Capítulo 1

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Eu estava assaltando aquele banco enorme e luxuoso, sozinha.

A cidade era turística, mas eu não estava ali pra isso.

Antes eu morava no Brasil, fiz faculdade e morri de exaustão depois de cinco meses atuando na área que cursei...isso aí que você leu mesmo, morri.

Dai eu ressuscitei no necrotério, imagine a felicidade dos agiotas com quem peguei dinheiro pra pagar a faculdade!?

Eu sai de casa aos dezoito, comecei a faculdade com dinheiro emprestado, não tinha juros, eu aproveitei.

Eu terminei a faculdade de artes toda fodida e fiz alguns cursos, quando morri, voltei achando que era alienígena.

Me estabeleci depois de inventar desculpas pra minha morte não morrida.

Pro meu azar, eu não era alienígena.

Era algo pior, mas eu ignorava, eu podia comer normalmente, mudanças como super força não é bem assim, eu era no mínimo cinco vezes mais forte que um homem treinado que frequenta a academia até com a alma, mas eu não era capaz de erguer um avião ou parar um trem.

Sobre a velocidade, eu não era the flash, mas desviar de balas não era difícil, meus sentidos e características físicas eram como eu disse, no mínimo cinco vezes mais que um ser humano treinado.

Os cabelos ficaram pretos com pontas vermelho sangue que independente da altura que eu cortasse: duas semanas depois eles cresciam até a altura da minha bunda.

Meus olhos castanhos que pareciam beirar um vermelho escuro ao invés de castanho.

O fato de até os pelos do meu braço terem desparecido era incômodo, me sentía um peixe sem escamas.

Claro que era conveniente não ter pelo nas áreas íntimas, nem no rosto, ah e as espinhas e coisas assim desapareceram.

Eu era maravilhosa antes de morrer, depois que morri fiquei uma deusa.

Com um e setenta de altura e um corpo curvilíneo, firme e suculento.

Meu narcisismo gritava sempre que eu me olhava no espelho, minha vontade de ter um clone só crescia.

Sobrancelhas arqueadas desenhadas naturalmente, nem grossas, nem finas. Nariz afilado e arrebitado, era pequeno, dando mais foco na minha boca, o tom natural que lembrava morango, carnuda e meio larga, os cantos levemente inclinados para cima apenas acrescentava mais charme.

Era como se eu fosse moldada para seduzir, e eu não estava me gabando, era um pouco assustador.

Enfim, depois disso comecei a vender e as vezes doar meu cabelo, a divida eu paguei.

Os anos pareciam passar voando e a minha aparência travou nos vinte e um.

Percebi que teria que arrumar dinheiro de outras formas.

Trabalhei em casas noturnas como stripper, dançarina de pole dance, garçonete, professora.

Mas então começaram os que se fissuravam na minha aparência, stalkers, comerciantes ilegais... Decidi ir por um melhor trabalho.

Mas quando vi que mesmo que gostasse de artes marciais, sería injusto seguir profissionalmente por este caminho, afinal, eu não era humana, então desisti.

Quando tentaram me sequestrar pela primeira vez no Brasil eu os quebrei na porrada, mas días depois vinham outros.

Por não fazer certas coisas como devido, eu ficava extremamente fraca as vezes, isso era perigoso se permitir já que minha rotina estava perigosa.

Nadar no Titanic nunca foi uma meta!Onde histórias criam vida. Descubra agora