Baile

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Sigla dos personagens:

El - Emanuelly Lombardi 

Jm - Park Jimin

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Mesmo que nada impactante tivesse ocorrido na vida de ambos os dois conseguiram passar uma tarde inteira juntos conversando sobre tudo e nada ao mesmo tempo, era incrível como ambos conseguiam falar sobre qualquer coisa sem ocorrer aquele silencio desconfortável e nem mesmo a diferença de idades os impedia de expressar seus sentimentos e pensamentos. Era realmente a definição perfeita de uma amizade perfeita. Jimin e Emanuelly ficara nesse bate e papo até dar o horário de fechar a confeitaria, apenas davam uma pausa quando entrava um cliente, mas se pudessem ficaram conversando até suas lingas torcerem e a boca secar. A mulher até mesmo ajudou Jimin a organizar sua cozinha e também lhe foi apresentada as novas receitas que estavam sendo fabricadas, Emanuelly tinha um bom tato gastronômico para comidas e chefes e se Jimin investisse esse talento em algo mais profissional a Lombardi tinha certeza de que ele se tornaria um chefe confeiteiro renomado. Quem sabe no futuro ela poderia ajudá-lo nisso?

A conversa estava boa, mas Emanuelly já estava sentindo seu telefone vibrando pelas mensagens furiosas de seu marido e filho, então não poderia ficar mais tempo, mesmo querendo muito. Quando terminou de ajudar na cozinha foi guiada por Jimin até a entrada da loja, conseguia até mesmo ver seu motorista bem ao lado do carro, nada discreto, na rua vazia. A porta já estava aberta quando sua mente estalou em uma lembrança, colocou sua mãe num dos bolsos de sua bolsa e tirou um envelope preto com detalhes em dourado, e qualquer um poderia dizer que não era uma imitação.

El – Querido, antes de ir embora eu tenho algo para te entregar. - fala Emanuelly se virando para Jimin segurando o envelope – Todo ano no meu aniversário de casamento eu e meu marido fazemos um baile, mas por causa da internação e dos meus problemas de saúde tivemos que adiar a festa. Mas agora eu saí do hospital e estou melhorando a cada dia poderemos fazer o baile, e como meu amigo eu estimaria muito se você comparecesse como meu convidado de honra.

Jm – Eu não sei se posso aceitar. - fala segurando o envelope sofisticado - É um momento particular seu e da sua família e não quero atrapalhar, além do mais, eu nem tenho dinheiro para comprar uma roupa tão chique quanto esse baile pede. - fala meio envergonhado, Jimin preferia gastar todas as suas economias na confeitaria e por casa disso não tinha muitas coisas pessoas, como, roupas chiques.

El – Oh querido, eu não me importo nem um pouco com isso. - Emanuelly segura as mãos de Jimin com carinho – Eu não tenho muitos amigos, mas agora eu tenho você e apenas de você comparecer já me faria muito feliz. E só pra acrescentar esse baile é bem mais político do que um encontro casual. - sussurra a última parte – Por isso eu amaria que você comparecesse e nem precisa se preocupar com a roupa, eu mesma faço questão de comprar uma para você.

Jm – Eu não posso fazer você gastar dinheiro atoa comigo por causa de uma roupa. - fala Jimin ainda mais envergonhado, não gostava quando as pessoas gastavam dinheiro com sigo.

El – Olha, eu sei que é um evento grande e você tem que pensar bastante nisso antes de aceitar, mas se lembre de uma coisa, não me importa nada com essas coisas chiques apenas com a nossa amizade. - fala a mulher com um tom carinhoso – E até que seria legal poder te comprar roupas novas, seria como sair em uma noite de amigos. Agora eu tenho que ir, mas pense bem na sua resposta. O baile só vai acontecer no mês que vem e vai ter tempo de sobra para pensar em sua resposta. - termina de explicar - Até logo querido.

Sem estender mais aquela conversa Emanuelly sai da loja e entra no carro luxuoso indo direto para sua casa, deixando Jimin para trás segurando aquele envelope chique sem saber o que fazer. Jimin não sabia o que fazer e nem como responder a aquele convite, foi como se tivesse entrado no modo automático, assim terminou de organizar e fechar a confeitaria e logo percorreu um caminho para sua casa. Nem sequer percebeu quando se sentou em seu sofá e ficou encarando a parede branca da sala.

Uma parte de si queria aceitar esse convite e aproveitar um baile choque junto de sua amiga, sentia que seria divertido mesmo com pessoas esnobes e com cara feia, mas por outro lado estava com medo de ser atacado como no episódio do hospital. Outra parte sua, a mais pessimista, sabia que se pisasse seu pé naquele lugar recheado de burgueses com montanhas de dinheiro, podendo até mesmo limparem seus traseiros da classe média, seria julgado e pisoteado como uma barata que acabou de sair do esgoto mais imundo possível. As vezes se pegava pensando em como se tornou amigo de uma mulher tão requintado como Emanuelly, enquanto si mesmo era tão desfavorecido.

Queria aceitar o convite e ver a felicidade estampada na face levemente enrugada da mulher, mas não queria ser julgado apenas por não ser um herdeiro ou homem de negócios bem renomado como muitos que iriam. Aquele seria um momento especial para o casal Lombardi e não poderia estragar a felicidade de Emanuelly não indo ou ficando com uma cara feia pela festa inteira. Pelas conversas que tinham a mais velha não tinha outro amigo que não fosse Jimin e saber disso já o fazia se sentir honrado de portar um título como esse de uma pessoa tão incrível, e como qualquer outro amigo iria querer dividir esse momento com um companheiro.

Ao menos para sua sorte tinha um mês pela frente para decidir sua resposta, teria muito o que pensar, os pros e contras, antes de falar a resposta definitiva para Emanuelly. Qual seria sua resposta no final das contas? Nem Jimin sabia. 

My real family is the MafiaOnde histórias criam vida. Descubra agora