora