「Reconciliação」

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♪ Ouça Dead To Me de Kali Uchis para ler este capítulo ♪
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Mia tentava sair dali com todas as suas forças, o corpo pesado de Alice dificultava qualquer movimento, não estava morta, sua respiração esquentava a orelha da CEO, logo a mulher foi puxada e Matarazzo finalmente conseguiu se sentar, respirar e tentar entender o que estava acontecendo, os seguranças haviam nocauteado a agressora e estavam levando, uma enfermeira veio prestar socorro e a morena negou.

- Não quero curativos, quero justiça. Essa doida precisa ser detida, e se esse trauma afetar a recuperação da Alexa? E se a machucou? Se ela morrer eu vou... - Você está entrando em espiral, pare. Matarazzo respirou fundo, várias vezes, retomando o controle. Se levantou, lentamente, se esquivando das pessoas ali presentes e saindo do quarto. - Estou indo até a delegacia prestar queixa.

Os eventos passados ainda eram um borrão, Mia não entendia porque se encontrava tão perturbada com tudo, não deveria ligar tanto assim para Alexa, quem era ela em sua vida? Quem era Roxy em sua vida? Quem era Alice em sua vida? Matarazzo notou que estava dando importância demais a pessoas fúteis, antes de terminar seus pensamentos, chegou a delegacia e viu uma comoção, policiais, peritos, fotógrafos e uma "fofoca": alguém tinha sido morto no StripX, um policial disfarçado escutou um disparo, porém ao entrar no local, só o corpo de uma jovem estava estirado na cama, numa poça de sangue que começava na cama e gotejava no chão, era recente. Matarazzo se odiou por se preocupar e pensar que poderia ser Roxy, contudo estava terminada de que não iria mais se apegar a alguém que não conhecia o suficiente, por um momento uma onda de bom senso a tomou, e se ela estivesse no clube quando aconteceu? E se os paparazzi a fotografassem saindo de lá? E se informações fossem vazadas? O que seria da MINCE? Pare de pensar assim, faça o que veio para fazer e volte para casa.

- Quero prestar queixa contra uma pessoa.

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P.O.V Mia Matarazzo

Dias se passaram sem resposta, eu já não a visitava mais, não sabia como entrar e pedir para vê-la, sabendo que se estava naquele maldito hospital, era culpa minha. Foram dias de tortura, me afogando em trabalho. Tomei as rédeas de setores os quais não eram minha preocupação, porém precisava manter a cabeça ocupada. Foram reuniões com novos escritores, renovações de contratos, cancelamentos, campanhas de marketing, uma noite de autógrafos, o trabalho que levaria três ou quatro meses para se consolidar, foi feito em duas semanas, não conseguia esperar a demanda dos funcionários e tomava tudo em minhas mãos, pode ter sido egoísta por um lado, pelo menos, ganharam umas folgas bastante espaçadas. Depois do encontro com Isabel Azevedo, a mais nova autora de sucesso com sua saga de livros de romance adulto, me sentei no sofá preto da sala de Alexa, estava bagunçada, eu precisava arrumar, Rojas jamais deixaria suas coisas desorganizadas, outra coisa que era culpa minha.

Após duas horas limpando, descartando, arquivando e organizando tudo, me sentei na cadeira de escritório, me reclinei e vi que o sol havia nascido, mais uma noite naquele enorme prédio, longe de casa, não consegui voltar desde então, mesmo que não houvessem vestígios do ocorrido, graças á eficaz equipe de limpeza, minhas memórias ainda me perturbavam, finalmente meu celular tocou. Hospital Regional de Los Angeles. A notícia que eu esperava? Ou a que eu NÃO queria receber?

- Alô?

- Bom dia, aqui é do HRLA, falo com a senhorita Mia Armani Matarazzo?

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