「✦ StripX ✦」

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Ouça Feel It de Michele Morrone para ler este capítulo

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Que o StripX poderia ser responsável por um turbilhão de emoções não é segredo para ninguém, mas o que realmente acontece dentro do clube mais cobiçado de Los Angeles é a história mais confidencial que já foi contada.

Eu fui convidada para ser a dançarina principal da Goddess's Night, nunca havia conseguido pôr os pés naquele lugar antes disso e afirmo que foi o maior choque da minha vida.
Apenas a alta sociedade tinha acesso ao StripX, pessoas mais comuns ficavam no cassino. A entrada era marcada por seguranças conferindo nomes e anéis sendo distribuídos com os naipes das cartas de baralho. Ouro, significava que a pessoa estava ali apenas para apostar. Espadas, ela iria apostar e aproveitar o show. Copas, a pessoa estava preparada para a melhor noite de prazer de sua vida. E por fim, todos os naipes, impossível de se pagar, apenas a elite conseguia desembolsar dez mil dólares naquele anel tão precioso e único. E eu era a dona de quem os possuía.

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Era hora. Pode-se imaginar que um show de strippers é algo vulgar e sem sentido, que dormimos com todos que atirarem uma nota verdinha aos nossos pés, talvez em clubes menores, mas neste, o show era realmente um show.

O tema da noite era "A beleza dos anos 80", minha roupa principal era um body de látex vermelho sangue, com uma cortina de strass de adorno em volta dos seios e luvas de látex da mesma cor, por cima disto, uma camisa branca comum, saia preta, saltos de 30 centímetros, joias, perfume e minha maquiagem, uma máscara para esconder minha verdadeira imagem.

Entrei no círculo, no escuro, ouvindo assobios e aplausos, o fogo se acendeu no chão, era o meu momento de brilhar, dançar dentro de um círculo de fogo, para deixar claro que eu era o rubi da noite, intocável, ainda sim tão desejável. Tirei a camisa, botão por botão, enquanto deslizava pela barra de pole dance, meus olhos fixos no fundo da plateia, não gostava de contato visual, a calça foi a próxima a ser queimada, eu me sentia uma deusa, almejada e intocada, os aplausos e elogios eram ensurdecedores, eu tinha total consciência de quem era Roxy, e os presentes também.

Minha apresentação durava seis minutos e alguns quebrados, o tempo de duas músicas, tempo suficiente também para que as apostas fossem aumentando cada vez mais por uma noite comigo, mal sabiam que o preço final era impossível de se atingir, sempre que alguém apostava um valor mais alto, um dos infiltrados apostava o dobro, até todos perderem o máximo de dinheiro possível, pelo menos até aquela noite. Seis milhões de dólares, era o número que tínhamos, faltando segundos para que eu me retirasse, ouvi uma voz feminina, firme:

- Dez milhões de dólares, em dinheiro. — As pessoas se aquietaram, a música acabou, eu fiquei perplexa, sai do palco atordoada, seria a primeira vez em que eu teria que realmente dormir com alguém e aquilo não estava no meu contrato.
Lena me esperava do outro lado da cortina com meu roupão, parecia tão atônita quanto eu.

- Nunca atingimos esse valor numa única noite... Você deve mesmo ser especial, Roxy.

- Talvez seja meu fim...

Subi para a Pleasure Suite, o quarto mais importante do StripX, enorme, itens de veludo, luzes vermelhas, roxas, três pole dances, música, piscina, ofurô e a famosa Cama de Espinhos, que era uma cama king size, envolta por barras de metal preto, simulando uma cadeia. Quando entrei, a mulher me esperava de costas para a porta, em pé, observando os pole dances e com um copo de alguma bebida escura, talvez Bourbon, ela batia sua unhas pretas no vidro, aquele tilintar me causava arrepios. O som da porta se encostando foi suficiente para que ela se virasse e que mulher era aquela?
O vestido preto de lantejoulas curto com uma fenda na coxa ornava perfeitamente com o cabelo de mesma cor cacheado e olhos cor de mel, seus saltos pareciam facas afiadissímas e seus olhos sobre mim... Me atormentariam para sempre.
- A famosa Roxy. Motivo da minha vinda repentina para Los Angeles. - Seu sotaque era forte, carregado, parecia ser latina, assim como eu.
- Saiba que não durmo com clientes. Meu trabalho é no palco.

- Vamos ver se vai se sentir assim até o final da nossa brincadeira.

A mulher se aproximou de mim em passos lentos, cada vez mais seu perfume me envenenava, lutei contra o impulso de recuar, afinal, era meu trabalho, apenas desviei e fui em direção ao mini palco, a música suave, Michele Morrone, eu deslizava entre as barras de pole, notando que ela havia se sentado na poltrona de couro preta a minha frente, o led roxo criava um contraste magnífico. Quando a música se encerrou, arqueei meu corpo para cima, me sentando a sua frente, na beira do palco.

- Uau, você é simplesmente, uau. Vem cá, senta aqui. - A mulher deixou o copo na mesinha de vidro ao lado e passou sua mão pelas pernas, indicando que eu me sentasse, obedeci. Ela devorava meu corpo com os olhos. - Você é, de longe, a mulher mais magnífica que já vi, dez milhões não são nada comparados a...
Colei meus lábios aos dela, apesar de linda, milionária e tudo, era uma insuportável, falava só de dinheiro e do meu corpo, que inferno! Deslizei meus dedos pelo seu cabelo, fazendo questão que puxá-los levemente, mostrando quem estava no comando, certamente isso não alegrou a Senhorita Chefona, que tratou de apertar minha cintura com uma mão e deslizar a outra pelo meu corpo, sentia a pressão e o calor pelos meus seios, abdômen e finalmente na virilha, ela passeava por ali, como se pedisse permissão, eu não queria permitir, contudo, após gemer contra seus lábios com a excitação do momento, a mulher tomou como uma afirmativa, tratou de massagear e brincar comigo, não demorou muito para que seus dedos estimulassem meu clitóris, era irritante o quão boa ela era. Se só uma mão é isso, a boca então... Por um instante me deixei levar, mas eu não poderia, não era uma stripper que dormia com clientes e isso jamais mudaria, tirei sua mão delicadamente de mim e distribui beijos pela mesma, as marcadas do pouco de batom vermelho que restava em minha boca ficavam ali como um território, eu me sentia confiante em marcá-lo.

- Já disse e irei repetir, eu não durmo com clientes.

- Oh não, querida, dormir é para velhos e cansados, eu gostaria de te foder, aqui mesmo, depois naquele palco, naquela cama, até no ofurô. - Sua voz firme e os beijos em meu pescoço eram definitivamente tentadores demais, eu imaginava sua boca me chupando com gosto e... - Eu sei que você quer, está molhada para mim.

- Não seja tão convencida senhorita...

- Mia, pode me chamar de Mia.

- Mia. Só estou aqui porque a senhorita resolveu gastar rios de dinheiro.

- Para você, Roxy, só para você.

- Espero que tenha realizados seus sonhos, seu tempo acabou. - Falei perto de seus lábios e ameacei sair de seu colo.

- Sem um beijo de despedida? - Mia passou seu braço pela minha cintura e me puxou de volta colando meu tronco ao seu, fazendo com que nossos corpos se mexessem juntos, insuportavelmente gostoso, devo admitir, separei o beijo com selinhos, descendo minhas mãos aos seus seios.

- Talvez da próxima vez... - Não terminei de falar e fiz a minha saída triunfal, deixando aquela beldade de mulher para trás, metade desejava que não houvesse uma próxima vez, a outra berrava por isso. - Não cai nessa Alexa, caralho...

Isso encerrava mais um dia no StripX.

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