StripX (+18)

「Favores」

P.O.V Mia Matarazzo

♪ Ouça I Know You de Skylar Grey para ler este capítulo ♪

▶︎ •၊၊||၊|။|||||||• 0:10

⟡ ⟡ ⟡

Quem é você? Quem é você? Quem é você? Quem é você? Quem é você? Quem é você? Quem é você? Quem é você? Quem é você? Quem é você? Quem é você? Quem é você?
Mia entrou no carro, cravando suas unhas no encosto do banco da frente, seus pulmões pareciam desesperados por oxigênio, por ar, seu coração parecia desesperado por... Uma resposta. As luzes da cidade passavam pelo seu rosto, iluminando-o de todas as cores, evidenciando seu sofrimento e ao mesmo tempo, sua culpa... Não se sentia orgulhosa do lugar ao qual estava indo, mas precisaria tirar aquela história a limpo, precisava acalmar sua mente para fazer valer seu coração.
- Chegamos, senhorita Matarazzo. - Chase disse baixinho, como se tentasse não incomodar o surto mental ao qual Mia se encontrava, ela desceu do carro cambaleando, mesmo sem ter bebido uma gota de álcool e adentrou o StripX.

A música, o cheiro de erva, essências, bebidas, perfume, sexo, era inebriante, feito para prender quem quer que entrasse dentro daquele covil, a CEO reconhecia cada tática, porque sabia que havia caído em todas. Strippers, toy boys, garçons circulavam como gatos na noite escura, esguios e na ofensiva, por sorte, ou azar, todos desviavam de Matarazzo, a mulher conseguia abrir o caminho no meio do mar de pessoas, chegou até a beira do palco, sua pulsação estourando os ouvidos, contou até cinco e olhou para o palco...

⟡ ⟡ ⟡

P.O.V Edgar

- Em resumo, ela está apagadona no hospital e aquela milionária não sai de perto, nem deixa ninguém chegar perto também, é isso, chefe.
Desliguei o celular com ódio, poderia jogá-lo contra a parede se ainda não estivesse pagando as parcelas, por que Alexa tinha que ter se envolvido com a vagabunda da Mia Matarazzo? Uma desgraçada como ela poderia colocar meu estabelecimento em perigo, garota imprudente, deveria ter pensado duas vezes antes de salvá-la daquele traficante.
- Heloísa, preciso que você vá atrás dessa pessoa aqui, nesse endereço. Fale que Edgar está cobrando o favor, e vá rápido! - Entreguei o papel com nome e endereço de um dos meus vários devedores a garota esguia a minha frente, boa menina, mas não era material bom para o StripX.
- Sim, senhor.
Subi até meu quarto privativo e sentei na cama, passando as mãos pelos cabelos e olhando meu reflexo no espelho a frente, precisava pensar num bom plano de evitar que Mia e Alexa de tornassem próximas demais, ou que a sagacidade daquela CEOzinha de merda me colocasse numa fria, era óbvio que muitas coisas dentro do clube eram ilegais, contudo, era problema meu e de quem o frequentava, não é como se estivéssemos sequestrando clientes. Tirei os óculos escuros, jogando-os na cama, não demorou muito até que a porta fosse aberta com cautela e Heloísa entrasse, com a cabeça baixa, passos quase silenciosos.
- Qual foi a resposta dele, bebê?
- Está tudo certo, o plano vai ser executado como o senhor mandou e já está em preparação... - Notei que ela tremia, as bochechas vermelhas, será que sabia o que aquilo tudo significava? Seria uma noite interessante...
- Parabéns, você é excelente no que faz. - Passei meus dedos pelos seus longos cabelos loiros, tão claros que pareciam fios de ouro, os olhos se assemelhavam a cor prata dependendo da iluminação, ela sempre sabia o que fazer, aos poucos foi se ajoelhando no chão e direcionou suas mãos até a braguilha da minha calça, abrindo os botões e o zíper com cuidado, deixando em evidência o volume já presente em minha cueca. - Pode tocar. - Suas mãos eram gentis, porém firmes, acariciando toda extensão do meu membro, até respirar fundo e também tirar minha cueca, distribuiu beijos pela área, ansiando por mais, segurei seus cabelos, encaixei sua boca onde deveria estar e a guiei, com movimentos rápidos, mais curtos, mais longos, deixando-a respirar apenas em momentos curtos, ela sabia como me agradar. Ao sentir que iria gozar, a peguei em meus braços, deitando-a com as pernas bem abertas, já despida e preparada, seu consenso vinha de seus olhares sedutores, penetrei diversas vezes, sentindo que seria impossível parar até atingir meu ápice, mais rápido, mais fundo e com mais brutalidade, seus gemidos altos apenas me estimulavam mais, parei quando senti que estava gozando dentro dela, seu olhar de espanto parecia ser mais forte do que o desejo de me satisfazer, foi nesse momento que eu tive a certeza que sua serventia já não era mais útil.
- Você foi uma boa garota, Heloísa. - Peguei da primeira gaveta da cabeceira minha arma e atirei contra seu coração sem hesitar, foi uma morte indolor. - Agora vamos resolver os outros negócios urgentes.

⟡ ⟡ ⟡

P.O.V Mia Matarazzo

- Com vocês, Roxy!
A mulher ruiva, corpulenta, de máscara entrou no palco, com suas roupas brilhantes e movimentos sensuais, ágeis e que a tornavam a rainha daquele lugar, era Roxy, em toda sua glória, Mia estava vendo a doce Roxy em sua frente, a mesma Roxy que ela achou ser Alexa, que transou e que fez com que caísse das escadas, perdendo a memória e provavelmente, muito mais do que isso... Matarazzo poderia ter acabado com a vida de Rojas apenas por um capricho, uma luxúria, a vontade de sair com uma stripper, como poderia ser tão idiota? Egoísta? Estava se odiando e tudo ficava pior quando ela identificava uma partezinha dentro de si que gostaria de esquecer tudo que aconteceu e retomar tudo com Roxy, conhecê-la melhor e...
- Larga disso, porra! - Matarazzo falou alto, assustando algumas pessoas próximas e ganhando olhares raivosos, sequer se desculpou, saiu correndo entre as pessoas, entrou num táxi e pediu para ser levada até o hospital, precisava confirmar, novamente, que Rojas estaria lá, adormecida, como poderia ter se deixado levar tanto assim? Colocando sua própria carreira em risco? Era simplesmente absurdo!
Deixou o enfermeiro da recepção falando sozinho e foi direto ao terceiro andar, quarto 78C, Alexa Caldaña Rojas, olhou-a pelo pequeno vidro que tinha na porta de madeira, seguia ali, dormindo, como um anjo, sem ter ideia da reviravolta que havia causado na vida de sua própria CEO.
- Não pode culpá-la pelas suas próprias cagadas, sabe? - A voz familiar a assustou, ao olhar, notou sua antiga motorista.
- O que faz aqui?! Achei que estivesse claro que está demitida e não te quero mais próxima de mim.
- Ah, Mia... Que isso? Pelos velhos tempos vale tudo, não acha? - Ela foi se aproximando como um gato esguio, passando seus mãos pelos corpos de Matarazzo.
- Me larga, caralho! - Empurrá-la não era suficiente, queria que os seguranças a levassem pra bem longe dali, deixando-a em paz, para poder cuidar de Alexa, ela era importante.
- Não ouse usar violência contra mim, sou mais forte que você, posso te fazer minha putinha.
- Ora, por favor! Quero ver você tentar, chamo os seguranças agora e faço com que sumam com você! Inclusive farei isso agora. - A CEO pegou o telefone do quarto e ao discar o número da recepção sentiu algo duro atingi-la na nuca, não foi suficiente para que desmaiasse, porém seus sentidos foram apagados por alguns segundos, se virou e viu Alice segurando a bandeja metálica de medicamentos, se tivesse sorte, poderia matar Mia ali mesmo, antes do próximo ataque, Matarazzo desviou, se abaixando e foi para o lado de Rojas.
- SE EU NÃO POSSO TE TER, NINGUÉM TERÁ!
- SEGURANÇAS! SOCORRO!
Ambas entraram em combate físico, e para a infelicidade de Mia, sua ex motorista realmente era mais forte, sentia que iria perder aquela briga, seria tão irônico morrer ao lado de Alexa depois de quase matá-la, seria esse o significado de olho por olho, dente por dente? Jogada no chão, com o nariz, o supercílio e a boca sangrando, a CEO olhou nos olhos vorazes de Alice, será que iria fugir depois? Ficaria impune? Fechou seus olhos, indefesa. Eu te amo Roxy, me perdoe Alexa. Mia só abriu os olhos quando sentiu algo pesado caindo em cima de si, um corpo...
- Alice...