POR AUGUSTO.
As crianças estão sedadas e cada um em seu quarto. Aurora é um bebê ainda é Heitor está na pré- adolescência, emoções e ritmos diferentes que devem ser respeitados. Estou bem contudo e acho que a expectativa de querer tanto uma família me ajudou neste momento. Não teve gritos, incertezas ou muita complicação contudo. Dinheiro mudou um pouco minhas visoes sobre o mundo real. Se as crianças tivessem chegado na minha vida nas condições que eu vivia, com toda certeza não conseguirá ajudá-los e pior tê-los junto comigo. Dinheiro expande os horizontes e nos torna amigos de muitas gentes desconhecidas e pela primeira vez sentir a potência do sobrenome, Magnos.
— Estou aqui- Susurro para Heitor que procura saber onde está e o toque nas suas pernas me deixa aflito.
— As dores, Param- Ele fala aliviado e concordo, pegando em suas mãos — Não se preocupe eu sei o que aconteceu.
— Sabe?- Questionou e ele concorda virando o rosto para janela.
— A mulher que me criava me levou um dia para o médico. Ela dizia que ao menos remédios me daria era meu direito de ser humano. Estava um pouco bêbada no dia, mas eu fui esperto ao ouvir tudo que o médico falou sobre. Algo de músculo que podia piorar e eu foca sem andar. Acho que aconteceu isso, não consigo mexer as pernas.
— Você passou por uma cirurgia assim que chegamos aqui. Teve umas convulsões de tanta dor que sentia e descobrimos que era na coluna que estava quebrada e os médicos concerto.— Explico paciente ainda segurando a mão dele e deixado no mundo dele ao observa para o lado de fora — O seu caso pode se reverte um dia se você se empenha ao tratamento que será rígido. Faço não é.
— Nunca foi- Ele murmura.
— Nunca foi e nunca será. Andando ou nao, fácil nao será. Pessoas fortes tem tendência de passar por coisa detestáveis ao ponto de mexer com a gente.
— O senhor Otto, sofreu muito?
A pergunta dele me deixa um pouco estável e confirmo com a cabeça. Em tese, sim.
— Serei um dia como ele se eu ser forte?
— Acho que melhor- Brincou e ele não responde meu ato.— Como se sente a respeito desta descoberta sobre não poder andar mais?- Perguntou, passando a mão nos seus cabelos, cortados e ele não se mexe.
Respeito seu espaço, por tudo ser tão novo para nós e aos poucos ele começa chorar. Por mais que queira agir como adulto é apenas uma criança.
— O que vai ser de mim agora?- Ele pergunta me olhando.
— Você será muita coisa- Respondo, abraçando por esta nervoso em lágrimas e dou leve tapinhas em sua costa.
Qaundo perdi minha mãe não tive ninguém junto a mim me confrontando e eu só queria um abraço. Deslizo minha mão pela costa larga dele e continuo com o carinho enquanto ele chora. Já explicamos para ele que íamos ser seus pais legalmente para que tanro ele como a irmã operasse e ele entendeu e aceitou. Agora basta compreender que estamos com ele e jamais o abandonaremos.
— Sabia que um dia me tornarei médico? E você terá que me levar uma marmita de comida sempre. Quero trabalhar por horas, chegar cansado em casa é me sentir rico- Brinco com ele que sorrio baixinho — Você será muita coisa Heitor nesta vida e uma delas não será alguém dependente de outri. Você poderá andar ou não, mas não será um pobre coitado. Se lamentar, enraizar no passado não te ajudará no processo de lutar para voltar andar novamente. Sei que pode parecer fácil para mim apenas dizer. Não estou passando pelo que você está, mas já passei muita coisa para esta onde estou. Você e a Aurora, não são mais sozinhos. Vamos ter uma casinha.
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TODOS OS BEIJOS QUE GUARDEI
RomansaOtto Magnos, um homem autoritário, misterioso e muito amargurado pelo passado. Sera capaz de mudar por amor? Se aventure comigo neste romance gay, Nova-iorquino. #Livro 1 da série: Amores LgbtQ+🌈 #ATENÇAO 📣 PLÁGIO É CRIME! A violação dos direito...